A petição coletiva foi lançada em princípios de março por pessoas interessadas em se inscrever em português na Escola Oficial de Idiomas de Verim foi logo apoiada por entidades como a DPG que vem reclamando o alargamento a todas as secções de EOI dos estudos de português. A vila, raiana, é parte duma das eurocidades galego-portuguesas, a Eurocidade Verim-Chaves.
O texto pode assinar-se através da plataforma change.org que diz o seguinte:
Somos um grupo de pessoas interessadas em nos inscrevermos em português na Escola Oficial de Idiomas de Verim e outras que apoiam esta petição, que já agora tem sido de longa data reclamada.
O nosso pedido sustenta-se em que:
- Vivemos numa vila fronteiriça com Portugal, na mesma raia, com uma grande relação económica e cultural entre os dois países.
- Suportamos em Verim um número cada vez maior de imigrantes de origem portuguesa e brasileira.
- Temos o galego, o nosso idioma materno, que tem muitas similitudes com o português, tanto na sonoridade como gramaticalmente, o que facilitaria enormemente a sua aprendizagem, tal como reflecte a LEI 1/2014, de 24 de março, para o aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a Lusofonia na sua exposição de motivos.
- Possuímos as relações sociais, laborais, comerciais, lúdicas, culturais, etc, mais estreitas entre os dois países de toda a Península Ibérica, por colaboração, intercâmbios e interesse tal como define a LEI 1/2014, de 24 de março, para o aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a Lusofonia quando diz: «Portanto, para a melhoria do desenvolvimento social, económico e cultural galego, as autoridades devem promover todas quantas medidas sejam possíveis para melhor valorizar esta vantagem histórica.»
- Contamos com uma entidade única formada pela Câmara Municipal de Chaves e de Verim para atingir fins comuns a nível Europeu, a EUROCIDADE, que conta inclusive com um serviço de transporte próprio e gratuito para assistir a eventos culturais e comerciais ou mesmo a mercados locais, a cada lado da raia.
- Temos ainda também definido na LEI 1/2014, de 24 de março, para o aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a Lusofonia, que: «os poderes públicos galegos promoverão o conhecimento da língua portuguesa pelo carácter estratégico que para a Galiza têm as relações económicas e sociais no marco da Euro-Região Galiza-Norte de Portugal.» Portanto, para a melhora do desenvolvimento social, económico e cultural galego, as autoridades devem promover todas quantas medidas sejam possíveis para melhor valorizar esta vantagem histórica.
- Sabemos que estudar português proporcionará à população de Verim uma competência linguística e cultural, fundamental para a melhora das relações económicas e comerciais a ambos lados da raia. E o compromisso da LEI 1/2014, de 24 de março, para o aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a Lusofonia, é claro neste sentido: «O Governo galego incorporará progressivamente a aprendizagem da língua portuguesa no âmbito das competências em línguas estrangeiras nos centros de ensino da Comunidade Autónoma da Galiza.»
- Consideramos que a população da Eurocidade Chaves-Verín deveria ter as mesmas oportunidades que EUROCIDADE Valença-Tui onde já têm a possibilidade de estudarem português na Extensão de Tui da EOI de Vigo desde há muitos anos.
- Verificamos que o interesse da cidadania de Verim pelo conhecimento do português é cada dia maior.
- Conferimos também que a sede da EOI de Verim não está passando por um bom momento e a oferta de Português dar-lhe-ia um pulo importante pelo interesse que suscita o estudo dessa língua.
- Entendemos também que se pode estender este oferecimento ao sobretudo da LEI 1/2014, de 24 de março, para o aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a Lusofonia, às diferentes escolas secundárias periféricas onde há a possibilidade do estudo de outras línguas estrangeiras como primeira ou segunda língua podendo ser esta o português também.
POR TUDO ISTO APRESENTAMOS ante a Conselharia de Educação este abaixo-assinado com os nossos dados para que nos seja permitido dotar-nos de métodos formativos e comunicativos que nos facilitem desenvolver-nos com naturalidade numa língua que nos é muito próxima e nos concede uma grande projecção internacional.