A Associaçom de Escritoras e Escritores em Língua Galega (AELG) aprovou entre as conclusões do seu sexto congresso a «necessária a tolerância ortográfica, sem discriminaçons da lusografia e com maior democracia na convocatória de prémios». Esta conclusom era umha reivindicaçom de há tempo por parte de vários membros da AELG e que trai à tona a discriminaçom sofrida o ano passado polo escritor Vítor Vaqueiro, detonante da campanha Galego em Liberdade, promovida pola AGAL, que reuniu mais de meio milhar de assinaturas contra estas atitudes.
Da AELG argumentam o seu posicionamento em que a discriminaçom ortográfica está a impedir «a difusom de umha parte já importante da nossa literatura». Isto mesmo motivou também em novembro de 2014 que o júri do prestigioso certame Pérez Parallé anunciasse que «recusa a censura normativa» e afirmasse que no caso dos prémios literários deve prevalecer «a qualidade artística das propostas».
A Lusofonia como oportunidade
A Lusofonia foi, precisamente, uma das grandes protagonistas do dito congresso, o qual incluiu um seminário intitulado «Lusofonia como renovada oportunidade», dirigido polo professor e escritor Carlos Quiroga, membro da AELG.
O referido seminário foi umha «sessom otimista que valorizou como muito importante facilitar a aproximaçom das culturas lusófonas a partir de umha focagem genuinamente galega que permita evidenciar essa renovada oportunidade». Especificamente menciona-se aqui o âmbito audiovisual através da receçom das televisões e rádios portuguesas, previsom que é recolhida na vigente Lei Paz-Andrade.
Visom de Xavier Alcalá
Num artigo publicado ontem em La Voz de Galicia, o escritor Xavier Alcalá valorizava positivamente a rejeiçom da AELG à discriminaçom das pessoas reintegracionistas. Segundo Alcalá, do grupo de escritores encargados deste apeto do congresso sugriu o conceito «democracia ortográfica». «Num sistema democrático, como se pode rejeitar umha obra por nom estra escrita na grafia ‘oficial’?», perguntava-se o autor. Na sua opiniom, isto nom pode continuar assim, porque se «couta a liberdade de criaçom».
Além disto, «a AELG acolherá textos em qualquer grafia no seu espaço web» e procurará levar a reivindicaçom da liberdade gráfica «a todos os estamentos», assinala. Alcalá valoriza o posicionamento público da AELG porque atualmente é, «com muita diferença, o maior coletivo de pessoas preocupadas pola forma gráfica da língua».