O evento decorrerá na quinta-feira, dia 28 de setembro, às 20h no centro social Mádia Leva (r/Serra de Ancares, nº18) na cidade de Lugo.
O evento contará com a participaçom de Leandro Lamas, que estará acompanhado por Xiao Berlai, Séchu Sende e Charo Lopes, responsáveis da ediçom, publicada na Através Editora.
O livro sobre o pintor de Trasancos traça um percurso, veiculado através duma alargada entrevista, e compila boa parte da sua obra. Recolhem-se fotografias atuais e arquivo biográfico do próprio Leandro, assim como uma ampla seleção de reproduções, das obras mais icónicas até material desconhecido.
Estruturado em blocos temáticos, combina contributos de diferentes pessoas ligadas ao pintor, e contribui -sendo a primeira publicação monográfica sobre a sua obra- a divulgar um autor cujo trabalho é já parte da iconografia dos movimentos sociais galegos. Desinteressado polos circuitos mais restritos e snobes do campo das artes plásticas, Leandro subverte as regras da arte, questionando as hierarquias entre produtos culturais, encurtando as diferenças entre arte e artesanato.
Através dumas linhas suaves e duma intensa policromia, achega-nos representações insubordinadas. Um imaginário de personagens serenas e fortes, amáveis e combativas. Um autor prolífico que através dos seus traços, marca a plástica contemporânea da Galiza.
Sobre o autor:
Leandro Lamas (Narom, 1973) começa a experimentar com a pintura desde muito novo, dando os seus primeiros passos com a ilustração e a banda desenhada na escola. Estuda delineação, mas não deixa de desenvolver os seus traços particulares, assim como alimentar as suas referências plásticas, com importância das formas e iconografia de tradição galega. Aproxima-se também do ativismo, e aproveita a sua faceta criativa para oferecer materiais gráficos para os movimentos sociais da sua comarca e, posteriormente, de todo o país. Em 1995 ilustra a História da Galiza em Banda Desenhada. Realiza algumas exposições e participa em publicações coletivas. Explora diferentes técnicas, como murais, mas foca-se no óleo sobre tela e na aquarela como técnicas principais. Ilustra material gráfico, livros e capas para discos musicais. A sua obra populariza-se e é levada a objetos diversos: hoje pode-se encontrar um Leandro Lamas tatuado no braço de alguém, ou ilustrando uma caixa de bolachas. Trabalha realizando encomendas pessoais e o grosso da sua obra espalha-se entre particulares. Também se aproxima das artes cénicas, como dramaturgo, escrevendo e envolvendo-se em coletivos teatrais, como diretor, cenógrafo e ator.