Ana Traseira tem 42 anos e é de Lugo. Atualmente é diretora da UNED. Começou a falar galego na universidade e, ainda que os seus pais eram galegofalantes, dirigiam-se a ela em castelhano. “A minha mãe considerava que o melhor idioma para mim era o castelhano. Por isso eu fum castelhanofalante até a universidade, porque também na escola e no instituto falávamos em castelhano”, lembra.
Tem dous filhos e o meu neno mais velho sempre falava em galego até que entrou no infantário e mudou para castelhano. “Com todo, eu sigo a lhe falar em galego e el, agora, cada vez responde mais em galego”.
Decidiu falar em galego na Universidade porque ali havia muitos companheiros que se exprimiam em galego. “E agora falo em galego porque é um legado que lhe quero transmitir aos meus filhos“. “É mui importante manter este legado cultural que temos que é o idioma e ademais é umha língua minoritária que há que proteger”, assegura.
Quando começou a fala-lo, foi bem acolhido pola sua contorna e acha que ser bilingue abre-lhe mais portas. Considera que hoje nom há discriminaçom por falar em galego, algo que nom passava quando ela era criança. Por isso decidiu reverter a situaçom e falar-lhe em galego aos seus filhos.
[Esta entrevista foi publicada originariamente em neofalantes.gal]