Na XXII REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE MINISTROS DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA, celebrada em Brasília, em 20 de julho de 2017, foi aprovada Resolução sobre a Concessão da Categoria de Observador Consultivo da CPLP para a ACADEMIA GALEGA DA LÍNGUA PORTUGUESA.
O Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), reunido em Brasília, na sua XXII Reunião Ordinária, no dia 20 de julho de 2017; Tendo em conta o disposto nos Estatutos da CPLP, designadamente a previsão da categoria de Observador Consultivo; Considerando os pedidos formulados pelas entidades, abaixo indicadas, para a obtenção da categoria de Observador Consultivo da CPLP; Considerando o disposto no Regulamento dos Observadores Consultivos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, adotado pela XIV Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da CPLP, na cidade da Praia, a 20 de julho de 2009;
DECIDE:Atribuir a Categoria de Observador Consultivo às seguintes entidades:
– Parceria Portuguesa para a Água;
– Fundação Getúlio Vargas;
– Academia Galega da Língua Portuguesa;
– Universidade de São José de Macau;
– Sociedade Portuguesa de Hipertensão.Feita em Brasília, a 20 de julho de 2017.
Segundo a informação publicada no site da AGLP: A decisão ora adotada é duplamente significativa, por ser a primeira entidade da sociedade civil galega a participar oficialmente neste organismo, o que poderá vir a reforçar as posições pró lusófonas na Galiza, e por tratar-se de uma Academia que defende a unidade da língua portuguesa, de que o galego faz parte.
O presidente da Academia, professor Rudesindo Soutelo, salientou a importância deste reconhecimento, que faz extensivo a todos os cidadãos galegos, instituições académicas e entidades culturais que partilham a visão do português como norma internacional válida para a Galiza, e manifestou o seu agradecimento ao governo da República de Angola, que patrocinou a candidatura da Academia com o apoio explícito de outros países membros, como já o tinha feito na Cimeira de Luanda, em 22 de julho de 2011, bem como à Fundação Doutor António Agostinho Neto, pelo seu inestimável apoio ao longo destes anos.
A Academia Galega da Língua Portuguesa foi criada formalmente em 20 de setembro de 2008 em Santiago de Compostela.
Realizou a sua sessão inaugural em 6 de outubro do mesmo ano, com a presença de representantes da Academia das Ciências de Lisboa, Academia Brasileira de Letras, Governo Autónomo da Galiza e diversas personalidades lusófonas.
Formada por 32 académicos numerários, mantém atualmente um relacionamento estável com mais de 30 instituições de Angola, Argentina, Brasil, Canadá, Goa (Índia), Macau (China) e Portugal.
Neste breve espaço de tempo integrou o Léxico da Galiza no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Porto Editora e no Vocabulário Priberam, através do programa informático FLiP.
Publicou 8 números do seu Boletim, iniciou uma Coleção Clássicos da Galiza, realizou uma série de Seminários de Lexicologia, publicou o Vocabulário Ortográfico da Galiza, com 150,000 entradas, organizou diversos encontros internacionais em Santiago de Compostela, e colaborou em diversas Conferências da Comissão de Promoção e Difusão da Língua Portuguesa, dos Observadores Consultivos da CPLP. Tem, como dicionário de referência, o Dicionário Estraviz, atualizado conforme ao Acordo Ortográfico de 1990, e acessível gratuitamente na internet.
A Academia Galega da Língua Portuguesa é uma Fundação registrada no Ministério da Cultura da Espanha em 1 de março de 2011 com o número 980, sendo de âmbito estatal. Entre as suas funções estatutárias encontra-se a defesa da unidade da língua portuguesa, e o assessoramento a instituições públicas e governos em matéria de relações internacionais com os países de língua portuguesa. Tem a sua sede na Casa da Língua Comum, em Santiago de Compostela.
Contacto: [email protected]
PUBLICIDADE