No ocidente da comunidade autónoma das Astúrias, numha comarca conhecida como Eu-Návia, existem por volta de 45,000 falantes de galego. Por desgraça, para a administraçom asturiana essa língua nom tem caráter oficial, e essas falantes nom tenhem os mesmos direitos linguísticos que teriam se vivessem apenas a uns quilómetros de distância, já dentro da comunidade autónoma da Galiza.
As associações e coletivos galegos em defesa da língua, por desconhecimento ou desleixo, tendemos a ignorar a situaçom do Eu-Návia. Olhamos para Portugal, para o Brasil… mas nom para aqueles territórios onde a língua está numha situaçom ainda pior que na Galiza.
E isso nom pode continuar a ser assim. Por cima de conflitos normativos, já seja usando a ortografia da Secretaría del Navia-Eo da ALLA, a ortografia da RAG ou a ortografia internacional, a sua língua é a nossa língua, e merecem todo o nosso apoio. Porque afinal todas nós trabayamos, traballamos ou trabalhamos por um mesmo objetivo comum. É por isso que na AGAL queremos fazer autocrítica e propósito de emenda, e de agora em diante ser um pouco mais solidárias com a situaçom deste território.
É por isso que na AGAL queremos fazer autocrítica e propósito de emenda, e de agora em diante ser um pouco mais solidárias com a situaçom deste território.
Mas a solidariedade nom conhece fronteiras nem isoglossas. Já além do domínio linguístico galego-português, nas Astúrias também é falada umha outra língua, o asturiano. O asturiano pertence ao sistema asturo-leonês, como o leonês e o mirandês, e é falado por mais de 600,000 pessoas naquele território.
Ao igual que o galego, também nom é considerada língua oficial, status que dentro do seu sistema só conseguiu a variante mirandesa, falada em Portugal. E ainda que nom seja a nossa língua, nós galego-falantes temos que nos solidarizar com a situaçom das línguas em perigo. Porque a riqueza linguística é um bem da humanidade, por cima de fronteiras e identidades, que deve ser cuidado.
Por tudo isto, e aproveitando as celebrações do Dia das Letras Galegas (17 de maio) e do Día de les Lletres Asturianes (primeira sexta-feira de maio), na AGAL queremos mostrar o nosso apoio ao movimento pola oficialidade destas duas línguas nas Astúrias.
Oficialidade já! Oficialidá yá!