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Parlamento da Galiza toma em consideração por unanimidade a ILP “Valentim Paz Andrade”

PGL – O Parlamento de Galiza vem de tomar em consideração o trámite da ILP ‘Valentim Paz Andrade’ avalizada por mais de 17.000 assinaturas, recolhidas no seio da cidadania galega, e que contou com o apoio unánime dos quatro grupos parlamentares atuais.

Este sucesso histórico abrange todos os partidos e organizações que trabalharam arreu na recolha das assinaturas, nomeadamente todo o movimento reintegracionismo, que desde já longa data, fez possível este clima recetivo, começando polo professor Lapa (que muito insistiu sempre no ensino do português nos nossos liceus), e continuando por Guerra da Cal, Carvalho Calero, a Associação de Amizade Galiza-Portugal, a AGAL, as Irmandades da Fala, a Associação Sócio-Pedagógica Galega, as Jornadas do Ensino Galego-Portuguesas, o MDL, a AGLP, a Pró-AGLP e, em geral, todo o associacionismo de base cívica e todas as pessoas a nível individual que trabalharam na campanha e mantiveram durante todos estes anos a chama acessa.

Entre as primeiras reações queremos destacar a do presidente da AGAL, Miguel Penas, que afirmou que “desde há mais de 30 anos a AGAL trabalha polo futuro do galego desde a perspetiva que no dia de hoje se tem reafirmado, por primeira vez, desde o nosso Parlamento. Nos últimos anos, aliás, temos insistido no fato de que a nossa língua é um factor de multiplicação e que não pode ser usada para dividir senão para todo o contrário: para unir”.

Do PGL parabenizamos todas as pessoas que trabalharam no percurso desta ILP, das pessoas promotoras até todas aquelas que colaboraram na recolhida das assinaturas, para que finalmente possamos encetar um novo caminho para o futuro da língua.

 

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O qué a ILP Valentim Paz Andrade?

A iniciativa procura uma série de medidas que facilitem o acesso dos galegos ao universo de língua portuguesa e um maior relacionamento com a Lusofonia.

Entre as propostas do articulado aparecem a progressiva incorporação do português no ensino, o fomento da participação das instituições e empresas galegas nos foros económicos, culturais e desportivos lusófonos, a receção aberta das televisões e rádios portuguesas e o reconhecimento desta competência linguística para o acesso à função pública.

Os promotores explicam na exposição de motivos da proposta que «a nossa língua outorga uma valiosa vantagem competitiva à cidadania galega em todas as vertentes, nomeadamente a económica, desde que disponhamos dos elementos formativos e comunicativos para nos desenvolver com naturalidade no seu modelo internacional». Alcançado o objetivo de superar a 15.000 assinaturas requeridas, a Comissão Promotora destaca a sensibilidade das galegas e dos galegos para a proximidade ou unidade —em função da perspetiva— da língua falada na Galiza e as restantes falas lusófonas, permitindo a consecução dos apoios necessários.

Apresentada no Parlamento em 16 de maio de 2012, a proposta une-se ao espírito da comemoração de Valentim Paz-Andrade, que, para além ser um dos principais impulsores da moderna indústria pesqueira galega, foi também vice-presidente da Comissão Galega do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que possibilitou a participação da Galiza nas reuniões para o acordo ortográfico da língua portuguesa que decorreram no Rio de Janeiro (1986) e Lisboa (1990). A presença galega nesse acordo ficou registada no tratado internacional resultante, com uma menção à delegação de observadores da Galiza no primeiro parágrafo e a inclusão das palavras «brêtema» e «lôstrego» na descrição das normas acordadas.

 

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