Mais de 800 pessoas assinaram a demanda, que recebeu os 3 votos do BNG e 2 do PSOE, mas foi finalmente chumbada polos 7 votos em contra do PP.
A deputada do BNG, Noa Presas, reclamou na Comisión de Educación do Parlamento galego, ofertar a docência de língua portuguesa na Escola Oficial de Idiomas de Verim e abrir a pré-matrícula.
Porém, o PP votou contra, chumbando a iniciativa, com o argumento de que já se oferece português na EOI de Ourense (a mais de 50 km), obrigando as pessoas interessadas em fazer mais de umha hora de viagem de carro para poderem assistir a aulas.
Mais de 800 pessoas assinaram a demanda, que recebeu os 3 votos do BNG e 2 do PSOE, mas foi finalmente chumbada polos 7 votos em contra do PP.
Esta negativa representa um incumprimento da Lei Paz Andrade, aprovada por unanimidade em 2014 para a promoçom da língua portuguesa. Aliás, despreza a demanda da vizinhança e da DPG (Docentes de Português da Galiza), que tinha desenvolvido o labor de recolhida das assinaturas.
Mais de 800 pessoas querem estudar português
Na defensa da iniciativa, Noa Presas lembrou que mais de 800 pessoas assinaram a demanda e reprovou que o Partido popular afirme que nom existe suficiente demanda que justifique abrir umha pré-matrícula ao que a nacionalista replicou que “dificilmente sem oferta pode haver demanda”.
Se querem comprovar que há demanda, recalcou Presas, “abram a pré-matrícula” e constarám que muitas pessoas querem aceder a esta formaçom por diferentes motivos, destacando, na vila arraiana, as possibilidades laborais transfronteiriças e com Portugal. “Eu própria, disse, fui aluna de português na escola de idiomas e por causa disso, puidem trabalhar em Ourense a distância com Portugal”. Ao seu juízo, resulta “absurdo” viver na fronteira com Portugal e ter que renunciar a um posto de trabalho por carecer da certificaçom do título. Acusou ao PP de negar “este direito à comarca de Montederrei” e avançou que o BNG seguirá a reclamar à Xunta da Galiza que incorpore no curso 2023-2024 a oferta educativa da Escola Oficial de Idiomas de Verim a oferta de português porque neste momento só se oferece inglês.
Sobre a Lei Paz Andrade, Noa Presas criticou que a Xunta nom a desenvolva, a pesar de ser umha iniciativa popular que contou com o apoio de todos os coletivos em defesa da língua e que “depois de dez anos”, o grau de cumprimento “deixe muito que desejar”. Noa pediu ao Partido popular “umha rectificaçom” e que cumpra a lei Paz Andrade.
A própria solicitude popular destacava o interesse concreto por ser euro-cidade Chaves-Verim, cousa que sim existe para a euro-cidade Valença-Tui, que tem integrado o ensino do português. Para a deputada, é “unha anomalia” que o estudo do português nom se normalize, em particular “nesta parte do país”, umha zona fronteiriça com um grande dinamismo social e económico com Portugal.