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Organizar nas escolas atividades ao redor da Semana Internacional da Ciência e da Paz, com o filme ‘Galileu’

A diretora do filme, Liliana Cavani
A diretora do filme, Liliana Cavani

Ao redor da data de 11 de novembro, celebra-se cada ano em muitos países a denominada Semana Internacional da Ciência e da Paz. Seria muito interessante do ponto de vista educativo-didático organizar nos estabelecimentos de ensino de todos os níveis atividades pedagógicas de todo o tipo durante esta semana. Para sensibilizar os estudantes sobre a importância de desenvolver a ciência de forma positiva na perspetiva da paz, em favor de todos os cidadãos do mundo e o seu progresso pacífico. A Semana Internacional da Ciência e da Paz foi proclamada há 26 anos pela Assembleia Geral das Nações Unidas. A ciência e a tecnologia têm papéis importantes a desempenhar na promoção do progresso e da paz, desde a alteração climática à saúde pública; da segurança alimentar ao saneamento; do desarmamento à preparação para a ocorrência de catástrofes. Contudo, com demasiada frequência, os decisores políticos não estão conscientes quanto às soluções que a ciência moderna e a tecnologia podem oferecer aos desafios contemporâneos. E grande parte do mundo permanece alheia aos avanços científicos. Um desafio chave é o de promover a investigação em benefício dos pobres que tenha em atenção as necessidades dos mais carenciados e das pessoas mais vulneráveis no mundo, como sejam os pequenos agricultores. Entre outros imperativos contam-se a redução do fosso no acesso à tecnologia da informação e a expansão da educação, de modo a melhor preparar os jovens para empregos nos domínios da ciência, da tecnologia, da engenharia e da matemática. Tais esforços são fundamentais para acelerar o nosso trabalho rumo aos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio e na definição de uma visão ousada para o período pós-2015.

A ciência proporciona muitas respostas a ameaças comuns e várias inovações que nos podem ajudar a aproveitar oportunidades similares. A nossa geração é a primeira com o conhecimento e com as ferramentas para acabar com a pobreza extrema. A nossa geração é a que deve, e pode, com as tecnologias que já estão à nossa disposição, delinear um caminho para um futuro sustentável. Temos também a responsabilidade de proteger toda a humanidade contra as utilizações destrutivas dos avanços científicos e capacitar, sobretudo através da aposta num mundo livre de armas nucleares e conter a proliferação de outras armas de destruição maciça. Podemos fazer tudo isto e mais se trabalharmos em conjunto para aproveitar o poder da ciência em prol de um bem maior em toda a parte e promover políticas baseadas em dados comprovados. É muito importante trabalhar com as comunidades científicas e académicas e com todos os outros parceiros que possam contribuir para a missão global pela paz, pelo desenvolvimento e pelos direitos humanos.

Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, por ocasião da celebração desta Semana, num seu apelo declarou que era esta uma grande oportunidade de reafirmar o potencial das ciências na construção de um mundo melhor. Por meio da inteligência humana, da pesquisa científica e da inovação encontraremos amanhã as respostas aos desafios que hoje nos parecem intransponíveis. A ciência é a nossa melhor ferramenta no apoio ao desenvolvimento inclusivo e igualitário, e na construção de uma sustentabilidade global nestes tempos incertos, em que nos deparamos com os limites biofísicos do planeta. Para obter bons resultados, devemos, em maior contingente, treinar hoje os pesquisadores de amanhã. Também precisamos colocar a ciência a serviço de todos, observando os direitos fundamentais do indivíduo. Acima de tudo, devemos inaugurar um novo capítulo na integração científica. Inovação e transformação social dependem da nossa capacidade de combinar disciplinas e criar sinergias entre todas as ciências: naturais, humanas e sociais, incluindo sabedoria local e indígena. A complexidade dos problemas atuais vai além dos limites de qualquer disciplina. Os desafios económicos, ambientais e sociais do desenvolvimento sustentável estão intimamente conectados. Embora a ciência moderna tenha conseguido prosperar a partir do princípio de especialização, agora é a hora de construir abordagens mais cooperativas, mas integradas, que combinem o progresso de cada ciência no seu próprio campo. A sustentabilidade virá por meio da multidisciplinaridade. Ela também requer uma melhor interface entre ciências, políticas e sociedade, para que cada uma possa enriquecer e reforçar a outra. A UNESCO fez da transdisciplinaridade a pedra fundamental do seu trabalho em prol da sustentabilidade nos seus programas internacionais de ciência e da educação para o desenvolvimento sustentável. Dez anos após o primeiro Dia Mundial da Ciência, a UNESCO permanece resoluta no seu apoio à reflexão internacional sobre uma ciência de sustentabilidade global, notadamente por meio do Conselho Consultivo de Ciência do secretariado-geral das Nações Unidas. É nesse espírito no que há que sensibilizar os governos, a sociedade civil, os setores público e privado, muito além dos círculos científicos, a se mobilizar para realizar todo o potencial das ciências pelo desenvolvimento e pela paz, que são inseparáveis e essenciais para o futuro que queremos. E que necessitamos. Para isto, há que começar desde as escolas por sensibilizar as crianças e os jovens, sobre um tema tão importante. As possibilidades de realizar atividades nas aulas ao redor deste crucial tema são múltiplas e variadas. Esta vez, para apoiar o meu comentário e depoimento, escolhi um estupendo filme dedicado ao grande cientista Galileu Galilei, realizado pela diretora italiana Liliana Cavani em 1968. Sobre Galileu realizou-se também outro filme em 1975 pelo americano Joseph Losey.

FICHA TÉCNICA DO FILME:

AMOR À CIÊNCIA E À VERDADE, SEM PERDER A SUA FÉ:

Na presente análise sigo os passos dos interessantes comentários realizados ao respeito sobre Galileu pelo professor brasileiro Carlos Ziller Camenietzki. Temos o costume de celebrar os cientistas do passado de maneira romântica, como se suas retumbantes realizações fossem fruto exclusivo de um trabalho solitário, levadas adiante em condições adversas. Mas basta um pouco de bom senso para reconhecer que toda grande descoberta é fruto do trabalho coletivo de muitos homens de ciência.

Fotograma do filme
Fotograma do filme

Alguns nomes se tornam personagens quase míticos, considerados verdadeiros divisores de águas da História. Nesses casos, é ainda mais difícil compreendê-los na dimensão que de fato tiveram em seu tempo. Galileu Galilei é um deles. O sábio nasceu em Pisa, na Itália central, em 1564, e morreu em Florença no ano de 1642, após uma vida agitada e bastante produtiva. A Galileu são atribuídas algumas das mais importantes descobertas e invenções da astronomia e da física da primeira metade do século XVII: a luneta astronômica, o enorme número de estrelas, os satélites de Júpiter, as fases de Vênus, as manchas solares. Ele teria ainda descoberto a “lei” da queda dos corpos e também aquela do lançamento de projéteis. Sua defesa entusiasmada das teses de Nicolau Copérnico, entre as quais a de que a Terra é que gira em torno do Sol (heliocentrismo), e não o contrário, lhe valeu um processo no Tribunal da Inquisição. Condenado ao silêncio e ao recolhimento, ele teria passado os derradeiros anos de sua vida vigiado em uma residência, sem poder publicar livremente os resultados de seus últimos trabalhos. Essa biografia inspirou diversos historiadores a considerarem Galileu um verdadeiro gênio, incompreendido e perseguido. Um herói laico no confronto com uma Igreja obscurantista e retrógrada. Um símbolo da liberdade de pensamento, em antecipação ao Iluminismo. Mesmo envolta em intrincadas questões, a obra de Galileu continua a interessar jovens estudiosos e a apaixonar cientistas consagrados. Afinal, os homens de ciência foram formados à imagem e semelhança deste matemático e filósofo. Seu prestígio começou com o texto em que narra observações celestes feitas com uma luneta, ainda em 1609. O livreto foi publicado em latim com o título Sidereus Nuncius (“A mensagem das estrelas”) e correu o mundo. O impacto foi enorme e seus contemporâneos celebraram as descobertas com entusiasmo; afinal, ali estavam descritas cousas que ninguém imaginava e, ainda por cima, o autor explicava como vê-las. Galileu foi chamado a expor seus achados no Colégio Romano da Companhia de Jesus, grande centro de formação filosófica da Europa naqueles anos. O matemático foi homenageado pelos padres jesuítas, especialmente por Cristóvão Clavius, bastante idoso, mas ainda muito prestigiado por ter participado da reforma do calendário, que estabeleceu o atual calendário gregoriano, uns 30 anos antes. A novidade que mais atraiu as atenções foi a descoberta dos satélites de Júpiter: quatro pequenas estrelas que giravam ao redor do grande planeta. O assunto era atual e confirmava um certo policentrismo no mundo. Astrônomos daquele tempo discutiam um novo sistema proposto pelo dinamarquês Tycho Brahe (1546-1601), que facilitava muito os cálculos de previsões astronômicas. Em síntese: a Terra ocupava o centro e o Sol girava ao seu redor, enquanto cinco planetas giravam em torno do Sol. Os astrônomos mais dedicados do começo do século XVII só tinham a aplaudir a demonstração de que haveria mais de um centro dos movimentos planetários. No entanto, nem todos os religiosos tinham boa formação astronômica, ou preocupações com os movimentos dos planetas. Galileu foi denunciado em 1616 na Inquisição florentina por defender que a Terra se movia ao redor do Sol. Os denunciantes eram dous dominicanos especialmente zelosos da disciplina religiosa. Em suas arguições de denúncia no Tribunal, tiveram que responder sobre as presumidas relações entre Galileu e teólogos de Veneza, onde ele vivera até a publicação de seu livreto. Os inquisidores tinham motivação política: queriam provar as ligações entre o matemático toscano e o teólogo Paolo Sarpi (1552-1623), vigoroso defensor da autonomia secular da República de Veneza diante da Igreja de Roma.

Esse imbróglio foi resolvido com argumentos que o próprio Galileu trouxe ao cenário. Como não foi apresentada prova de que a Terra girava ao redor do Sol e de que era possível ver esse movimento da Terra, o próprio cardeal Roberto Bellarmino (1542-1621), grande antagonista público de Paolo Sarpi, recomendou a Galileu o silêncio sobre a tese copernicana. Ele aceitou só falar disso quando tivesse uma comprovação definitiva. Mas nada parecia abalar o prestígio obtido com a luneta em 1609. Galileu retomou os temas astronômicos em 1632, com a publicação do Diálogo sobre os dous principais sistemas do mundo. A obra é uma belíssima discussão em torno das vantagens do heliocentrismo em relação ao antigo sistema geocêntrico de Cláudio Ptolomeu. No primeiro século depois de Cristo, Ptolomeu, aperfeiçoando o sistema de Eudoxo de Cnidos de três séculos antes, afirmou que esferas giravam ao redor de centros móveis, que giravam ao redor da Terra.

A 12 de Abril de 1633, é iniciado o processo contra Galileu. A 22 de Junho, o cientista é obrigado a abjurar as suas convições e tendo sido condenado ao encarceramento privado, vai para Arcetri e retoma os seus estudos da mecânica. Mesmo assim, antes, ainda foi torturado e obrigado a recitar e assinar a sua abjuração publicamente, por ordem da sentença do juiz Guinetti: “Decretamos que o livro intitulado Diálogo, de Galileu Galilei, seja publicamente interditado; e quanto a vós, vos sentenciamos ao encarceramento, ficando este a cargo do Santo Ofício, por um período a ser determinado; e como penitência deveis repetir sete salmos por semana durante três dias…” Para tal foi compilada, claro, a abjuração que Galileu recitou, mais ou menos assim:

“Eu, Galileu Galilei, filho do falecido Vicente Galilei, de Florença, com 70 anos de idade, tendo sido trazido pessoalmente ao julgamento e ajoelhando-me diante de vós, eminentíssimos e reverendíssimos Cardeais Inquisidores-gerais da Comunidade Cristã Universal contra a depravação herética, tendo frente a meus olhos os Santos Evangelhos, que toco com minhas próprias mãos; juro que sempre acreditei e, com o auxílio de Deus, acreditarei de futuro, em cada artigo que a sagrada Igreja Católica de Roma sustenta, ensina e prega. Mas porque este Sagrado Ofício ordenou-me que abandonasse completamente a falsa opinião, a qual sustenta que o Sol é o centro do mundo e imóvel, e proíbe abraçar, defender ou ensinar de qualquer modo a dita falsa doutrina […] Eu desejo remover da mente de Vossas Eminências e da de cada cristão católico esta suspeita corretamente concebida contra mim; portanto, com sinceridade de coração e verdadeira fé, abjuro, maldigo e detesto os ditos erros e heresias, e em geral todos os outros erros e seitas contrários à dita Santa Igreja; e eu juro que nunca mais no futuro direi, ou afirmarei nada, verbalmente ou por escrito, que possa levantar semelhante suspeita contra mim; mas se eu vier a conhecer qualquer herege ou qualquer suspeito de heresia, eu o denunciarei a este Santo Ofício ou ao Inquisidor Ordinário do lugar onde eu estiver. Juro, além disso, e prometo que cumprirei e observarei todas as penitências que me foram ou sejam impostas por este Santo Ofício. Mas se por acaso eu vier a violar qualquer uma de minhas ditas promessas, juramentos e protestos (o que Deus não permitiria), sujeitar-me-ei a todas as penas e punições que forem decretadas e promulgadas pelos sagrados cânones e outras constituições gerais e particulares contra delinquentes assim descritos. Portanto, com a ajuda de Deus e de seus Santos Evangelhos, que eu toco com minhas mãos, eu, abaixo assinado, Galileu Galilei, abjurei, jurei, prometi e me obriguei moralmente ao que está acima citado; e, em fé de que, com minha própria mão, assinei este manuscrito de minha abjuração, o qual eu recitei palavra por palavra.”

A diretora italiana amostra no seu filme a vida de Galileu, e ajuda-nos a conhecer algo mais da filosofia e da ciência que construíram o mundo no que moramos.No mesmo ressalta os momentos mais críticos da vida e obra de Galileu.A primeira cena amostra-nos sacerdotes, médicos e professores de diversas matérias perante um cérebro aberto, e Galileu discutindo a autoridade de Aristóteles com respeito à ciência. Galileu o tem claro “é este cadáver o livro da verdade”. Mas, para quase que todos os congregados pôr em dúvida os pais da ciência, como Aristóteles e Galeno, é uma terrível heresia. O resto da fita amostra-nos um Galileu científico e filósofo preocupado não só por poder ser um herege ou não, senão por avançar, saber e descobrir. É maravilhosa a cena em que aplica as novas lentes que desenhou ao telescópio e este, por fim, funciona. Mas, o universo de Galileu é muito amplo: a ótica, a anatomia, a abordagem sobre a máquina humana e como é que funcionam as suas diversas partes, a filosofia, as matemáticas,… A vida. Com tudo isto, a realizadora, ainda tira tempo para apresentar como ponto discordante e discutidor Giordano Bruno, mais radical e impetuoso. Um Giordano que luita contra vento e maré por “libertar a razão”, e que termina como todos sabemos na fogueira. Um ponto de discussão entre Galileu e Bruno será a opinião de Copérnico: Bruno: “Sei que vais ensinar em Pádua, ensinareis a nova teoria?”. Galileu: “Não tenho provas, não quero passar por um visionário nem por um herege. Copérnico disse sem provas que a terra se movia e riram-se dele.”

Liliana Cavani apresenta um Galileu muito humano, com medo às reações que possam produzir as suas afirmações. Apresenta as dúvidas e a crise de um homem de ciência e de fé que não termina de poder dar o passo para a verdade. Mas “a verdade não deve dar medo”, lembra-lhe Bruno. Também o coloca perante a inquisição: “Onde está Deus neste Sistema, professor?”, pergunta-lhe um domínico e ele resposta: “Dentro de nós.” Cavani insiste muito numa ideia: a liberdade é uma condição imprescindível para que o saber possa dar-se. Por isto, é muito importante a cena final, o processo contra Galileu e as reflexões que a diretora convida a fazer: a Igreja Católica não dá a razão a Galileu porque seria dar a razão à Igreja Protestante; a matemática é uma arma do diabo usada contra os profetas; se és um homem de ciência não podes ser um homem de fé; há que escolher entre o que te oferecem os teus olhos e a tua reflexão ou a palavra de Deus. Galileu é a história de um homem que se debate entre o amor à ciência e à verdade e a sua fé. Que ama a Deus mas não à Igreja que o representa, à qual não entende porque é uma entidade que não vê para além da sua verdade e não intenta chegar à Verdade. Ao terminar o processo, Galileu abjura de todas as suas descobertas, das suas ideias, da sua vida e, do que hoje sabemos, da verdade.

TEMAS PARA REFLETIR E REALIZAR:

Utilizando a técnica do Cinema-fórum, podemos analisar o filme de Cavani, do ponto de vista formal (linguagem fílmica, planos, movimentos de câmara, etc.) e de fundo (mensagem que tenta transmitir e atitudes que manifestam as diferentes personagens do mesmo).

Organizar um Plano de atividades educativo-didáticas nos estabelecimentos de ensino dos diferentes níveis. Dito plano poderia contemplar as seguintes atividades, ao redor da Semana da Ciência e da Paz:

– Amostras e exposições, com fotos e textos, frases e desenhos, sobre os mais importantes cientistas do mundo: Copérnico, Galileu, Arquimedes, Tales, Pitágoras, Newton, Einstein, Pasteur, Fleming, Curie, Pascal, Ramón y Cajal, Ochoa, Hume, Darwin, Nobel, etc. Completadas com debates e palestras de especialistas que podemos convidar.

– Elaboração de monografias por parte dos estudantes, seguindo o modelo da biblioteca do trabalho de Freinet, sobre diferentes temas relacionados com a Ciência, escolhidos pelos próprios alunos.

– Organização de uma feira de ciências: aparelhos científicos, flora, fauna, maquetas, desenhos, cartazes, murais, autocolantes, mapas, brinquedos óticos, livros, revistas, mensagens e depoimentos.

– Organização de um ciclo de cinema científico, a base de documentários e de filmes biográficos de cientistas importantes, com a elaboração de fichas didáticas sobre os mesmos.

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