Nos dous últimos vídeos de “Galego de Todo o Mundo”, o apresentador Eduardo Maragoto reflete sobre a crise da língua de um ponto de vista interno, mostrando como crescem as dificuldades para manter o galego dentro de umas mínimas margens de qualidade.
Num vídeo dedicado ao léxico Será Galego, mas eu Nunca Ouvira e noutro à fonética O Galego no Contínuo do Português para o Espanhol, o programa de Nós Televisión “Galego de Todo o Mundo” reflete sobre a evoluçom interna do galego em direçom ao castelhano, um processo que, à margem doutros problemas relacionados com a perda de falantes, parece complicado parar sem a ajuda do português.
Por um lado, as palavras exclusivas do galego, nomeadamente falsos amigos ou as que nom têm a sorte de ter a mesma base lexical que o castelhano, parecem condenadas a circular cada vez menos na sociedade, até ao ponto de que já é frequente que uma pessoa galega ouça algumas palavras próprias pola primeira vez só quando entra em contacto com o português. Maragoto coloca exemplos de termos galegos desconhecidos para a maioria dos seus alunos e alunas na Escola Oficial de Idiomas, apesar de a maioria ter recebido aulas de galego desde que andam na escola. Muitos e muitas dizem ter o primeiro contacto com os valores galegos de termos como “nu/nua”, “acordar” ou “brincar” só nas aulas de língua portuguesa.
No vídeo dedicado à fonética, “Galego de Todo o Mundo” explica com exemplos como atualmente na nossa sociedade convivem, dentro da mesma língua galega, várias pronúncias, uma que às vezes nos faz lembrar o português e outra que nos remete diretamente ao castelhano. Só esta está em expansom, como é óbvio.