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LEMBRANDO SHAKESPEARE NO DIA DO TEATRO

    O Dia Mundial do Teatro é celebrado no dia 27 de março. Foi criado pelo Instituto Internacional do Teatro em 1961.A primeira mensagem internacional do Dia Mundial do Teatro foi escrita por Jean Cocteau, na França, em 1962.

teatro-dia-mundial-cartaz    É possível que seja William Shakespeare o autor teatral cujas obras dramáticas foram mais vezes levadas às telas do cinema, com grande sucesso, e ademais por múltiplos realizadores, destacando especialmente as dirigidas por esse grande diretor que foi Orson Welles, mas também pelo realizador italiano Franco Zeffirelli. Com o presente depoimento quero conseguir vários objetivos: em primeiro lugar demonstrar que a expressão dramática e o teatro nas aulas é uma das atividades de maior valor didático que existe, e deveria ser muito mais potenciado. Em segundo lugar, voltar a recuperar um autor teatral de categoria mundial, reconhecido por todos. Em terceiro e último lugar, dar a conhecer a filmografia básica (a completa é amplíssima) de fitas baseadas nas diferentes obras do dramaturgo inglês. Para pôr um exemplo, só da sua famosa obra Hamlet, escrita em 1603, existem nove versões cinematográficas, sob a direção de outros tantos realizadores, e de Romeu e Julieta, escrita em 1597, nada mais e nada menos que doze versões, sem contar as de desenhos animados. De Otelo, escrita em 1622, sete versões; de Macbeth (1623) cinco, e de O sonho de uma noite de verão (1600) seis.

O teatro na escola tem uma importância fundamental na educação, podendo colaborar para que a criança tenha oportunidade de atuar efetivamente no mundo, opinando, criticando e sugerindo e, também permite ajudar o aluno a desenvolver alguns aspetos: criatividade, coordenação, memorização, e vocabulário. A escola que insere o teatro em suas atividades faz com que seus alunos construam um crescimento cultural que vai além da sala de aula, por meio do discurso espontâneo da linguagem teatral, motivando e despertando uma aprendizagem prazerosa, construindo o desejo de se aprender. O teatro, quando devidamente estruturado e acompanhado, ajuda o professor a perceber traços da personalidade do aluno, do seu comportamento individual e em grupo, traços do seu desenvolvimento, permitindo um melhor direcionamento para a aplicação do seu trabalho pedagógico. No entanto é de enorme importância que o professor de teatro tenha formação não só pedagógica mas também artística, pois um mau direcionamento poderá levar a problemas futuros irreversíveis no desenvolvimento da criança. Para que o docente apresente aos educandos um conhecimento real e reflexivo, é essencial que seja levado em conta todo o contexto sócio cultural e económico, partindo das experiências do mesmo. O teatro direcionado às crianças deve estar obrigatoriamente relacionado com diversas áreas como a psicologia e a música, e não somente relacionado à disciplina de artes. É importante ainda utilizar o teatro por meio de recursos pedagógicos, pois apenas apresentá-lo de qualquer forma às crianças, sem que ocorra o planejamento, os resultados finais podem-se tornar ineficazes, não atingindo o que se pretende desenvolver.

O teatro na escola pode colaborar para que as crianças possam se relacionar melhor com os colegas e o meio onde vive; construam seu conhecimento brincando e descobrindo seus espaços, se tornem mais participativos e responsáveis nas atividades em sala, projetos, e dinâmicas; formando indivíduos críticos e atuantes de sua própria realidade, opinando e sugerindo, formando cidadãos que valorizem as experiências e sabem lidar com as diferenças sociais do seu bairro. Os professores, familiares e a comunidade, devem conhecer a importância do teatro na formação dos alunos, a fim de contribuírem participando junto com os mesmos. Existem várias formas de teatro, porém os mais conhecidos são: onde o próprio homem atua, utilizando tanto máscaras ou fantoches, como também a sua imagem.

PEQUENA BIOGRAFIA DE SHAKESPEARE:

    William Shakespeare (1564-1616) foi um dramaturgo e poeta inglês. Autor de tragédias famosas, é considerado um dos maiores escritores de todos os tempos. Nasceu em Stratford-upon-Avon, no condado de Warwick, Inglaterra, no dia 23 de abril de 1564, onde iniciou seus estudos. A família empobrecera e aos 15 anos foi trabalhar no açougue do pai. Com 18 anos, casa-se com a aldeã Anne Hathaway, oito anos mais velha que ele. Suas dificuldades financeiras se agravaram com o nascimento da filha e em seguida dos gêmeos. Em 1586, abandona o lar e muda-se para Londres, onde se emprega como guardador de cavalos na porta do teatro. Logo estava prestando serviços nos bastidores, copiando peças ou representando pequenos papeis. Nessa época, período do reinado de Elizabeth I, Londres vivia uma intensa atividade artística. Shakespeare estudou muito e leu autores clássicos, novelas, contos e crônicas, que foram fundamentais para sua formação de dramaturgo. Passou a ser o copista oficial da companhia, representava e adaptava peças de autores anônimos. Logo estava escrevendo o maior número das peças apresentadas no Teatro Globo, ocupado pela companhia de Burbage, da qual fazia parte.

A obra de Shakespeare abrange aproximadamente 40 peças, entre comédias românticas, tragédias e dramas históricos, divididos em quatro fases que acompanham a evolução do autor. A primeira fase vai de 1590 a 1595. São desse período: Henrique IV, Ricardo III, A Comédia dos Erros e Titus Andronicus e A Megera Domada. Os Dous Cavaleiros de Verona, Penas de Amor Perdido, Romeu e Julieta, Sonho de uma Noite de Verão e O Rei João. De 1596 a 1600, a segunda fase, escreve O Mercador de Veneza, Júlio César, As Alegres Comadres de Windsor, Muito Barulho por Nada, Henrique V, Como Quiseres e A Duodécima Noite.

De 1601 a 1608, o período mais importante, escreveu: Hamlet, Tróilo e Créssida, Tudo Está Bem Quando Acaba Bem, Medida por Medida, Otelo, Rei Lear, Macbeth, Antônio e Cleópatra, Coriolano, Timon de Atenas e Péricles.  De 1609 a 1612, escreveu suas últimas obras: Cimbelino, O Conto de Inverno, A Tempestade e Henrique VIII. William Shakespeare foi também poeta e escreveu mais de 150 sonetos. Publicou três livros em estilo renascentista: Vênus de Adônis (1593), Lucrécia (1594) e Sonetos (1609). Em suas obras, Shakespeare teve o dom de captar com igual maestria as paixões mais turbulentas e os sentimentos mais puros, a mais rica alegria e o mais penoso desespero. Foi magistral o traço dos personagens que povoaram seu mundo. De Romeu e Julieta fez a personificação do amor irrealizado. De Otelo, o protótipo do ciumento. Do Mercador de Veneza, o usuário materialista por excelência. De Macbeth, o resumo da ambição e do remorso, sendo considerada a obra mais trágica do autor. A fase das tragédias sérias e maduras é a mais importante na carreira de Shakespeare. Hamlet, embora criticada por muitos da época, é considerada sua maior criação. O enredo encarna o dilema do homem de intensa vida espiritual, que busca a essência das coisas enquanto é obrigado a tomar uma atitude decisiva. No célebre monólogo “Ser ou não ser, eis a questão”, o Príncipe Hamlet quer, dormir e sonhar, mas indaga se o sonho da morte não será um sonho como os outros. Hesitante entre a fria execução de uma vingança e o sentimento de piedade, Hamlet rebela-se contra o destino.

William Shakespeare juntou em sua obra, aspectos e características do estilo de vida inglês. As citações conhecidas da cultura anglo-saxônica e os folclores antigos foram incrementados de forma organizada, num estilo peculiar. Suas peças foram encenadas pela Europa inteira, influenciando outros dramaturgos, inclusive, sobrepondo-se ao teatro francês, alemão e italiano. Depois de acumular alguma fortuna, Shakespeare volta para sua cidade natal, entrando em processo de reclusão, que durou até o fim de sua vida. William Shakespeare faleceu em Stratford-upon-Avon, no dia 23 de abril de 1616.

FILMOGRAFIA BÁSICA:

  1. Hamlet (Reino Unido, 1948, 147 min., preto e branco). Produtora: Rank Organisation.teatro-hamlet-capa-dvd

Diretor e Roteiro: Laurence Olivier. Fotografia: Desmond Dickinson. Música: William Walton.

Prémios: Todos em 1948: 4 Óscares, 2 Globos de Ouro, Melhor ator a Olivier pelo Círculo de Críticos de Nova Iorque, Leão de Ouro em Veneza para a atriz Jean Simmons e para a fotografia, e melhor filme nos BAFTA.

Atores: Laurence OlivierJean SimmonsBasil SydneyEileen HerlieFelix AylmerTerence MorganNorman WoolandPeter CushingStanley HollowayAnthony Quayle,Harcour Williams e Patrick Troughton.

Argumento: O príncipe dinamarquês Hamlet (Laurence Olivier) deseja vingar a morte de seu pai, o antigo rei. O problema é que Hamlet descobre, através de uma aparição fantasmagórica de seu próprio pai morto, que o assassino é o seu tio, Cláudio (Basil Sydney), homem que assumiu o trono e casou-se com a mãe de Hamlet, Gertrude (Eileen Herlie).teatro-hamlet-foto1

Nota: Existem desta obra outras oito versões realizadas por Svend Gade (1921), Grigori Kozintsev (1964), Tony Richardson (1969), Celestino Coronado (1976), Franco Zeffirelli (1990), Kenneth Branagh (1996), Michael Almereyda (2000) e para TV por Gregory Doran (2009).

 

 

  1. Macbeth (Reinado de sangue) (EUA, 1948, 105 min., preto e branco). Produtora: Republic Pictures.teatro-macbeth-cartaz0

Diretor e Roteiro: Orson Welles. Fotografia: John L. Russell. Música: Jacques Ibert.

Atores: Orson WellesJeanette NolanDan O’HerlihyRoddy McDowall e Edgar Barrier.

Argumento: Adaptado da peça teatral homônima de William Shakespeare, Macbeth (Orson Welles) encontra-se com três bruxas que preveem, dizendo que ele se tornará arquiduque e, em seguida, rei. Acreditando nas profecias após o atual arquiduque de Cawdor ser preso e o ducado dado a ele, Macbeth conta a história a sua esposa (Jeanette Nolan) e os dous passam a tramar a morte do Rei Duncan.

Nota: Existem desta obra outras quatro versões realizadas por Roman Polanski (1971), Ruper Goold (2010, para TV), Justin Kurzel (2015) e Angus Macfadyen (2016).

  1. Otelo (Othello) (Marrocos, 1952, 91 min., preto e branco). Coprodução EUA-Marrocos-Itália-França.teatro-otelo-cartaz

Diretor e Roteiro: Orson Welles. Fotografia: G. R. Aldo. Música: Fco. Lavagnino e Alberto Barberis.

Prémio: Grande Prémio do Júri em Cannes, 1952.

Atores: Orson WellesSuzanne CloutierMicheál MacLiammóirRobert CooteFay ComptonHilton EdwardsMichael LaurenceNicholas BruceDoris DowlingJean Davis e Joseph Cotten.

teatro-otelo-foto3Argumento: Desdemona, filha de um aristocrata veneziano, é comprometida com Iago e foge com um heroico militar mouro Othello. Ressentido, Iago planeja separar o casal.

Nota: Existem desta obra outras seis versões realizadas por Sergei Yutkevich (1956), Stuart Burge (1965), Jonathan Miller (1981, para TV), Franco Zeffirelli (1986), Oliver Parker (1995) e Geoffrey Sax (2001, para TV).

 

 

  1. Falstaff (Campanadas a medianoche) (Espanha, 1965, 115 min., preto e branco).teatro-falstaff-cartaz2

Diretor: Orson Welles. Produtoras: Alpine Films e Internacional Films (Coprodução Espª-Frª-Suiça).

Roteiro: O. Welles, baseado em várias obras de Shakespeare, segundo o livro de Raphael Holinshed.

Fotografia. Edmond Richard. Música: Alberto Lavagnino. Prémio: Cannes, 1966.

Atores: Orson WellesKeith BaxterJohn GielgudJeanne MoreauMargaret Rutherford,Marina VladyNorman RodwayAlan WebbFernando ReyWalter ChiariAndrew FauldsMichael AldridgeJulio PeñaAndrés MejutoKeith PyottJeremy Rowe e José Nieto.

Argumento: Inglaterra, guerra dos 100 anos (ss. XIV e XV). Enrique IV, primeiro monarca da dinastia dos Lancaster, em 1399 arrebata o trono ao seu primo Ricardo II. Welles realiza uma adaptação de várias obras shakesperianas: Enrique IV, Enrique V, As alegres comadres de Windsor e Ricardo II.

  1. Romeu e Julieta (Romeo and Juliet) (Reino Unido, 1968, 138 min., cor).

Diretor: Franco Zeffirelli. Roteiro: Franco Bursati e Masolino d’Amico.teatro-romeu-e-julieta-capa-dvd

Fotografia: Pasqualino De Santis. Música: Nino Rota.

Atores: Leonard WhitingOlivia HusseyJohn McEneryMichael YorkPat HeywoodMilo O’SheaPaul HardwickNatasha ParryBruce RobinsonAntonio Pierfederici,Esmeralda RuspoliRobert Stephens e Roberto Bisacco.

Argumento: Em Verona, Romeu (Leonard Whiting), um jovem, fica apaixonado e é correspondido por Julieta (Olivia Hussey), uma donzela que pertence a uma família rival. No entanto, este amor profundo terá trágicas consequências uma vez que nenhuma das duas famílias, cada vez mais envolvidas em um conflito sangrento, não deixará que os dous consumem a paixão.

Nota: Existem desta obra outras doze versões realizadas por Ugo Falena (1912), George Cukor (1936), Miguel M. Delgado (1943), Lev Arnshtam e Leonid Lavrovsky (1955), Paul Czinner (1966), Baz Luhrmann (1996), Bruno Barreto (2005), Connie Macatuno (2006), Martin Mariani e Cris Morena (2007, para TV), Carlo Carlei (2013), Don Roy King (2014) e Riccardo Donna (2014, para TV).

  1. O sonho de uma noite de verão (A Midsummer Nigth´s Dream).

Diretor e Roteiro: Michael Hoffman (Reino Unido, 1999, 120 min., cor).teatro-sonho-noite-verao-capa-dvd

Fotografia: Oliver Stapleton. Música: Simon Boswell.

Produtoras: Fox Searchlight Pictures e Regency Enterprises.

Atores: Kevin KlineMichelle PfeifferRupert EverettCalista FlockhartStanley Tucci, Christian BaleSophie MarceauDavid StrathairnAnna FrielDominic WestRoger ReesMax WrightGregory JbaraBill IrwinSam Rockwell e Bernard Hill.

Argumento: No início do século XX em Monte Atena, Itália, o duque Theseus (David Strathairn) está prestes a se casar com Hipólita (Sophie Marceau) e, paralelamente, precisa resolver um problema, pois Egeus (Bernard Hill) quer invocar uma lei para obrigar Hermia (Anna Friel), filha de Theseus, a se casar com Demetrius (Christian Bale). Caso não concorde, ela se tornará uma freira, mas ela ama realmente Lysander (Dominic West) e está disposta a passar toda a sua vida em um convento a entregar sua virgindade para um homem que não ama. Ironicamente, Helena (Calista Flockhart) se desespera, pois ama Demetrius mas dificilmente poderá desposá-lo. Enquanto os mortais tentam resolver estas diferenças, Oberon (Rupert Everett), o rei dos duendes que habitam a floresta, ordena que Puck (Stanley Tucci), um duende que lhe serve, coloque filtros mágicos nos olhos dos mortais, para resolver o problema. Mas Puck comete um erro que aumenta ainda mais a confusão. Paralelamente, Oberon se desentende com Titania (Michelle Pfeiffer), a rainha das fadas e a faz se apaixonar por Nick Bottom (Kevin Kline), um ator com cara de burro.

teatro-sonho-noite-verao-foto Nota: Existem desta obra outras cinco versões realizadas por William Dieterle (1935), Jirí Trnka (1959, com animação de fantoches), Peter Hall (1968), Elijah Moshinsky (1981, para TV) e Goran Paskaljevic (2004).

 

 

 

UM EXEMPLO PRÁTICO DE LEVAR O TEATRO ÀS AULAS:

    Para exemplificar a montagem de uma peça de teatro num 1º ano, podemos escolher a peça Rosa Branca e Rosa Vermelha. Os passos a serem seguidos seriam os seguintes:

1º. Contar a história: como foi dito antes, o professor prepara a história e a conta sem ler, nem interpretar, nem questionar: também as adaptações devem ser evitadas, já que os contos de fadas refletem uma sabedoria antiga, que fala diretamente aos corações das crianças.

2º. Recontar a história, o que é feito pelas crianças, no dia seguinte.

3º. Desenhos ou pinturas de partes da história.

4º. Introduzir, na parte rítmica, a música e a primeira fala do coro; no caso desta peça, o professor pode ressaltar na fala os sons das consoantes M/N/R/L.

5º. Ampliar o trabalho com o texto na parte rítmica, fazendo com que as crianças memorizem, articulando bem os sons, ao mesmo tempo em que vivenciam as situações através dos gestos.

6º. Depois de todos terem aprendido o texto, pode-se, por exemplo, separar a classe em falas masculinas e femininas: os meninos dizem as partes do gnomo e do urso-príncipe, e as meninas dizem as partes das Rosinhas e da mãe. No decorrer do tempo, as crianças vão-se revelando: algumas identificam-se com o urso, outras com o gnomo, outras ainda com a mãe e assim por diante.

7º. Como são poucas as personagens para uma classe inteira, um mesmo papel pode ser feito por várias crianças em momentos diferentes, por exemplo, cada vez que o gnomo aparece, pode ser representado por outro aluno, ou um grupo de alunos, embora a fala seja sempre acompanhada pelo coro dos meninos; ou seja, sua fala é representada pelo coro dos meninos, mas um deles (ou um pequeno grupo) se destaca na interpretação se colocando mais à frente e interagindo com os outros personagens.

8º. Algumas crianças podem-se ocupar dos efeitos sonoros, que são fundamentais para marcar as cenas, entradas e saídas, e para caracterizar os personagens. Cada entrada das Rosinhas pode ser sinalizada por um toque de triângulo; a raiva e o mau-humor do gnomo seriam bem caracterizados pelo som áspero do reco-reco. Tudo isto vai sendo inserido paulatinamente.

9º. Tendo em vista que o ideal é que os alunos estejam em cena o tempo todo (posicionados em semicírculo ou em grupos, atrás daqueles que estão atuando), o cenário e os elementos cênicos serão bem simples e sugestivos: uma cadeira para a mãe, pano verde no chão como relva, outro azul para o rio, duas vassourinhas; a lareira será sugerida por uma cadeira ou banco deitado coberto por um pano, dois pequenos vasos, um com rosas vermelhas e outro com rosas brancas (que podem ser de papel), um saco com pedacinhos de papel dourado e prateado amassados para o gnomo. Pronto! Não é necessário mais nada!

10º. Acompanhando a simplicidade do cenário, para o figurino pode-se usar: um xale para a mãe, vestidos rodados para as Rosinhas e coroinhas de flores na cabeça (branca e vermelha; também de papel), uma capa marrom com capuz para o urso, que usará por baixo uma roupa de príncipe (um colete aberto de cetim dourado e uma coroa de papel também dourado); um gorrinho vermelho para o gnomo, com colete curto e calças compridas dentro de botas verdes (um pedaço de feltro ou papel camurça adaptado com jeito para as botas).Também barbas feitas com fios de lã podem ser usadas pelos gnomos, se isto não for sobrecarregá-los.

Para que as crianças vivenciem com profundidade todos estes passos, não se deve ter pressa. Pela nossa experiência, o tempo de montagem de uma peça como esta é de pelo menos um mês, trabalhando todos os dias e tendo em vista que não se faz somente esta atividade em um dia de aulas. Às vezes uma montagem pode levar mais tempo, dependendo do ritmo da turma e das possibilidades do currículo.

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TEMAS PARA REFLETIR E REALIZAR:

    Servindo-se da técnica do Cinema-fórum, analisar e debater sobre a forma (linguagem cinematográfica: planos, contraplanos, panorâmicas, movimentos de câmara, jogo com o tempo e o espaço, truques cinematográficos, etc.) e o fundo dos seis filmes antes resenhados, baseados em peças teatrais de William Shakespeare.

Seria bom organizar no nosso centro educativo uma oficina ou obradoiro de teatro, com a finalidade de desenvolver durante o curso atividades dramáticas, usando todas as técnicas possíveis: teatro lido, representado, jogos dramáticos, dramatizações, tiruleques e fantoches, etc. A escolha das peças a representar terá que ser feita de comum acordo entre escolares e docentes.

Podemos organizar um Certame de Teatro escolar, convidando a participar no mesmo todos aqueles estabelecimentos educativos que têm clubes de teatro e grupos de teatro infantil, escolar e/ou juvenil.

 

 

 

 

 

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