Independência da Guiné Bissau

Partilhar

A GUINÉ-BISSAU completa 49 anos da sua independência do regime colonialista, imperialista de Portugal. No entanto, a pergunta que se faz é: Será que nós temos um Estado independente? No que tange a uma independência concreta? Não, mas somos um estado ainda dependente, em quase tudo, contudo, temos Guineenses a governar o nosso território, mas isso não passa de uma música de mama djombô Tugas brankus bai i tugas pretus fika e na soronda Neokolonialismu.

Só está passagem da música, demonstra explicitamente que a luta de derrubo do colonialismo foi um sucesso, mas agora estamos perante ao novo sistema implantado de neocolonialismo sustentado pelo capitalismo imperalista.

Diante disso, não podemos garantir os direitos básicos que outrora já tinham sido garantidos e salvaguardados nas zonas libertadas, que são: Educação, Saúde, Alimentação, Liberdade de expressão, Emprego e Energia e àgua.

Não podemos garantir os direitos básicos que outrora já tinham sido garantidos e salvaguardados nas zonas libertadas, que são: Educação, Saúde, Alimentação, Liberdade de expressão, Emprego e Energia e àgua.

Hoje na nossa terra, esses direitos básicos não existem, porque os tugas pretos ou bem similados de imperalismo, são os que governam o solo pátrio de Amilcar Cabral, kanhina Ntunguê, Titina Silá e os demais outr@s combatentes.

Num passado recente estes governantes aprovaram na ANP (ASSEMBLEIA NACIONAL POPULAR) os instrumentos de governar OGE E PG, com impostos nas costas dos trabalhadores e consequentemente do povo Guineense, no qual aumentaram subsídios, salários aos titulares da órgão da soberania. Esses impostos estão a refletir no aumento de custo de vida do nosso povo.

Com 48 anos de independência ainda temos 48,9% de analfabetos, com pior índice de desenvolvimento humano e sistema de saúde precária, sem infraestruturas e sistemas de Saneamento básico adequado. Para já são dois anos sem funcionamento normal das escolas públicas. Entretanto, como se não bastasse, houve paralisação nos hospitais públicas, sem serviço mínimo, e a quem reivindicar o mal/pior do sistema fica preso a luz de raio de sol.

Hoje estamos aqui, amanhã estaremos noutra face da terra, baseando nesta lógica, a nossa geração tem por obrigação de cultivar a consciência cívica e política para melhor se posicionar face ao sistema. E isso, nos desafia enquanto jovens para assumirmos o nosso papel de “Kumpu Terra”.

Entretanto, existe fortes motivos para seguir na luta de sangue e osso, no sol, frio, e chuva. É sim, na unidade que fazemos as lutas, na resistência que caminhemos em frente, e na afirmação da justiça que serão as consequências do nosso progresso.

Parafraseando o Líder imortal Amílcar Cabral: “Uma luta para ter pão, para ter terra, para ter liberdade”. “uma luta para ter escolas, para que as nossas crianças não sofram, para ter hospitais”. “Uma luta para mostrar a face do mundo que somos gente com dignidade”. “A nossa luta é um acto de cultura”.

Glória aos combatentes!

Mantenhas de Luta e Esperança.

[Este artigo foi publicado originariamente na juplp.com]

Máis de Braima Bari