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GOETHE, UM LITERATO EDUCADOR

Junto com Kant, Herder, Schiller e Marx, entre outros, Goethe foi um dos vultos mais importantes que deu a Alemanha. Não deve surpreender, portanto, que o governo do seu país a certa altura, decidisse criar o Instituto Goethe, para difundir por todo o mundo a língua e cultura germânicas. Acho que são poucos os países que não tenham, pelo menos nas suas capitais, um «Goethe-Institut». Estas instituições são modelares no fomento da cultura alemã, emprestando de forma gratuita filmes, CDs, DVDs, livros e revistas a estabelecimentos de ensino, escolas, cinema clubes, liceus e ateneus, que possam existir nas cidades de todos os países do mundo, ou de quase que todos. O qual evidencia pelo menos duas cousas: uma, a valorização que se faz da grande figura de Goethe, e, duas, o exemplar que é este país europeu, não regateando esforços e dinheiro para difundir a sua cultura pelo planeta. Por isto, escolhi para este depoimento da série dedicada a grandes vultos da humanidade, que iniciei com Sócrates, a grande figura de Johann Wolfgang von Goethe, que é seu nome completo, e que faz o número 29 desta série de figuras que devem conhecer todos os escolares. Nasce a 28 de agosto de 1749 em Frankfurt am Main e falece a 22 de março de 1832 em Weimar.

Goethe é considerado como a maior personalidade da literatura alemã, seu maior poeta, grande também como dramaturgo, romancista e ensaísta; e são notáveis suas obras autobiográficas, seus estudos de ciências naturais e suas conversações, fielmente notadas, com amigos. Para toda essa obra polimorfa vale o que o próprio Goethe dizia das suas poesias: são “ocasionais”, isto é, ligadas aos acontecimentos de sua vida e a experiências pessoais, de modo que não é possível separar as obras e a vida. De família burguesa, culta e abastada, Goethe recebeu educação enciclopédica. Em 1765 matriculou-se na Universidade de Leipzig para estudar direito. Conheceu literatos e artistas, envolveu-se em aventuras amorosas e escreveu poesias anacreônticas, à moda da época. 

Interrompidos os estudos por grave doença, matriculou-se em 1770 na Universidade de Strasbourg. Conheceu Herder, o grande crítico pré-romântico, que o iniciou na leitura de Shakespeare e lhe sugeriu passeios pelos campos da Alsácia, para colecionar canções populares.

A catedral gótica de Strasbourg encheu-o de entusiasmo pela Idade Média alemã, quando surgiu a primeira ideia de escrever o Fausto. Em 1772 apaixonou-se por Charlotte Buff, noiva de um amigo íntimo, conflito que o abateu profundamente. Procurando alívio no estudo do passado, escreveu Götz von Berlichingen, uma tragédia shakespeariana, glorificando a época das lutas do tempo da Reforma. A peça obteve estrondoso sucesso. A forte paixão por Charlotte ainda renderia outra obra: Os sofrimentos do jovem Werther. Embora influenciado por A nova Heloísa, de Rousseau, Goethe criou uma obra totalmente original, de permanente atualidade psicológica, cheia de sentimentalismo pré-romântico, mas elevada a alturas trágicas pelo desfecho, o suicídio de Werther.
O romance obteve sucesso imenso e foi traduzido para todas as línguas. O jovem autor transformou-se em personalidade de fama internacional e foi convidado a fixar residência em Weimar, nomeado ministro do pequeno ducado, e recebeu título de nobreza. As relações de Goethe com Charlotte von Stein, sua nova amante, mulher altamente sofisticada, inspiraram-lhe nova série de poesias líricas. Mas não são eróticas. São grandes odes em versos livres, manifestações de um idealismo estético e moral. Ou, então, graves meditações em estilo hermético – e também pequenos poemas. São as mais belas poesias líricas da literatura alemã, mas dificilmente traduzíveis e por isso menos conhecidas no estrangeiro. Elas desmentem a tese de que Goethe teria sido mais ensaísta que poeta.

Sentindo necessidade de sair do pré-romantismo, pela contemplação das obras de arte da Antiguidade Clássica, Goethe viajou em 1786 para a Itália, onde ficou até 1788, principalmente em Roma. Seus estudos de arte o tornaram um classicista ortodoxo, à maneira de Winckelmann. De volta a Weimar, Goethe publicou Fausto – um fragmento, terminando definitivamente a fase pré-romântica de sua vida. A tragédia Torquato Tasso, de 1790, resume suas experiências na corte: é a renúncia ao idealismo poético e a adoção de uma atitude realista ante as exigências da vida. Goethe torna-se realista. Assume, então, a direção do teatro de Weimar, criando um repertório em que predomina Shakespeare. Dedica-se cada vez mais às ciências naturais, sobretudo à botânica e à ótica

FILMOGRAFIA BÁSICA: ANTOLOGIA DE FILMES:

A. Filmes (Longa-metragens):

1. Goethe! (Os sofrimentos do jovem Werther / Young Goethe in Love).

Diretor: Philipp Stölzl (Alemanha, 2010, 102 min., cor).

Roteiro: Alexander Dydyna, Christoph Müller e Philipp Stölzl.

Fotografia: Kolja Brandt. Música: Ingo Frenzel.

Produtoras: Senator Film Produktion, Deutschfilm, Film Productions e Warner Bros.

Nota: Ver legendado em português:

https://www.youtube.com/watch?v=oeLv-dUTxI0

Atores: Alexander Fehling, Miriam Stein, Moritz Bleibtreu, Volker Bruch, Burghart KlauBner e Henry Hübchen.

Argumento: Alemanha, 1772: o jovem Johann Goethe é enviado pelo seu pai a uma pequena cidade aletargada para emendar-se depois de ser reprovado nos exames de direito. Ao princípio, tenta fazer tudo o possível no Tribunal Supremo e inclusive convence o seu superior Kestner. Porém, Lotte vai entrar na sua vida e nada vai ser igual a como era antes de apaixonar-se. Johann, no entanto, não é consciente de que Lotte, de facto, ainda está comprometida com Kestner. O dramático e frustrado amor entre o jovem poeta e Lotte foi a inspiração para realizar a obra-mestra de Goethe Os sofrimentos do jovem Werther.

2. Fausto (Faust).

Diretor: F. W. Murnau (Alemanha, 1926, 100 min., preto e branco, cinema mudo).

Roteiro: Hans Kyser, segundo o romance de J. W. von Goethe.

Fotografia: Carl Hoffmann. Produtoras: Universum Film (UFA) e MGM.

Filme completo:

Atores: Emil Jannigs, Gösta Ekman, Camilla Horn, William Dieterle, Yvette Guilbert, Frida Richard, Eric Barclay, Hanna Ralph, Wernes Fuetterer e Hans Brausewetter.

Argumento: O filme relata a história dum célebre pensador que depois de procurar sem descanso a essência do conhecimento e a verdade oculta das coisas, é tentado pelo diabo e vende a sua alma.

3. Fausto (Faust).

Diretor: Jan Svankmajer (República Checa, 1994, 97 min., a cores).

Roteiro: Jan Svankmajer e Christian Dietrich Grabbe, segundo a obra de Christopher Marlowe e o romance de J. W. von Goethe.

Fotografia: Svatopluk Malý. Música: J. S. Bach e Charles Gounod.

Coprodução: República Checa, França e Reino Unido (várias produtoras destes países).

Atores: Petr Cepek, Jan Kraus, Vladimir Kudla, Antonin Zacpal, Jirí Suchý, Viktorie Knoková e Jana Mézlová.

Argumento: Praga, ano 1994. Um homem caminha para o trabalho quando se aproximam dous estranhos e lhe entregam um mapa com uma sugestiva inscrição. Por muito que o homem tenta tirar o mapa da cabeça, o enigma obceca-o a tal ponto que se vai envolver num mistério do qual provavelmente não sairá incólume. Livre adaptação do mito de Fausto em que se misturam animação e imagens reais para refletir sobre o destino trágico do herói e a sua projeção sobre os demais.

4. Fausto (Faust).

Diretor: Aleksandr Sokurov (Rússia, 2011, 134 min., a cores).

Roteiro: A. Sokurov, segundo a obra de J. W. von Goethe.

Fotografia: Bruno Delbonnel. Música: Andrey Sigle. Produtora: Proline Film.

Atores: Johannes Zeiler, Anton Adasinsky, Isolda Dychauk, Hanna Schygulla, Maxim Mehmet, Georg Friedrich, Antoine Monot Jr., Katrin Filzen, Eva-Maria Kurz e Florian Brückner.

Argumento: Ambientada no século XIX. Baseia-se na lenda alemã de Fausto, um sábio que faz um pacto com o demo, e as adaptações literárias do mito por parte de Goethe e Thomas Mann.

5. Werther (O romance de Werther / Le roman de Werther).

Diretor: Max Ophüls (França, 1938, 95 min., preto e branco).

Roteiro: Max Ophüls, Hans Wilhelm e Fernand Crommelynck, segundo o romance de Goethe.

Fotografia: Fédote Bourgasoff, Paul Portier e Eugen Schüfftan. Música: Paul Dessau.

Produtora: Nero Films.

Atores: Pierre Richard-Willm, Annie Vernay, Jean Galland, Jean Périer, Henri Guisol, Roger Legris, Georges Vitray, Jean Buquet e Philippe Richard.

Argumento: Um jovem poeta apaixona-se perdidamente por uma moça e, quando a perde, tenta desesperadamente recuperá-la.

6. Werther.

Diretora: Pilar Miró (Espanha, 1986, 108 min., a cores).

Roteiro: Mario Camus e Pilar Miró, segundo o romance de Goethe.

Fotografia: Hans Burmann. Música: Jules Emile Massenet.

Produtora: Pilar Miró P.C.

Atores: Eusebio Poncela, Mercedes Sampietro, Feodor Atkine, Vicky Peña, Luis Hostalot, Emilio Gutiérrez Caba e Miguel Arribas.

Argumento: Numa cidade costeira do norte de Espanha, Werther é um jovem professor que dá aulas de grego num seleto colégio. É um homem romântico e melancólico que vive só na velha casa dos seus antepassados. Aceita dar aulas particulares ao filho dum rico armador, um rapaz introvertido e difícil que vive encerrado em si mesmo. Werther sente-se tão atraído pela mãe do rapaz, uma mulher forte e independente, e já não vai poder viver sem ela. Adaptação modernizada do clássico de Goethe.

B. Documentário:

Goethe-Literatura: A Escola da Vida (The Schhol of Life).

Duração: 11 min.

Filme completo:

 

REVOLUÇÃO FRANCESA E ÚLTIMOS ANOS DA SUA VIDA:

A Revolução Francesa ameaçava destruir os fundamentos de sua existência aristocrática de esteta culto. Assistindo, em 1792, à primeira derrota dos exércitos monárquicos pelos revolucionários franceses, em Valmy, ele diagnostica com acerto a situação histórica, dizendo: “Daqui e hoje começa uma nova época da história universal”. Em 1794 começam as relações de amizade com Schiller. Lê as obras de Kant. Aprofunda, filosoficamente, o seu classicismo. É desse período o romance Os anos de aprendizagem de Wilhelm Meister, um romance de formação de um jovem poeta que se torna realista amadurecido. Em 1805 escreve, em prosa clássica, Winckelmann e seu século, espécie de manifesto do classicismo. Em 1808, publica a primeira parte do Fausto. Nessa versão definitiva, a obra começa com as meditações metafísicas de Fausto, que formam um dos mais profundos poemas filosóficos da literatura universal.
Goethe manteve inicialmente boa relação com os românticos, principalmente com August Wilhelm Schlegel e com Friedrich Schlegel. Mas não estava de acordo nem com as tendências cristianizantes nem com a preferência pela Idade Média em detrimento do classicismo pagão. Separando-se dos românticos, acentua seu relativo realismo.

Parece que acreditava terminada sua carreira literária, quando a paixão pela linda Marianne von Willemer lhe inspirou O divã ocidental-oriental, volume de poesias eróticas e filosóficas, cheias de paixão violenta e de anticristianismo decidido. São os poemas mais belos que Goethe escreveu. A velhice de Goethe, que se havia transformado em ídolo literário do mundo, incondicionalmente idolatrado, pertence às tentativas de encontrar a continuação do Fausto e à elaboração do romance Anos de viagens de Wilhelm Meisters, publicado a partir de 1821, obra em que Goethe resume seu ideal de formação total da cultura do indivíduo, sonhando com uma utópica sociedade educativa para esse fim, a “província pedagógica”. 
São os anos em que Goethe conversava diariamente, sobre todos os assuntos possíveis, com seu secretário, Johann Peter Eckermann (1791-1854), que publicou em 1837 suas notas sob o título de Conversações com Goethe, obra da mais alta sabedoria, revelando também o interesse do poeta pelas novas tendências literárias e seu ideal de uma comunidade literária de todas as nações. A calma desses últimos anos foi perturbada pela repentina paixão erótica do homem de 70 anos pela jovem Ulrike von Levetzow. A resignação inevitável produziu o comovente poema Elegia de Marienbad. Goethe dedicou o resto de sua vida à elaboração da segunda parte do Fausto, que foi concluída em 1830, mas publicada só depois da morte do poeta. 

IDEIAS EDUCATIVAS DE GOETHE:

Goethe não se ocupou sistematicamente da educação, embora em grande parte das suas obras, e muito especialmente nos seus dois livros Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister e Os anos itinerantes de Wilhelm Meister, tenha exposto ideias pedagógicas. Nestas obras citadas dedicou toda uma parte, a denominada «província pedagógica», à educação. Ademais, ocupou-se da educação durante a sua gestão como conselheiro na corte do duque Carlos Augusto de Weimar, e na educação do seu neto. A sua mesma vida é uma obra de autoeducação. Esteve influenciado pelas ideias de Rousseau e Basedow, embora não aceitasse a cem por cento os postulados destes grandes pedagogos. Para Goethe a educação é antes que nada um labor espiritual, de humanização, caraterística da sua época contemporânea. O importante é a formação da personalidade, da qual comenta que é a maior delícia das criaturas e dos seres humanos. Porém, acha que a personalidade não deve ser nunca unilateral, parcial ou limitada, mas tão ampla e rica quanto possível. Ora bem, o caraterístico do homem é a vida, o viver, e neste senso a pedagogia de Goethe é antes que nada uma pedagogia vital. Nela emprega a ideia do desenvolvimento, da metamorfose, a partir dum núcleo original que se manifesta de diversas formas.

No seu livro sobre os anos itinerantes de Meister retoma Goethe a vida de seu protagonista, cuja formação, ou caminho preformativo, tinha apresentado já no seu primeiro livro sobre o aprendizado de Meister. No primeiro romance tentava Goethe responder à pergunta de como é que se pode chegar a ser feliz, e no segundo conclui que o autenticamente decisivo na formação dos indivíduos e os coletivos é a estrutura produtiva e económica, e as suas possíveis dinâmicas e mudanças. Na segunda obra há uma rejeição das revoluções e um apelo contra os abusos do despotismo e das ditaduras. A paz há de ser não só preservada por meio da ordem, mas alcançada por meio da justiça. Nesta saga sobre W. Meister os membros da «Sociedade da Torre» submetem-se livremente a um ordenamento da vida, criam uma comunidade e construem uma organização que vão transmitir às gerações futuras, com a intenção de sentar as bases de uma coletividade que sirva de um modo eficaz para evitar a tragédia. A «Província Pedagógica», os domínios de «Macária», o plano de emigração à América e o projeto de colonização interior são instituições e práticas que transmitem a escala coletiva a necessidade de limitar-se, de concentrar-se, de concretizar e de agir efetivamente no mundo, e assim evitar a potencialmente fatal dispersão.

GOETHE NAS SUAS PALAVRAS:

Uma das melhores maneiras de conhecer o pensamento do autor é ler as suas palavras e frases, das que se amostra uma antologia a seguir:

– «A temperança é um dos maiores prazeres».

– «As pessoas tendem a colocar palavras onde faltam ideias».

– «O amor e o desejo são as asas do espírito das grandes façanhas».

– «O que passou, passou, mas o que passou luzindo, resplandecerá para sempre».

– «Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor».

– «Quanto mais um homem se aproxima de suas metas, tanto mais crescem as dificuldades».

– «Não digas que darás, mas dá! Nunca satisfarás a esperança!».

– «A maior necessidade de um Estado é a de governantes corajosos».

– «Uma atividade sem limites acaba em bancarrota».

– «Quem tem bastante no seu interior, pouco precisa de fora».

– «O verdadeiro amor é aquele que permanece sempre, se a ele damos tudo ou se lhe recusamos tudo».

– «Ah, que diferença entre o juízo que fazemos de nós e o que fazemos dos outros!».

– «Os jovens e as mulheres querem a exceção, os velhos querem a regra».

– «O dever: gostar daquilo que prescrevemos a nós próprios».

– «Mas onde se deve procurar a liberdade é nos sentimentos. Esses é que são a essência viva da alma».

– «Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira».

– «Em toda a parte só se aprende com quem se gosta».

– «Aprender a dominar é fácil, mas a governar é difícil».

– «Onde me devo abster da moral, deixo de ter poder».

– «O amor não se deve somente queimar, mas também aquecer».

– «Diz-se da melhor companhia: a sua conversa é instrutiva, o seu silêncio, formativo».

– «Um nobre exemplo torna fáceis as ações difíceis».

– «Queres viver alegremente? Caminha com dois sacos, um para dares, outro para receberes».

TEMAS PARA REFLETIR E REALIZAR:

Servindo-se da técnica do Cinema-fórum, analisar e debater sobre a forma (linguagem cinematográfica) e o fundo (conteúdos e mensagem) da antologia de filmes resenhados antes.

Organizamos nos nossos estabelecimentos de ensino uma amostra-exposição monográfica dedicada a Goethe, o seu pensamento, a sua vida, os seus ensinamentos e as suas obras. Na mesma, ademais de trabalhos variados dos escolares, incluiremos desenhos, fotos, murais, frases, textos, lendas, livros e monografias.

Podemos levar a cabo um Livro-fórum lendo entre todos, estudantes e docentes, algum livro interessante, que analise a figura de Goethe, ou alguma das suas obras. Por exemplo, Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister, editada pela brasileira Editora Ensaio em 1994. E tirando as conclusões oportunas das propostas educativas que faz Goethe neste livro.

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