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Dandy Fever: “Chegar a ser finalistas já é um grande prémio para nós, e ademais incorporaremos o tema ao nosso repertório”

foto-dandy-fever-1Dandy Fever é umha banda que nasceu na Corunha em 2002, fazendo música jamaicana, nomeadamente ska, rocksteady e reggae, também com algo de  soul, e jazz e tudo o que lhes pedisse o corpo. Tenhem tocado por toda a Galiza e parte do estado espanhol, gravado, e até feito de banda para un mítico cantante jamaicano, Dave Barker. No ano 2006 ganhárom o concurso de bandas emergentes GZCrea. E agora som umha das 10 finalistas do “Musicando Carvalho Calero”.
Como vedes o panorama musical galego?
Pois, por fortuna, é difícil a dia de hoje estar ao tanto de tudo o que há no panorama musical galego, já que existem muitíssimas e variadas propostas, e umha qualidade tremenda. Somos um povo que historicamente lhe damos muita importância à música, a qual é parte essencial das nossas vidas. Existe um bom equilíbrio entre manter as tradiçons, fazer música inovadora e acolher e reinterpretar a música de fora.
Por outro lado, a situaçom atual pola pandemia está a fazer um dano mui importante à música, e cremos que as administraçons devem proteger e ajudar o sector. A cultura é umha actividade essencial.

Porquê vos animastes a participar no concurso “musicando Carvalho Calero”?

Pareceu-nos umha boíssima ideia e um repto. Escolhemos “Calquer lugar é bom para morrer” porque falava dum jeito um tanto fermoso de algo terrível como é a violência contra as mulheres. Nunca até o de agora musicáramos um poema, mas o processo foi surpreendentemente singelo e natural. Quigemos fazer um tema tranquilo e pousado, a ritmo de rocksteady, no qual as palavras escritas por Calero fluissem e se pudessem ouvir de maneira clara e limpa. A gravaçom e a mistura foi feita por nós mesmos no estúdio que temos no local, com meios analgicos, à antiga, e sem arranjos digitais, o que lhe proporciona um som mais coerente com o nosso estilo musical.
Estamos mui contentes com o resultado. Chegar a ser seleccionada a nossa peça entre as finalistas já é um grande prémio para nós, e ademais incorporaremo-la ao nosso repertório.

Nunca até o de agora musicáramos um poema, mas o processo foi surpreendentemente singelo e natural. Quigemos fazer um tema tranquilo e pousado, a ritmo de rocksteady, no qual as palavras escritas por Calero fluissem e se pudessem ouvir de maneira clara e limpa. A gravaçom e a mistura foi feita por nós mesmos no estúdio que temos no local, com meios analgicos, à antiga, e sem arranjos digitais, o que lhe proporciona um som mais coerente com o nosso estilo musical.

Que opinades de que se lhe dedique o dia das letras a Carvalho Calero?
Era umha dívida histórica. Carvalho Calero é merecedor desta homenagem há muito tempo, pola grande contribuçom à defesa da língua galega. Mais vale tarde do que nunca e aguardamos que sirva para difundir o seu trabalho.

foto-dandy-fever-2Sabedes que Carvalho defendia umha grafia convergente com o português e nom a espanhola… A AGAL hoje defende umha soluçom binormativista para que se podam usar ambas normas ortográficas. O que achades desta possibilidade?
Carvalho era um grande estudioso, e defendeu com muita coerência e argumentos o uso da normativa reintegrada, mas ao impor-se desde os anos 80 a normativa oficial, neste momento é complicado considerarmos mudanças pois a maior parte da populaçom tivo umha educaçom desde pequeno em que se lhe ensinou o galego com a normativa oficial. Este é um facto, mas a questom que nos fazedes é difícil de responder, já que somos 8 pessoas e cada um de nós tem umha opiniom diversa, que abrange desde a defesa do achegamento ao português até a conveniência de optar por continuar com a normativa oficial actual.

Que potencial pensades que poderia haver de abrir a produçom musical galega para os países lusófonos?
Há milhons de pessoas lusófonas que podem entender o que cantamos nas nossas cançons, mas a maioria nom sabem nem que existimos. Potencial há, qualidade também. Mas nom só nos países lusófonos, pensamos que podemos chegar a gostar em qualquer lugar do mundo. Nós somos umha banda com pequena difusom, mas ainda no nosso caso pudemos chegar a outras partes do mundo graças à internet, ou à inclusom em recompilatórios de música em diversos países, por exemplo.
Estamos de acordo em que potenciar e ajudar à difusom da música galega nos países lusófonos e no resto do mundo deveria ser um labor importante das administraçons públicas.

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