O alunado de Séchu Sende está a desenvolver um projeto de irmandade entre a regueifa galega e o repentismo do Nordeste do Brasil.
Esta iniciativa nasce com vontade de pôr em valor a dimensão oral dos livros de cordel, um género com muito sucesso no Brasil, e estender esta prática na Galiza, onde o centro Marco do Cambalhom de Vila de Cruzes tem trabalhado com umha matéria de regueifa e oralidade, desenhada polo docente e regueifeiro Séchu Sende.
A proposta concretiza-se na convocatória dum prémio dirigido a escolares de ensino primário e secundário que ultrapassará fronteiras. O objetivo deste é valorizar a poesia popular, vincular a tradiçom do cordel com a história e atualidade do Brasil e da Galiza e modernizar o livro de cordel na dimensão impressa e digital, através das redes sociais.
Alem disso, é objetivo principal estabelecer relações entre escolares da Galiza e Brasil através das culturas próprias.
A literatura de cordel é um género de literatura popular feito em verso e de origem tanto escrita como oral.
A literatura de cordel é um género de literatura popular feito em verso e de origem tanto escrita como oral. Recebe o seu nome polos chamados pregos de cordel.
O termo cordel provém do jeito da comercialização dos “folhetos” na Galiza, Portugal e Brasil, onde os pregos das obras se penduravam em cordas.
Teve a sua origem na Península Ibérica e foi uma literatura popular nos séculos XV e XVI que se estendeu-polas colónias submetidas aos reinos de Portugal e Castela.
Na Galiza as estrofes acostumavam ser de quatro, seis ou dez versos, eram recitados ou cantados por quem os vendia (normalmente pessoas cegas) nas praças das feiras, acompanhados às vezes de instrumentos como a sanfona, o violino ou a viola de mao.
Os livros de cordel foram desaparecendo na Galiza nas últimas décadas do séc. XX.
