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Carta aberta ao reintegracionismo de Rafael Ferro

Esta carta aberta foi-nos remetida na sequência do debate mantido no jornal El Correo Gallego polo autor da mesma e por Maria Pilar Garcia Negro, nomeadamente polos numerosos comentários que suscitou nas redes sociais o primeiro artigo de Rafael S. Ferro Vázquez, escrito em castelhano. Os links aos três artigos publicados por agora som os seguintes:

El gallego normativo, un producto de difícil venta (Rafael S. Ferro Vázquez)

O galego, ao lixo? (Pilar García Negro)

O debate do galego: matar ao mensaxeiro (Rafael S. Ferro Vázquez)

CARTA ABERTA AO REINTEGRACIONISMO

 

Caros amigos e amigas do reintegracionismo,

Muito obrigado a todos polo interesse no meu artigo titulado “El Gallego normativo, un producto de difícil venta” publicado en El Correo Gallego no dia 20 de Maio e também polos seus comentários em redes, tanto polos mais benevolentes como pelos mais críticos. Gostaria especialmente de expressar os meus parabéns a Eduardo Maragoto polo trabalho que está a realizar na presidência da AGAL e polos seus instrutivos vídeos no Youtube. Por várias razões acho que é um trabalho que vai ser importante na evoluçom do reintegracionismo dos próximos anos.

Além de cumprimentá-los e agradecer o seu interesse, estou escrevendo esta carta para fazer duas contribuições, sempre com o maior respeito por todas as opiniões:

Sinto-me muito feliz por conhecer e usar o castelhano, umha língua de imensa riqueza que também sinto como própria. No entanto, o facto de usá-la nesse meu artigo antes referido nom é acidental:

Acredito que o sucesso deste movimento vai residir na transversalidade e na inclusom de agentes de diferentes pensamentos: progressistas, conservadores, nacionalistas galegos, centralistas espanholistas, direita, esquerda… e que todos percebemos o reintegracionismo como viável e benéfico para a Galiza, independentemente da nossa ideologia. Romper com a abordagem clássica, uma fonte de preconceito, foi uma das razões da atençom que este artigo produziu em diferentes grupos. Temos que estar cientes de que existe atualmente uma lagoa no desenvolvimento desse movimento, que é precisamente o facto de muitas pessoas estarem completamente desconectadas devido ao desconhecimento ou à distância política. É necessário quebrar essas barreiras e preconceitos, embora, é claro, sem contrariar as várias associações e grupos atuais, alguns dos quais são promotores e garantidores, e serám, sem dúvida, os protagonistas de garantir a sua saúde nos próximos anos.

Como refleti no meu artigo, acho que os regulamentos atuais da Real Academia Galega consagram a castelhanizaçom do galego e, com a desculpa de nom reescrever a história, continuam a manter letras, palavras e construções impróprias do nosso idioma. Entendo esse ponto de vista, mas sem a intençom de corrigir erros do passado, os nossos autores do “Rexurdimento” liderados por Rosalía de Castro e Eduardo Pondal nom teriam retomado a escrita de nossa língua após três séculos de ausência, nem tampouco o galego teria sido retomado no ensino nos anos 80, após o regime do General Franco.

No entanto, nom devemos esquecer que atualmente existem milhares de galegos, organizações e instituições que usam / usamos o galego normativo (ou similar) e nom mudarão a sua maneira de se comunicar de forma traumática. Por isso, falando do ponto de vista social, qualquer possibilidade de transiçom para o galego reintegrado no ensino e na administraçom, sempre passará por moderaçom, comunicaçom, diálogo e, sobretudo, binormativismo integrador. A intençom de forçar uma rotura certamente seria um motivo de fracasso.

Obrigado a todos e todas vós!

RAFAEL S. FERRO VÁZQUEZ

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