Partilhar

A república dos sonhos já tem a sua Unidade Didática

AGAL pretende dar a conhecer a figura da Nélida Piñon nos centros de ensino secundário

Desde o ano 2021 a Associaçom Galega da Língua (AGAL) organiza, entre as suas atividades, uma leitura pública anual de uma obra de alguma figura importante das letras galego-portuguesas. Dessa maneira, foram lidas obras como Scórpio, de Carvalho Calero, no ano 2021, e como Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago, no ano 2022.

Neste ano 2024 é a vez de Nélida Piñon, uma das autoras brasileiras mais salientáveis e mais traduzidas a nível internacional. Para comemorar o primeiro aniversário do seu passamento, a AGAL decidiu homenagear esta escritora, de pai e mãe galegos, através da leitura contínua do seu livro mais conhecido, A república dos sonhos, obra que ligaria para sempre a Galiza e o Brasil, por meio de um dos tópicos mais comuns da literatura de ambos os países, isto é, a emigração. Esta leitura, coorganizada pela AGAL e a Academia Brasileira de Letras (ABL), em colaboração com a Secretaria Xeral de Política Lingüística, decorrerá ininterrompidamente por dois dias, entre o dia 3 e o dia 4 de maio de 2024, e em dois locais diferentes: no Auditório Xosé Neira Vilas do edifício da Biblioteca de Galicia da Cidade da Cultura, em Santiago de Compostela, e no Teatro Raimundo Magalhães Júnior da ABL, no Rio de Janeiro.

Para esta leitura, a AGAL quis envolver alunado do ensino secundário da Galiza e, para isso, encarregou a MAOS a elaboração de uma unidade didática para trabalhar nas salas de aula das escolas antes da celebração da homenagem. Com esta unidade, os alunos e as alunas, de entre 12 e 16 anos, poderão aproximar-se da autora e da sua biografia, da sua obra e dos seus reconhecimentos académicos, além dos prémios mais importantes que recebeu pela sua produção literária.

Nesse sentido, A república dos sonhos é trabalhada nesta unidade pondo-a em relação com a própria vida da autora e a sua experiência familiar, como emigrantes galegos no Brasil. Aliás, põe-se o foco na importância da língua como nexo de união entre a Galiza e o Brasil, e com a lusofonia. Assim, são dadas também diferentes dicas para o alunado galego ser capaz de ler em português com o sotaque da Galiza, através, fundamentalmente de material audiovisual disponibilizado na própria unidade. Isto torna-se muito interessante para os estudantes poderem praticar a leitura antes de fazerem parte da homenagem à obra escolhida da Nélida.

Por outro lado, as e os escolares também poderão pôr em prática os conhecimentos adquiridos acerca d´A república dos sonhos por meio de um questionário. E, por último, não podia faltar um jogo de pistas, tipo escape city, para realizar pelas ruas da zona velha de Compostela, com o intuito de as alunas e os alunos percorrerem diferentes pontos da cidade em que a própria Nélida Piñon também esteve e visitou.

Enfim, esta leitura contínua da República dos sonhos, coorganizada pela AGAL e a ABL, também visa homenagear a língua portuguesa, que a AGAL considera comum à Galiza, a Portugal, ao Brasil e a outras nações da África e da Ásia, pois o dia 5 de maio, em cujo início se prevê o final da leitura, é o Dia da Língua Portuguesa. Levando em conta que a obra da Nélida será lida na sua versão original, em português do Brasil, tenta-se, com este evento, propalar a ideia de que as obras da lusofonia podem ser lidas pelas pessoas galegas em versão original.

Alexandre Banhos: “A Lei Paz-Andrade é absolutamente desconhecida da administração galega, deu pouco de sim, poderia vir a dar no futuro”

Antonio de la Iglesia: Um polímata reintegracionista

Mercedes Rosón: “Nélida Piñon gera muito interesse, pola sua obra e polo seu vínculo com o nosso país, porque ela é também nossa’

Diego Garcia apresenta o seu primeiro conto no Concelho de A Mezquita o próximo 5 de agosto

Antônio Torres: “Fiquei impressionado com a quantidade de pessoas que espontaneamente se apresentaram para participar da Leitura Continuada, como o presidente da Academia Carioca de Letras, Sérgio Fonta, a escritora Lilian Fontes, a atriz Beth Goulart”

Lançamento do livro 50 anos de Abril na Galiza, no Festigal, o 25J em Compostela

Alexandre Banhos: “A Lei Paz-Andrade é absolutamente desconhecida da administração galega, deu pouco de sim, poderia vir a dar no futuro”

Antonio de la Iglesia: Um polímata reintegracionista

Mercedes Rosón: “Nélida Piñon gera muito interesse, pola sua obra e polo seu vínculo com o nosso país, porque ela é também nossa’

Diego Garcia apresenta o seu primeiro conto no Concelho de A Mezquita o próximo 5 de agosto