A obra, que receberá com o prémio uma ajuda à produção de 19.000€, contará com um mínimo de 40 representações nas cidades e vilas galegas
O prémio recaiu na obra Berenguela na gaiola, com dramaturgia e direçom de Paula Carballeira e apresentada conjuntamente a concurso polas companhias Galeatro e Xarope Tulú sobre o texto teatral de Manuel María “Aventuras e desventuras dunha espiña de toxo chamada Berenguela”. O elenco está formado por Alba Bermúdez, Tone Martínez e Atenea García acompanhados de Nicolás Zamorano e Lorena Calvo na cenografia, iluminaçom e caracterizaçom, Xavier Bertolo no espaço sonoro e Sol Álvarez no trabalho audiovisual.
O Teatro Principal de Santiago de Compostela servia de cenário, na semana passada, para a entrega do prémio correspondente à 4ª ediçom do Certame Manuel María de Proxectos Teatrais convocado pola Fundación e Casa-Museo Manuel María com a colaboraçom das Deputações da Corunha, Lugo e Ourense; do Centro Dramático Galego; das Mostras de Teatro de Ribadavia e Carinho e das cámaras municipais da Corunha, As Pontes, Ames, A Rua, Arteijo, Barbadás, Betanços, Briom, Cangas, Cambados, Carvalho, Carinho, Carral, Catoira, Cedeira, Culheredo, Ferrol, Lugo, Melide, Moanha, Monforte, Muros, O Barco, Ogrove, Oleiros, Padrom, Ponte Areias, Ponte Vedra, Rianjo, Ribadeu, Ribeira, Sada, Santiago de Compostela, Soutomaior, Tominho, Verim, Vila Garcia, Vilalva, Vimianço e Viveiro.
O jurado esteve presidido por Manuel Lourenzo -Prémio Nacional (espanhol) de Teatro-, atuando de vogais Vanesa M. Sotelo -diretora teatral e docente na Escola Superior de Arte Dramática- e Carlos Lorenzo -Presidente da Asociación Galega de Profesionais da Xestión Cultural-. Realizou a funçom de secretário, sem voto, Alberte Ansede como presidente da Fundación Manuel María.
A resoluçom do prémio foi tomada por unanimidade e o jurado qualificou o projeto como “sólido e solvente, oferecendo umha proposta novedosa sobre umha das peças mais emblemáticas de Manuel María”.
A resoluçom do prémio foi tomada por unanimidade e o jurado qualificou o projeto como “sólido e solvente, oferecendo umha proposta novedosa sobre umha das peças mais emblemáticas de Manuel María”. Resaltou, ademais, que “a obra tende umha ponte entre a nenez e a velhez apresentando com inteligência e ironia a defesa de valores como ter direito a um futuro livre, colocar o protagonismo feminino no centro ou denunciar a desatençom da velhez e da infáncia”. Também valorou o jurado que a proposta ganhadora “apresenta diferentes camadas de leitura o que lhe dá umha grande capacidade de chegar a um espectro de público mui amplo, incluído o público escolar”, o que está reforçado pola “atualizaçom que Paula Carballeira realiza da obra original de Manuel María mantendo, ao mesmo tempo, a essência de entretenimento e compromiso que caracterizan a obra deste”.
Este Certame tem carácter bienal e está destinado a companhias profissionais galegas. Nele premiam-se a melhor proposta cénica dumha obra de Manuel María, com o compromisso por parte da companhia ganhadora de leva-la à cena no praço máximo de 10 meses. Depois estará na carteleira, pelo menos, até rematar o ano 2026.
A respeito do próprio prémio, combina a ajuda económica para produzir o espetáculo e umha ampla turnê de representações. O galardom garante 40 representações em outras tantas cidades e vilas galegas graças à colaboraçom das Deputacións, concelhos e diferentes Mostras de Teatro. Ademais disso a propia Fundación Manuel María achega 4.000 euros como ajuda à produçom e o Centro Dramático Galego (CDG) achega outros 15.000. O presidente da Fundación Manuel María, Alberte Ansede, ressaltou precisamente a singularidade deste Certame: “o melhor reconhecimento para umha obra teatral é a sua difusom pois, ao fim, o que mais deseja umha companhia profissional é chegar ao seu público.” Pola sua parte, o director do Centro Dramático Galego, Francisco Núñez, afirmou que “este certame alcança algo impossível, unir tantas instituições para conseguir um circuito inaudito no teatro galego”. E a concelheira de Cultura de Santiago, Miriam Louzao, salientou que o “certame é um espaço onde se abren portas para novas propostas, linguagens e formas de entender e honrar a obra dum autor que tanto defendeu a nossa cultura”.
O encargado da entrega do Prémio foi o próprio Alberte Ansede, sendo recebido por Paula Carballeira, diretora da obra premiada. No ato de entrega participaram também Francisco Núñez, Director do Centro Dramático Galego; Miriam Louzao, concelheira de Capital Cultural de Santiago assim como as pessoas que fizeram parte do Jurado.