Dias antes, em seu discurso de posse na ABL ele profetizou: ” as pessoas não morrem, ficam encantadas”
Este mês de novembro, em especial o dia 19, a literatura brasileira presta homenagens a um dos maiores transformadores da linguagem literária, o escritor João Guimarães Rosa.
No ano de 1967, em uma semana de comemorações, Guimarães Rosa empossado na Academia Brasileira de Letras – ABL, e sua filha Wilma Guimarães Rosa, lançando seu primeiro livro “Acontecência”, o escritor foi vítima de um enfarto e não resistiu, falecendo aos 59 anos.
O autor revoluciona a Língua
Em 1946, Guimarães Rosa publicou o livro de contos Sagarana, que já trazia inovações na linguagem, na estrutura narrativa e uma infinidade de simbolismos que caracterizariam sua obra e mais do que isso, trouxeram um novo significado da temática regionalista na literatura brasileira.
A genialidade do escritor foi comprovada em 1956 com o lançamento de sua obra-prima, o romance Grande Sertão: Veredas, um verdadeiro divisor de águas na literatura brasileira, inovando não só a forma de abordar a temática regionalista como a utilização da linguagem, tão comum para as pessoas do interior do Brasil, mas nunca utilizada daquela forma em literatura.
Em 1952, o escritor fez uma longa excursão a Mato Grosso, que o colocou em contato com os cenários, os personagens e as histórias que ele iria recriar em sua obra-prima, o romance Grande Sertão: Veredas, lançado em 1956,
As comemorações do cinquentário de morte de Guimarães Rosa já começaram em diversas cidades brasileira e vão se estender até 2018.
Em Belo Horizonte, a Praça Guimarães Rosa, no bairro Cidade Nova, foi reinaugurada no dia 19 de novembro, agora exibindo uma estátua do autor. Em São Paulo, a Livraria da Vila reuniu atores renomados para leituras de trechos do romance Grande Sertão: Veredas.
No Rio de Janeiro a homenagem será em janeiro de 2018, quando o centro cultural do Banco do Brasil receberá o espetáculo/instalação Grande Sertão: Veredas, da diretora Bia Lessa, que em 2006, foi a responsável pela exposição sobre a obra de Guimarães Rosa na inauguração do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.
Obras de Guimarães Rosa
1936: Magma
1946: Sagarana
1947: Com o Vaqueiro Mariano
1956: Corpo de Baile: Noites do Sertão
1956: Grande Sertão: Veredas
1962: Primeiras Estórias
1964: Campo Geral
1967: Tutaméia – Terceiras Estórias
1969: Estas Estórias (póstumo)
1970: Ave, Palavra (póstumo)
2011: Antes das Primeiras Estórias (póstumo)