Os dados achegados por este coletivo procedem do Estudio de la Transición Lingüística na zona Eo-Navia (ETLEN), um documento elaborado pola Universidade de Uviéu.

A casa do concelho de Boal acolheu, há um par de semanas, a apresentação do Informe lingüístico do Navia-Eo. Sen fronteiras: galego de asturias.
Convocadas por Axuntar, associação para a normalização do galego de Astúrias, reunirom-se no início deste mês dúzias de pessoas em Boal para apresentar o seu trabalho sobre a situação do galego na área do Eo-Navia.
No ato falarom o presidente do coletivo, Moisés Cima, e Enrique González, também membro da diretiva de Axuntar. O linguista da Universidade de Uviéu, Xabier Barcia, e mais a linguista da Universidade de Tromso, na Noruega, Natalia Jardón.
O espaço de uso do galego na comunidade autónoma das Astúrias é delimitado polos rios Eo e Navia e abrange os concelhos de Bual, Castropol, Coaña, Eilao, El Franco, Grandas de Salime, Ibias, Pezós, Samartín de Ozcos, Santalla de Ozcos, San Tiso de Abres, Tapia, Taramunde, A Veiga, Vilanova de Ozcos, e parte de Navia, Villayón, Ayande e ainda, já sob administraçom galega: Negueira de Munhiz. O que soma uma população de aproximadamente 50.000 habitantes.
O espaço delimitado polos rios Eo e Navia abrange os concelhos de Bual, Castropol, Coaña, Eilao, El Franco, Grandas de Salime, Ibias, Pezós, Samartín de Ozcos, Santalla de Ozcos, San Tiso de Abres, Tapia, Taramunde, A Veiga, Vilanova de Ozcos, e parte de Navia, Villayón, Ayande e ainda, já sob administraçom galega, Negueira de Munhiz. O que soma uma população de aproximadamente 50.000 habitantes.
Sobre a perda de galegofalantes nesta comarca, divulgarom-se os dados feitos na III Encuesta Sociolingüística del Navia‑Eo, um trabalho encomendado pola Academia da Lingua Asturiana ao politólogo Francisco Llera Ramo e apresentada em 2021, assinala que dois de cada três residentes na área do Eo-Navia maiores de 16 anos tenhem como primeira língua o galego. Porem, o trabalho destaca que “três décadas atrás eram três de cada quatro os que tinham o galego exclusivamente como primeira língua, polo que se observa um claro declínio de 29 pontos”.
Ensino
Há dificuldades para aprender e usar o galego na comarca do Eo-Navia, e, ainda que existe umha Lei de uso e promoção do asturiano desde 1998, para garantir o ensino do galego nas etapas obrigatórias e não obrigatórias da educação, na prática, não é ensinado na maioria dos centros. Amais, os melhores dados de escolarização vêm da educação primária, pois é estudado em 16 centros, a maioria das zonas rurais, com uma escolarização de 100% em quatro.
Ainda que existe umha Lei de uso e promoção do asturiano desde 1998, para garantir o ensino do galego nas etapas obrigatórias e não obrigatórias da educação, na prática, não é ensinado na maioria dos centros.
Axuntar entende que “a regulação do galego e do asturiano devem evitar o questionamento idiomático”. Neste sentido, demanda “dar-lhes condição legal de idiomas oficiais próprios de Astúrias e solucionar os problemas derivados da sua escassa presença digna nas instituições públicas, como podem ser a administração de justiça ou o sistema educativo”.
O coletivo aponta que “estes problemas partilhados com o asturiano são mais graves no caso do galego de Astúrias polo questionamento da sua identidade como idioma”.