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Acervo de Hilda Hilst será preservado pelo Itaú Cultural

zecabaleiro e hilda
Zeca Baleiro e Hilda Hilst

Os rascunhos, fotografias, anotações e livros guardados pela poeta Hilda Hilst (1930-2004) durante 40 anos serão catalogados e preservados pelo Itaú Cultural.

A parceira foi firmada entre o Instituto Hilda Hilst(IHH) e Instituto Itaú Cultural para dar vida ao projeto “Sala de Memória Casa do Sol” que garantirá a digitalização do acervo da escritora, que conta com 3,5 mil livros, 4 mil fotografias, 150 minutos de vídeo em super 8, filmados na década de 1970 e também diferentes documentos, diários e agendas.

Todo esse acervo foi doado em vida por Hilda Hilst para José Luis de Mora Fuentes. Após o falecimento deste em 2009, os materiais passaram a ser cuidados pelo filho Daniel Fuentes, atual presidente do IHH.

Todo o processo de catalogação, digitalização e preservação levará dezoito meses e os três primeiros meses serão de readequação do espaço físico da Casa do Sol, que é o nome da chácara onde Hilda Hilst morou desde 1966 e que precisa de manutenção no telhado, poda de árvores, substituição de estantes e também o restauro de livros raros.

Com a parceira entre os Institutos, no dia 28 de fevereiro será aberta uma mostra em homenagem a Hilda Hilst, como parte do programa  “Ocupação Itaú Cultural”, reconstituindo o método criativo da autora por meio de desenhos, rascunhos, originais manuscritos ou datilografados, notas de diários e outros conteúdos colhidos do acervo pessoal na Casa do Sol.

Na programação da mostra também estão previstas atividades artísticas, com monólogos, shows de Zeca Baleiro, que musicou poemas de Hilst.

A autora

Hilda Hilst
Hilda Hilst

Hilda Hilst nasceu na cidade de Jaú, interior de São Paulo, em 21 de abril de 1930. Ainda pequena e devido a separação de seus pais, passou a morar com a mãe em Santos, enquanto seu pai era diagnosticado com esquizofrenia e internado em Campinas.

Entrou para o curso Direito na Faculdade do Largo do São Francisco (USP) em 1948.

Hilda Hilst, musa da boêmia paulistana, comportava-se de maneira muito avançada, escandalizando a alta sociedade paulista. Despertou paixões em empresários, poetas (inclusive Vinicius de Moraes) e artistas em geral.

Em 1950 lança, seu primeiro livro: “Presságio” (1950), seguido de  “Balada de Alzira”, em 1951 e “Balada do Festival em 1955.
Em 1962, após receber o o Prêmio Pen Club de São Paulo pelo livro “Sete cantos do poeta para o anjo”, em 1962, vai morar na Fazenda São José, (Campinas ), de propriedade de sua mãe e renuncia a intensa vida de convívio social para se dedicar exclusivamente à literatura.

A famosa Casa do Sol é construída em 1966. Nesta casa escreveu grande parte de sua extensa obra com poemas, teatro, contos, crônicas e, por vezes chocando críticos, leitores e até seus editores, enquanto que, por outro lado, recebia prêmios nacionais e estrangeiros. Foi colaboradora de jornais, Artista residente da Universidade de Campinas – Unicamp .

Faleceu em fevereiro de 2004, em Campinas. Sua trajetória literária foi resumida assim por J.L. Mora Fuentes:“A abrangência de linguagem conseguida por Hilda Hilst, capaz de abarcar o coloquial mais chulo e a poesia mais intensa, alia-se à complexidade do Universo da autora, tornando-a uma das mais importantes vozes para descrever, com profunda e comovente fidelidade, a solidão, perplexidade e grandeza do Homem diante do Mundo.”


Sítio web oficial = http://www.hildahilst.com.br/
https://www.facebook.com/InstitutoHildaHilst

Ocupação Itaú – Hilda Hilst
de 28 de fevereiro a 21 de abril de 2015
Instituto Itaú Cultural
Avenida Paulista 149 – Bela Vista, São Paulo, SP
http://sites.itaucultural.org.br/ocupacao/#!/pt/artistas/

 

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