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Proia de Pontedeume

Há lambonadas que são amor à primeira vista. Têm algo que entra nos nossos olhos. E o meu com a proia de Pontedeume foi algo assim. Talvez não à primeira vista, mas definitivamente à primeira dentada. E vaia sabor! E não fui a única. Todas as pessoas que experimentaram concordam comigo.

Há muito tempo que queria prepará-lo, mas às vezes acontece que tenho muito pouco tempo para cozinhar tranquilamente. Sem distrações. Admito que preciso de estar muito concentrada para cozinhar e que saia bem. Preciso de desfrutar aproveitar cada passo e, para isso, preciso de tempo. E não só, mas, de vez em quando, também preciso de uma desculpa para fazer lambonadas porque, claro, aí é preciso comê-las e não se pode andar sempre a comer doces todos os dias. E foi assim que há poucos dias surgiu a oportunidade, pelo que tive de arranjar tempo.

Para preparar a proia, procurei informações na web. Li receitas e vi vídeos, até que finalmente consegui escrever uma receita que me convenceu e que penso que preserva o carácter tradicional da proia e a sua simplicidade. Agora tínhamos de tentar cruzar os dedos para que tudo corresse bem. Spoiler: Ficou ótimo!

Acho que a dica mais importante é comprar uma farinha de qualidade. Comprei farinha do país no Pan de Leis, na rua de San Pedro de Compostela. E o resultado foi espetacular. Vale a pena comprar uma boa farinha do país, pois chama a atenção no sabor e torna-a mais saborosa. E o outro ingrediente que também precisa de comprar de qualidade é a manteiga de vaca cozida. Comprei isto no Gadis. Está onde as outras manteigas e vêm embaladas a vácuo. No dia em que vaias preparar a proia, deixa-a fora do frigorífico para que fique no ponto certo.

Ingredientes:

  • 500 gramas de farinha do país
  • 350 ml de água morna
  • 15 gramas de fermento fresco
  • 1 colher de chá de sal
  • 150 gramas de açúcar branco
  • 175 gramas de manteiga de vaca cozida
  • 100 gramas de licor de anis

Preparação:

  1. Primeiro tem de fazer a massa do pão. Assim sendo, começamos por dissolver o fermento fresco na água morna e juntamos também a farinha. Pode ser necessário adicionar mais algumas pitadas de farinha. Amasse até não se colar às mãos e deixe levedar cerca de 45-60 minutos.
  2. Colocamos papel vegetal na bandeja e espalhamos uma pitada de manteiga. Colocamos o forno a aquecer até aos 200ºC.
  3. Colocamos a massa no papel e gramamos com os dedos enquanto adicionamos a manteiga aos poucos. (Deixaremos um pouco de manteiga para polvilhar por cima antes de cozer.) Esticaremos a massa até ocupar todo o tabuleiro do forno.
  4. E faremos o mesmo com o açúcar e duas colheres de anis, que também deitaremos na massa. É importante amassar bastante para que a manteiga, o açúcar e as colheres de anis fiquem bem integradas na massa.
  5. Espalhe pedaços de manteiga por cima e leve ao forno durante cerca de 33-35 minutos.
  6. Retire do forno e polvilhe o restante anis por cima. Tem que ser enquanto está quente, para que chie.
  7. Agora só falta deixar arrefecer e já pode saborear.

Nós comemos nela no dia em que o fiz e mais no dia seguinte, com o resto dos convidados. No primeiro dia o sabor do anis foi mais notório e no segundo menos. Se é muito fã de anis pode colocar mais, tudo bem, fica muito bom. Para mim é uma lambonada que gosto de comer à sobremesa, para quando bebo café. Não sei dizer o que o sabor me faz lembrar porque é muito diferente das larpeiradas que fiz até agora. Sabe um pouco a pão, mas com um sabor doce e amanteigado e um toque de anis. Nas bordas fica mais crocante e no meio, mais macio. Mas não espere que fique fofo porque não é um biscoito. Já estou ansiosa por arranjar alguma desculpa para o fazer de novo e, claro, comê-la. Além disso, é uma receita perfeita para fazer com crianças. Com certeza que vão gostar de amassar e gramar.

Podes encontrar esta receita, e muitas outras receitas deliciosas, no sítio web kukinhas.com. Se gostas, podes segui-la também no Facebook, Instagram e X. Bom proveito!

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