No último “Galego de Todo o Mundo”, o presidente da AGAL reflete sobre a relaçom incómoda com o inglês que estabelecem as pessoas que trabalham por preservar o património linguístico dos seus territórios: “A aversom ao inglês acontece porque um dos impulsos que leva uma pessoa a defender o seu património linguístico é uma atitude emancipadora, contrária a todo o tipo de imposições, e também contrária às supremacias culturais, e claro, se existe uma língua no mundo que esteja a exercer avassaladoramente a sua hegemonia, essa é o inglês. Ora, paradoxalmente, o inglês poderia tornar-se, se nom é já, um dos nossos melhores aliados.”, diz.
Entre as razões que tornam o inglês um bom companheiro de viagem para o galego neste momento, Maragoto salienta que funciona como “escudo antiglotófobo”, dado que a quem usar o galego dominando o inglês será mais complicado recriminar-lhe que seja pouco viajado ou que nom queira falar com o resto do mundo. Por outro lado, um maior domínio pola sociedade da língua inglesa “facilitaria a nossa inserçom na Lusofonia”, onde a assimilaçom desta língua como língua internacional está mais avançada, e “redimensionaria a importância do espanhol”, pois esta língua nom teria a exclusividade no que diz respeito ao relacionamento com o resto do mundo e isso poderia equilibrar a importância do galego e do espanhol dentro da nossa própria sociedade.