José Carballido é mais um dos participantes no “Musicando Carvalho Calero”, com o tema “Cando xa non te ame”. Os seus começos musicais remontam a finais da década de 90, momento em que forma a agrupaçom Mízar, umha banda em que achega as suas primeiras composiçons, singelas e melódicas, e que pouco a pouco vai desenvolvendo um estilo mais sinfónico, com peças mais elaboradas e com a inclusom da flauta transversal. Mízar publicou um par de maquetas e ganhou O Aguillolo Rock (2002) e o segundo posto no Festival da canción de Ordes em 2003.
Mais adiante a discográfica Musea Records publica no ano 2010, já como José Carballido, a obra Requiem para banda de rock progressivo e coro clássico, umha ópera rock que é nomeada aos prémios ProgAwards como melhor álbum debut. O Requiem girou brevemente pola Galiza tocando em teatros e auditórios.
Em 2016 com a formaçom Khitara (banda formada por duas guitarras eléctricas, duas clássicas e caixóm flamenco), publicam o disco Khitara, no que se inclui umha peça sobre um poema de Xosé María Álvarez Blázquez. Na atualidade estám a gravar um disco infantil e umha ópera rock que sairám proximamente.
Como vês o panorama musical galego?
Estamos num momento em que há muitos projetos com umha qualidade enorme, muitos músicos estupendos com grandes ideias aos que lhes custa muito chegar à sua audiência objetivo. Suponho que o problema é́ que nom temos um tecido empresarial forte no âmbito da cultura, o que faz que muitos dos grandes artistas que temos tenham que autoproduzir–se e dirigir as suas próprias carreiras. Os que logram sair adiante tenhem muitíssimo mérito.
Porquê te animaste a participar no concurso “musicando Carvalho Calero”?
A verdade é que me contactou umha pessoa através do Facebook depois de ter visto o vídeo da peça para falar–me da existência do concurso, já que eu nom sabia da sua existência. Como o trabalho já estava feito, decidim apresentar a cançom.
Som mestre de infantil e primária e normalmente componho umha peça sobre um poema da pessoa homenageada no Dia das Letras Galegas para interpretar com o coro do CEIP de Caión, que é a escola onde trabalho. Assim que poderíamos dizer que a peça está pensada para desfrutá-la com o meu alunado.
Som mestre de infantil e primária e normalmente componho umha peça sobre um poema da pessoa homenageada no Dia das Letras Galegas para interpretar com o coro do CEIP de Caión, que é a escola onde trabalho. Assim que poderíamos dizer que a peça está pensada para desfrutá-la com o meu alunado.
Que opinas de que se lhe dedique o dia das letras a Carvalho Calero?
Penso que tinha que se lhe ter dedicado há já muito tempo, tem umha produçom mui ampla e de muita qualidade que merece um reconhecimento por parte das instituçons e da cidadania.
Sabes que Carvalho defendia umha grafia convergente com o português e nom a espanhola… A AGAL hoje defende umha soluçom binormativista para que se podam usar ambas normas ortográficas. O que achas desta possibilidade?
Nom vejo porquê non poderiam conviver ambas normas. O binormativismo é umha mui boa opçom.
Que potencial pensas que poderia haver de abrir a produçom musical galega para os países lusófonos?
Se se pensa bem como fazê-lo e se organizam actuaçons concretas para que a nossa música poda abrir-se a estes países seria mui bem-vindo por parte dos artistas. Estamos a falar de aumentar a possível audiência dos músicos en muitos milhóns de pessoas. Onde há que assinar?