Na tarde de onte, 10 de setembro, falecia na cidade da Corunha, Saleta Goy, a viúva do escritor Manuel María e Presidenta da Fundaçom que acolhe o legado do poeta na Casa-Museu Manuel María em Outeiro de Rei.
Os seus restos estám a ser velados no tanatório de Servisa da Corunha, e amanhá, segunda-feira realizara-se umha despedida civil na Casa-Museu Manuel María, às 17 hrs, prévia a recibir sepultura, às 18 hrs, no cemitério de Sam Joam de Outeiro de Rei, a 250 m da Casa-Museu. Os seus restos repousarám junto aos do escritor Manuel María falecido no ano 2004, com quem compartiu 45 anos de vida e de intensa atividade cultural.
Saleta Goy García fijo 90 anos o 6 de junho e vivia na cidade da Corunha desde que em 1998 se trasladou á, jcom Manuel María, ao chegarem à idade de reforma.
Saleta e Manuel María conhecerom-se no ano 1957 e casaram dous anos mais tarde, passando a residir em Monforte de Lemos onde o escritor trabalhava como procurador dos tribunais. Naquela altura, passaram dificultades económicas que obrigarom o escritor a compatibilizar o seu trabalho de procurador com aulas numha academia de ensino e colaboraçons jornalísticas. A pesar disso, Manuel María vai renunciar ao trabalho de diretor de “La Voz de Vigo” por esigir-se-lhe a afiliaçom à Falange.
Desde o ano 1970 Saleta vai regentar em Monforte a livraria Xistral que o matrimónio decidira abrir como um jeito de dinamizaçom cultural e de obterem os meios económicos imprescindíveis para que o escritor conservasse a sua plena independência criativa. Foi aquele um lugar habitual de encontro de escritores/as e intelectuais, e um importante foco de difusom da literatura galega. Nessa altura Saleta e Manuel já tinham um claro compromisso nacionalista o que acentuou mais a repressom exercida sobre eles polo regime franquista. Nom foi apenas censurada a obra literária do escritor e proibidos os seus recitais e conferências, mas a repressom atacou também com multas, vigilância domiciliária permanente e detençons arbitrárias.
Desde o ano 1970 Saleta vai regentar em Monforte a livraria Xistral que o matrimónio decidira abrir como um jeito de dinamizaçom cultural e de obterem os meios económicos imprescindíveis para que o escritor conservasse a sua plena independência criativa.
Mas a repressom nom logrou que Saleta e Manuel María renunciassem às suas convicçons nem cesasem na sua luita contra a ditadura franquista, em favor dos direitos políticos da Galiza e, em especial, no seu trabalho pola recuperaçom de usos para a língua galega.
Depois do falecimento de Manuel María em 2004, Saleta Goy, acompanhada dum grupo de amizades e de pessoas que partilhavam o projeto, criou a Fundaçom Manuel María de Estudos Galegos para adquirir a casa natal do escritor, conhecida como Casa de Hortas, e converte-la em Casa-Museu para dar assim acolhida ao conjunto do legado do poeta chairego.
A repressom nom logrou que Saleta e Manuel María renunciassem às suas convicçons nem cesasem na sua luita contra a ditadura franquista, em favor dos direitos políticos da Galiza e, em especial, no seu trabalho pola recuperaçom de usos para a língua galega.
A Fundaçom presidida pola própria Saleta, criou-se no ano 2007 e a Casa-Museu inaugurouse no ano 2013 depois de ser remodelada convenientemente para a nova funçom. Alí deposita-se e mostra-se ao público em geral e a escolares todo o legado do escritor e promove-se a divulgaçom da sua obra, para além de muitas outras atividades de dinamizaçom cultural.