No mês de março principia o processo de pré-matrícula nas Escolas de Ensino Galego Semente. A entidade popular e sem fins lucrativos que, durante a última década, vem promovendo um ensino autocentrado e imersivo em língua galega oferece vagas para o ensino infantil (2-6 anos) em todos os seus centros: Compostela, Corunha, Lugo, Trasancos e Vigo.
Do mesmo modo, possibilitam a inscriçom de cativas/os no ensino primário (6-12 anos) nas escolas de Compostela e Trasancos, através da certificaçom da New England Association of Schools and Colleges, impulsionando um modelo plurilíngue aditivo, que incorpora o estudo e valorizaçom doutras línguas e culturas menorizadas no âmbito estatal e mundial, como o éuscaro ou o chool, uma das línguas do povo zapatista.
A associaçom educativa, galardoada com os II Prémios Mil Primaveras ao melhor projeto de fomento do galego na infância e/ou mocidade, tem-se tornado, ademais, num referente da pedagogia ativa e cooperativa. Um modelo educativo que, atualizando os princípios do galeguismo histórico, arraiga também na cidade das burgas. Ali, um novo grupo promotor formado por famílias, educadoras e ativistas dá forma a um oásis para o idioma próprio, numa cidade onde 72% das escolas de Ed. Infantil oferece um ensino maioritariamente em língua castelhana, segundo um relatório da Mesa pola Normalizaçom Linguística para o ano académico 2016/17.
A associaçom educativa, galardoada com os II Prémios Mil Primaveras ao melhor projeto de fomento do galego na infância e/ou mocidade, tem-se tornado, ademais, num referente da pedagogia ativa e cooperativa.
Os últimos estudos do Seminário de Sociolinguística da Real Academia Galega testemunham, segundo a entidade social, o carácter castelhanizador da Escola Pública e Concertada, nomeadamente a partir da aprovaçom do Decreto 79/2010. Neste contexto de acelerado processo de substituiçom linguística, as Escolas Semente consideram que cumpre organizar e fortalecer o movimento popular para a construçom da Escola Nacional Galega. A soberania educativa, acrescentam, deve ser construída num duplo movimento: a reorientaçom da Escola Pública Galega, nas coordenadas da legislaçom internacional em matéria de proteçom dos direitos linguísticos, culturais e educativos dos povos e, além disto, no envolvimento da sociedade na consolidaçom e espargimento da escola popular no conjunto do território, nomeadamente naqueles lugares onde sofre um maior assédio, a saber: nas cidades e na Galiza nom administrativa.