Que (e quem) é Malafera?
Malafera é umha editora independente e autogerida especializada em poesia. Es criadores somos Branca Trigo e Alfredo Vázquez, ambes poetas com estudos em filologia.
Como surdiu este projeto? E por que agora?
A ideia de Malafera surdiu de maneira natural nas nossas conversas sobre poesia, de pôr em comum opinions sobre textos próprios, textos alheios e sobre o mundo editorial em geral. Há muitas vozes novas interessantíssimas que som frenadas simplesmente por carecer de um círculo poético próximo e que precisam de novas redes para serem lidas e reconhecidas.
Que expetativas tedes para Malafera?
Esperamos que Edicións Malafera tenha umha longa vida e que, embora nom publicarmos umha grande quantidade de livros, seja um ponto de encontro para poéticas de qualidade que nom se adaptam de tudo às correntes favorecidas em certames e grandes editoras. Para isso, publicamos um fanzine periódico ao que qualquer pode enviar aportaçons, entre as que elegeremos as que mais se ajustem ao projeto. Aceitamos textos em normativa RAG e AGAL, assim como nas diferentes variantes dialetais e opçons de linguagem inclusiva. Nom aceitamos textos discriminatórios (fascistas, racistas, misóginos, classistas, homófobos ou tránsfobos); quando falamos de qualidade poética referimo-nos tanto à forma como ao contido, e para nós umha obra que se limita a reproduzir ideologias daninhas nom tem nenhum valor por bem escrita que esteja. Também damos importância ao livro como objeto, queremos estar orgulhoses de cada um dos nossos produtos e nunca publicar por publicar.
Aceitamos textos em normativa RAG e AGAL, assim como nas diferentes variantes dialetais e opçons de linguagem inclusiva. Nom aceitamos textos discriminatórios (fascistas, racistas, misóginos, classistas, homófobos ou tránsfobos).
Vendo a vossa apresentaçom, em que topamos formas de poesia que vam para além do papel (videopoesia, acessórios…) podedes contar-nos como entendedes a poesia?
A poesia funciona no tempo de maneira mais parecida à música que a qualquer romance, o que fai que seja umha arte muito suscetível de ser levada ao terreno audiovisual. Eu (Branca) levo muitos anos na música folk e Alfredo está trabalhando para normalizar o galego no mundo dos videojogos junto com outra muita gente que fai retransmissons em Twitch. Eu escrevo poemas em Instagram e ele especializou-se em ediçom filológica de textos medievais. Portanto, achegamos a Malafera a soma entre tradiçom e vanguarda que sempre foi tam importante na nossa lírica.
Edicións Malafera estreia-se com um fanzine em que podemos encontrar desde vozes novas e desconhecidas para a maior parte do público até outras bem consolidadas. Que podemos aguardar a partir de agora?
Além de dar a conhecer novas vozes, cumpre tendermos pontes entre autores inédites e autores consolidades. Tanto umhes como outres representam à perfeiçom o nosso conceito de poesia em Urda, o primeiro fanzine de Malafera.
Agora toca seguir trabalhando. Esta semana abriremos a convocatória para o segundo fanzine e pronto anunciaremos a publicaçom do poemário de umha autora novel, que já está na etapa de correçom. Ademais, estamos a revisar vários manuscritos e propostas e a baralhar novos projetos audiovisuais.
[Esta entrevista foi publicada originariamente no Novas da Galiza]