“Chegar à final desta Eurovisão permitiu mostrar ao mundo o talento tecnológico e cultural galego”, explica Joel Cava, coordenador da equipa PAMP! e responsável criativo de CECUBO Group.
A cidade belga de Liège alojou no passado dia 6 deste mês a final do AI Song Contest 2022, a Eurovisão das músicas escritas por inteligência artificial. A candidatura galega AI-LALELO, da equipa PAMP!, ficou em segundo lugar, atingindo assim a melhor pontuação do televoto entre as obras finalistas. A equipa consegue deste modo o melhor resultado jamais atingido por uma equipa galega ou uma candidatura espanhola.
A obra galega rivalizou com outras 14 finalistas de distintos países, das quais, a música Demons & Gods, da equipa Yaboi Hanoi (Tailândia) ganhou esta edição do concurso na suma dos votos do júri e do televoto.
A equipa tailandesa foi primeira no voto de júri, mas sexta no televoto. Da sua parte, a equipa de AI-LALELO atingiu o primeiro lugar no televoto e foi a terceira melhor segundo o júri.
A música ganhadora e a galega partilham a reivindicação das culturas minorizadas, para colocar a inteligência artificial ao serviço da língua, cultura e identidade próprias.
A música ganhadora e a galega partilham a reivindicação das culturas minorizadas, para colocar a inteligência artificial ao serviço da língua, cultura e identidade próprias.
“Para nós, o principal sucesso foi criar uma música em galego através da inteligência artificial. Chegar à final desta Eurovisão permitiu mostrar o talento tecnológico e cultural galego”, Joel Cave, líder da iniciativa e responsável criativo da agência compostelana CECUBO Group.
A cerimónia fez parte do Dia da Inteligência Artificial e da criação da cimeira tecnológica Wallifornia Music & Innovation. O evento decorreu no espaço tecnológico e empresarial Le Grand Post em Liège, mas também foi transmitido internacionalmente no canal oficial do festival.
O televoto e o júri profissional representaram, cada um, 50% do veredicto final do concurso. Especificamente, o painel de especialistas foi composto por 30 especialistas em inteligência artificial aplicada à música das principais universidades e centros de pesquisa tecnológica nesta área, empresas como Google, Microsoft, Sony Music e Warner Music e participantes anteriores do festival.
Grande experiência na final
Joel Cava, da equipa PAMP! e responsável criativo de CECUBO Group, defendeu o projeto acompanhado por Roi Pérez Vila, diretor de análise e inteligência da referida agência compostelana.
Durante a gala final, os 15 finalistas partilharam a sua experiência e processo criativo com entrevistas. A organização do concurso mostrou novas ferramentas de inteligência artificial na composição musical. Além disso, o artista digital alemão Portrait XO animou o espetáculo.