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Comunicado da AGAL pola dedicaçom do Dia das Letras de 2017 a Carlos Casares

Carlos Casares
Carlos Casares

A Real Academia Galega (RAG) acabou de anunciar qual será o homenageado polo Dia das Letras no ano 2017, e a nós só nos cabe dar os parabéns à família e aos leitores e leitoras de Carlos Casares (1941-2002), um romancista mui vinculado ao pinheirismo, membro da própria RAG, diretor da editora Galáxia e presidente do Conselho da Cultura Galega (CCG) até a sua morte. Entre os seus méritos encontra-se ser um dos grandes nomes da nova literatura galega pós-franquista, com umha narrativa simples com que soubo chegar às geraçons que se fôrom incorporando ao ensino em galego ao longo dos anos oitenta e noventa.

Nom vamos ocultar que tínhamos outro candidato, Carvalho Calero, que um ano mais foi descartado para evitar reabrir o debate normativo, segundo interpretam muitos meios de comunicaçom. Na verdade, se for realmente essa a intençom da RAG, pensamos que reabre bem mais o debate normativo o facto de voltar a ser visível que o eterno pretendente à homenagem tenha sido umha vez mais rejeitado. Aliás, hoje em dia a ninguém escapa que evitar um autor por essa causa nom é garantia de que os outros nom se tenham pronunciado sobre a matéria, às vezes em termos bem favoráveis, como o nosso ex-sócio Manuel Maria, que ainda estamos a comemorar, e o agora escolhido Carlos Casares.

Queremos lembrar que nos últimos anos da sua vida, altura em que era presidente do CCG, Casares convidou a RAG a reabrir precisamente a questom da reforma normativa, para avançar no sentido de aproximar a ortografia galega da portuguesa, com a adopçom de, entre outras grafias, o <nh> e o <lh>. Infelizmente, ele morreu demasiado novo, sem poder traduzir as suas últimas reflexons em linhas de açom para o CCG que presidia.

O CCG foi recentemente proposto como Observador Consultivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), numha candidatura promovida pola Xunta de Galicia junto da República Portuguesa. Isto pode ser umha boa notícia se este órgao já tiver umha resposta à pergunta “Para quê?”, mas poderá nom ser tam boa notícia se nom existe intençom de alterar no mais mínimo a orientaçom das políticas culturais galegas.

As opinions expressas por Carlos Casares nos últimos anos da sua vida, fam-nos pensar que, se fosse ainda vivo, é provável que vinhesse a dar muita atençom às novas oportunidades abertas para a cultura galega e que isso se haveria de refletir também no CCG. Por isso, esta é umha boa altura para reclamar a esta instituiçom um maior empenhamento no reforço da irmandade com a Lusofonia que todos os setores políticos e socioeconómicos galegos estám a reclamar a partir da aprovaçom da Lei Paz Andrade (LPA).

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