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‘Remédios para o galego’

remediaO projeto nasceu na cabeça de Diego Bernal: existe um grande número de artigos em volta da língua criados por pessoas que vivem o galego como sendo uma língua internacional. A maioria de estes artigos aparecem esparsos na rede sem conexão entre si. Dado o seu precioso valor para analisar a realidade linguística galega, por que não fazemos uma seleção e lhe damos uma unidade?

O livro foi intitulado de Remédios para o Galego, jogando com o duplo valor da palavra Remédios neste contexto: solução e medicamento e pedimos ao desenhador Abraham Carreiro, sócio da Agal, que elaborasse uma capa que recolhesse a ideia de medicamento.

A metáfora dos Remédios foi levada mesmo a uma das orelhas do livro que se pode extrair e usar como marcador. No tal marcador aparece um texto em formato bula onde se recomenda uma ingestão diária de textos (melhor à noite antes de adormecer), as idades adequadas e não interrompermos o tratamento até concluir o processo. Não tem efeitos secundários indesejáveis.

Os artigos foram agrupados em 8 categorias focando um quarto doméstico:

Em Armário daremos de frente com experiências pessoais, desde a passagem ao lado escuro da norma, as cidades que perderam falantes e ganharam hablantes ou histórias de adolescentes reintegrantes.

Na chave juntamos textos que evidenciam a capacidade de aceder que oferece uma visão ampla da nossa língua, formas de implementar esta visão nas aulas de galego, dicas para os pais que querem transmitir a língua e, em geral, para viver em galego sem estar pendente dos orçamentos anuais para normalização linguística.

Com a roupa refletiremos sobre a importância da ortografia, a interação entre falar e escrever, os ingredientes do galego que não vemos porque nos são ocultados e estratégias para usufruir um galego soberano frente à língua do estado.

A maquilhagem tem a ver com a identidade, o nome da nossa língua, a imagem que temos dela, a imagem do “povo”, formas de viver a língua ou a necessidade de reconhecer-nos uns aos outros, usemos o modelo de língua que usemos.

Com xadrez entramos na estratégia, ainda que esta palpite em todos os textos. Estratégias para que os galego-falantes nos falem em galego, os alicerces [mesmo históricos] da estratégia reintegracionista, o caminho que nos marca Google, estratégias para o ensino, estratégias que é melhor não seguir e os passos a dar para situar a nossa língua no mundo.

O espelho vai-nos permitir ver o nosso reflexo noutras línguas e noutros contextos a fim de ver melhor a nossa realidade: País Basco, Catalunha, Valência, Ocitânia, Sérbia e Croácia ou Noruega.

O cadeado é tudo aquilo que discrimina. São os preconceitos por falar galego, são as auto-limitações, são os limites que são colocados às pessoas que vivem o galego como sendo uma língua internacional e os desejos de tolerância gráfica.

Por fim, a janela é como somos visto de fora, por pessoas de Portugal, do Brasil e de Angola, por pessoas que não têm as nossas cargas e podem ter um olhar mais leve. Vão-nos falar da origem do português, de como é percebido e recebida a nossa variedade, do que nos une e da Galeguia.

Às melhoras!

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