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Xiao Berlai: “O livro do Leandro é uma homenagem à alegria e à rebeldia. É uma homenagem à nossa arte viva”

Xiao Berlai, professor de música e músico, exerce nesta ocasiom também como editor, e está a trabalhar com a Através para a ediçom do próximo livro “Leandro Lamas. Uma mão de pintura”. Atualmente decorre umha campanha de crowdfunding para o financiar na que ainda se pode participar aqui.
Falamos com ele sobre este projeto.

Que poderemos encontrar nas páginas de “Leandro Lamas, uma mão de pintura”? Haverá espaço também para umha visom mais íntima do autor? E para a sua faceta como dramaturgo?
A nossa teima é fazer um livro que situe ao Leandro à altura que merece. Este livro quer reivindicar uma das figuras principais da arte plástica galega, que longe do mercado das galerias, chega ao povo de maneira direta e sem intermediários. E ao estilo de outros livros de arte, é importante e interessante conhecer a pessoa, e a sua evolução para compreendermos melhor a sua obra. A sua faceta de dramaturgo é necessária também para termos uma visão poliédrica da pessoa artista, pois nela aparecem de maneira direta rasgos que ficam talvez mais agachados na sua obra plástica. Não obstante, a parte principal do livro é a obra plástica, logicamente.

Como reagiu o Leandro quando lhe falastes da possibilidade de editar o livro sobre a sua obra?
Ao começo ficou um pouco estranho e mesmo apavorado. Contudo, reconheceu estar comovido e agradecido, mas sempre pensando para si: realmente mereço eu isto?

Como reagiu a Através Editora?
O Séchu propus a ideia o ano passado ao Valentim. Quando a partilhou com o resto de Através, namoramos desde o primeiro momento. Gostamos muito dos livros necessários como é este sobre o Leandro. Desde Através sempre desfrutamos ao editar aqueles livros que nascem da necessidade coletiva, com uma função para a sociedade. E com certeza o livro sobre Leandro é um livro necessário, como se vê na campanha de micromecenato.

Como está a decorrer a campanha de micromecenato?
Sempre que se começa este tipo de campanhas, a dúvida percorre todo o processo e todas as pessoas envolvidas no mesmo. Os primeiros dias são muito importantes e nos dous primeiros conseguimos mais de 50% da quantidade precisa. Depois estas campanhas vão mais devagar, mas sempre sem pausa. Pois há muita gente com intenção de participar, mas vai adiando o momento de fazê-lo. Ainda não chegamos à meta, mas em breve contamos com chegar lá.

Era preciso um livro deste teor, em volta da obra artística de Leandro Lamas?
Claro que sim. Não temos quase este tipo de livros sobre os nossos artistas plásticos. Ademais, a maioria deles são elaborados após a sua morte. Somos da ideia de que as homenagens são bem mais lindas se as fazemos em vida. É bem melhor encontrar-se nas festas que nos enterros. O livro do Leandro é uma homenagem à alegria e à rebeldia. É uma homenagem à nossa arte viva. Tu que pensas, é necessário este livro?

Não temos quase este tipo de livros sobre os nossos artistas plásticos. Ademais, a maioria deles são elaborados após a sua morte. Somos da ideia de que as homenagens são bem mais lindas se as fazemos em vida.

É, é mesmo. Daquela, por que demorou tanto em nascer um livro que nos mostre um dos ilustradores mais importantes da Galiza?
Não é fácil responder isto, as razões de certo são diversas, mas também não é um problema, pois a obra do Leandro continua a medrar. De fato, esperemos que daqui a 10 anos possamos fazer um novo livro sobre a obra do Leandro. Ou?

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