Partilhar

PAUL GEHEEB, CRIADOR DA ESCOLA NOVA DE ODENWALD

A denominada Odenwaldschule está considerada, junto com a ILE de Giner e Cossio e a Santiniketon de Tagore, como a escola nova mais completa de todas as que foram criadas nos diversos continentes do planeta. O seu criador foi o pedagogo germano Paul Geheeb (1870-1961), a quem tenho por bem dedicar o depoimento número 49 da série que estou a dedicar aos grandes vultos da humanidade, que todos os escolares devem conhecer.

geheeb-paul-foto-em-odenwaldO dia dez de outubro de 1870 nascia na localidade de Geisa, nas montanhas germânicas do Rhön turíngico, o grande educador germano Paul Geheeb, um dos mais importantes pedagogos do movimento europeu e mundial das “Escolas Novas”. Faleceu em Hasliberg-Goldern (Suíça) em 1 de maio de 1961. Os seus pais foram Adalbert Geheeb e Adolphine Calemberg, dos quais recebeu não poucas influências, e todas positivas, Paul, de nome familiar “Paulus”. Que era o segundo dos quatro filhos do casal. Avô e pai foram destacados químicos farmacêuticos, e este especializou-se em botânica, chegando a reunir uma muito importante coleção de fentos e musgos, única no mundo. Esta vocação de seu pai entusiasmou Paul, que de criança o acompanhou nos seus passeios pelos bosques vizinhos. Não deve admirar que já, com tão-só oito anos de idade, assinasse os seus escritos com o texto “Paul Geheeb, estudante de Ciências Naturais”. Geheeb durante a sua infância e juventude foi sempre um rapaz tranquilo, inteligente e curioso. A sua mãe, com as suas leituras, fomentou em Paul o amor pelos escritos de Humboldt, amigo de Goethe e Schiller, sendo o educador mais querido por Geheeb ao longo de toda a sua vida. A sua família, ademais de pelas ciências, tinha um grande amor pelas artes, e, em especial, pela música. O seu pai tocava violino e a sua mãe pianoforte. Dos seus achegados, um cantor católico tocava viola, e o rabino da sua comunidade violoncelo. Por isto, Geheeb viveu a sua infância e adolescência dentro de uma maravilhosa atmosfera musical. Desta época vem o seu amor pelas artes e por todas as religiões, ao conviver com pessoas de diferentes credos, católico, judeu e protestante, estudando por desejo de seus pais numa escola protestante. Quando tinha 14 anos faleceu a sua mãe, o que não deixou de ser para ele quase que uma catástrofe, que influiu muito tanto na sua vida como no seu ânimo, ausência a que teve que acostumar-se em diante pouco a pouco.

Estudou nas universidades de Berlim e Jena, demonstrando sempre uma grande curiosidade por adquirir conhecimentos, integrando sem cessar de forma harmónica as ciências e o humanismo, a filosofia e a vida. Na universidade estudou Teologia, filosofia, idiomas (latim, grego, hebreu e arameu), anatomia, fisiologia e psiquiatria. Ao licenciar-se em teologia foi ordenado pastor, embora pouco depois do seu primeiro sermão sentisse com força a vocação de pedagogo e decidisse dedicar-se por completo à educação de crianças e jovens. Sob a direção do professor Rudolfd Lucken, e sobre o conceito que Spinoza tinha de Deus e a influência do mesmo nos pensadores germanos da era clássica, começou a elaborar a sua tese doutoral, que não chegou a apresentar. Porém, quando cumpria os seus 90 anos, as universidades de Tübingen (Alemanha) e a Visva-Bharoti (Bengala-Índia), criada esta por Tagore em Santiniketon, outorgaram-lhe o título de “doutor honoris causa”.

Nos seus últimos anos universitários, Paul sentiu que a sua autêntica vocação era a de atender as crianças pobres das grandes cidades, começando a trabalhar com elas no bairro mais marginal que encontrou em Berlim. Geheeb teve sempre um grande amor pelas crianças e os animais em seu redor. Apreciou sempre o respeito e a tolerância para com as ideias e religiões dos demais. Com tão-só oito anos já era um estudante apaixonado pelas ciências naturais e ao preparar-se depois para o seu trabalho de educador da juventude, lutou por transformar-se num mestre em que a ciência e o humanismo, a filosofia e a atividade estivessem estreitamente unidos. No ano 1902 uniu-se ao pedagogo Hermann Lietz, fundador da primeira escola nova germana e discípulo do herbartiano W. Rein. Lietz era conhecedor, por ter estado um tempo ali, da escola escocesa Abbotsholme de Cecil Reddie. Em 1898 cria em Ilsenburg a escola nova primeira do continente, dando-lhe o nome de “Lar de educação no campo” (Landerziehungsheim), criando depois as de Haubinda (1901), Bieberstein (1904) e Veckenstedt (1914). Dous dos seus colaboradores, Gustav Wyneken e Paul Geheeb, em 1906, deixaram a escola de Haubinda, para fundar em Wickersdorf (Turingia) uma escola de tipo mais avançado, a que denominaram “Comunidade Escolar Livre” (Freie Schulgemeinde). Esta escola estava dirigida pelos jovens de ambos os sexos que a frequentavam e se agrupavam de forma voluntária em torno dos mestres e mestras, nos chamados “Grupos de cooperação” (Kameradschaften). Deviam sentir-se nesta escola como na sua própria casa, desenvolvendo o respeito por si mesmos e pelos demais. Três anos depois, em 1909, Geheeb separa-se de Wyneken e da escola de Wickersdorf, a Paul uniu-se como mestra de jardim de infância, Edith Cassirer, filha dum rico industrial de Berlim. Sendo uma moça jovem e solteira no começo do século, queria romper com o modelo dominante para a mulher da época de encontrar um esposo rico para casar-se, reclamando o direito a trabalhar e desenvolver as suas faculdades intelectuais sendo útil à sociedade. Assim, junto com Paul, dedica-se a ajudar a infância em Berlim. Três anos mais tarde, com a forte oposição do pai dela, Max Cassirer, casam-se e durante mais de 50 anos Edith esteve sempre a carão de Paul, firme como uma rocha, ajudando-o em todo o momento, seguindo os seus ideais e dando-lhe apoio espiritual no seu labor pedagógico. Sem esta grande ajuda, Geheeb não houvesse podido nunca levar a cabo os seus sonhos educativos, nem criar as suas escolas novas. Inclusive o pai da sua esposa deu ao casal pedagógico tudo o que precisavam para fundar em 14 de abril de 1910 a escola nova de Odenwald (Odenwaldschule), o terreno de que dispunha e as doze casas onde se alojavam os estudantes e se instalaram as salas de aula. Em abril de 1934, Edith e Paul, por não confiar de modo nenhum no nazismo e em Hitler, e no tratamento que iam receber eles e a sua escola, escapam da Alemanha para a Suíça. Neste país, na localidade de Goldern, perto da cidade de Lucerna, criam em 1946 a chamada “Escola da Humanidade” (École d´Humanité). Outra escola nova excecional, para fomentar a paz e a solidariedade, que acolheu estudantes de muitas nacionalidades, e a crianças e jovens órfãs por culpa da segunda grande guerra, terminada naquela altura.

FICHAS TÉCNICAS DOS DOCUMENTÁRIOS:

1. Paul Geheeb.

Vídeo biográfico de 5 minutos.

2. Escola da Humanidade.

Vídeo sobre a École d´Humanité de 4 minutos.

3. Escola de Odenwald.

Vídeo sobre a escola nova Odenwaldschule de 6 minutos.

https://youtu.be/CZBcC4XUw4I

 

AS ESCOLAS NOVAS DE ODENWALD E “ESCOLA DA HUMANIDADE”:

Paul-Geheeb-Straße 19O dia 14 de abril de 1910 Paul Geheeb, com a ajuda de sua esposa Edith Cassirer, funda na localidade germana de Ober-Hambach em Heppenheim, a meio caminho das cidades de Darmstadt e Heidelberg, a denominada Odenwaldschule, dentro de uma extensa área coberta de bosques e prados. Com o tempo ia converter-se na única de todo o movimento europeu organizado das escolas novas, que pôs em prática os 30 princípios educativos redigidos pelos representantes das escolas novas europeias no Congresso de Calais de 1919. Considera-se a Odenwald como a mais completa de todas as do movimento pedagógico mundial das escolas novas, junto com a ILE de Giner e Cossío, e a Santiniketon de Tagore, que cumpriram também os 30 princípios educativos. Ao criar a sua escola nova no campo de Odenwald, Geheeb tinha 40 anos, ocupando no seu início a casa que denominou “Casa Goethe”. A escola nasceu com 14 estudantes chamados “camaradas” e vários colaboradores docentes e assistentes. Nos três anos seguintes vão-se criando habitações para os alunos e docentes e salas para as aulas. Assim vão aparecendo as casas Herder, Fichte, Schiller e Humboldt. Em 1915, 1918 e 1923, com a compra ou construção, surgem as novas casas Bach, Pestalozzi e Platão. Geheeb qualificou sempre a sua Odenwald como um “laboratório educativo”, ao considerá-la como um centro de experimentos audazes no plano da reforma da educação, de que deviam tomar nota os organismos encarregados da educação pública. Geheeb chegou a militar no movimento de emancipação da mulher, pelo que sempre considerou a educação mista como uma cousa tão vital que no seu pedido ao governo alemão para que lhe permitisse abrir a escola de Odenwald, num documento de 44 páginas, trinta delas estavam dedicadas à coeducação e ao tratamento educativo igualitário entre meninas e meninos. Até 1934 a Odenwald aumenta sem parar em alunos e espaços culturais, desportivos e obradoiros variados. Neste ano, junto com a sua esposa Edith, Paul exila-se na Suíça, escapando à perseguição de Hitler a eles mesmos e à sua escola.

geheeb-paul-escola-humanidade-goldern

Escola da Humanidade”: Criada na localidade suíça de Goldern-Hasliber, perto da cidade de Lucerna, que como escola internacional e intercultural, ainda funciona hoje, o mesmo que a de Odenwald, e possuem o estatuto de escolas associadas da Unesco. Hitler queria que Geheeb permanecesse na Alemanha pela sua grande reputação internacional, em especial nos EUA. Porém, Paul foi um dos poucos intelectuais germanos que, de forma digna, não quis abraçar a nova ideologia e decidiu não apoiar o modelo político nazi-fascista, e tal como afirmou no seu momento Einstein por carta, depois da guerra: “Paul Geheeb foi um dos poucos homens retos que manteve a honra da Alemanha e partiu para o exílio na Suíça”. Em abril de 1934, com só duas mochilas de excursionistas às costas, Edith e Paul partem para o exílio da Suíça, para iniciar a sua obra pedagógica de novo de baixo para cima. Sem dinheiro e sem mestres devidamente preparados no sistema educativo que seguiam, e com poucos alunos, os inícios foram muito difíceis para eles. Tiveram que mudar de local umas cinco vezes, até que encontraram um lar permanente ao final da guerra, para estabelecerem a sua “Escola da Humanidade” na localidade de Goldern, em 1946. Edith comentava sentir-se orgulhosa da grande obra educativa que tinham desenvolvido durante os anos que durou a guerra mundial no Lac Noir perto de Friburgo, num pequeno “lar de amigos da natureza”, que se encontrava vazio e sem ocupar. Neste local as crianças perseguidas e sem dinheiro algum, que vinham escapando de diversos países europeus, muitos judeus, e em muitos casos procedentes de horríveis campos nazis de concentração, encontraram um lar, com o calor familiar vital de que precisavam e com verdadeiro carinho, enquanto o mundo de fora continuava banhado em sangue, e o ar estava envenenado de ódio. O casal partilhou aqui o pouco que tinham com estas criaturas desventuradas e abandonadas, produto de guerra tão cruel.

Quando terminou a guerra, ocupada a região de Hessen pelos americanos, estes solicitaram a Geheeb que regressasse e reiniciasse as atividades na sua escola de Odenwald. Porém, ele negou-se e comentou: “Os meus companheiros dececionaram-me de uma maneira profunda e, por isso, não desejo voltar”. Decidiu continuar na Escola da Humanidade, para desenvolver os seus ideais pedagógicos com inteira liberdade. Escola em que tinham o seu espaço as crianças de todas as cores, raças e crenças, podendo reunir-se para cultivar a tolerância universal e aprender os modos de vida e as culturas dos demais. E esta escola ideal podia funcionar sem sobressaltos num país em que os cidadãos falam quatro idiomas e vivem em harmonia e amizade, chegando a ter em diversas épocas estudantes de mais de quinze países e nacionalidades diferentes, com toda a riqueza que isso encerra. Felizmente, esta escola nova modelo continua a funcionar na atualidade.

 

PRINCÍPIOS EDUCATIVO-DIDÁTICOS DAS ESCOLAS DE GEHEEB:

A seguir, de forma sintética, resenhamos os princípios educativo-didáticos postos em prática por Geheeb nas suas escolas.

– Formação de cidadãos do mundo, para o entendimento entre todos os povos, culturas e etnias como meta fundamental. Ideal de humanidade.

– Educação equilibrada e harmónica, completa e integral. Comunidade livre, superadora do individual e do social.

– As duas maravilhas da criação são as crianças e a natureza. Formar completamente os aspetos individuais e sociais das crianças.

– Coeducação de ambos os sexos, princípio fundamental e central. Só se pode educar coeducando. “Separar artificiosamente as crianças pelo seu sexo é um absurdo da Natureza”, tinha dito Geheeb.

– Educação ética, fomentando a responsabilidade e o trabalho pela comunidade. As crianças devem adquirir logo um sentimento dos seus deveres para com a comunidade. Aquisição da responsabilidade para conseguir o bem-estar da totalidade.

– Educação estética: trabalhos manuais, desenho, música, domínio instrumental (violino e piano), teatro e canto. No currículo escolar têm lugar destacado as artes, trabalhos manuais variados, desenho, canto, teatro, expressão corporal e música instrumental.

– Contacto com a natureza, naturismo, jardinagem, horticultura, passeios escolares pelo campo aberto e realização de atividades ao ar livre, com todo o tipo de desportos. Sensibilizar o jovem sobre as relações entre a natureza e Deus.

– Importância da autonomia e liberdade dos estudantes. Funcionamento de uma comunidade escolar. Desenvolvimento independente do trabalho, sem intervenção dos docentes. Cada turma ou grupo escolhe um “ordenador da turma”. Organização de uma comunidade escolar para tomar decisões, presidida por uma aluna ou aluno.

– Educação para o entendimento, pacifismo, cooperação e irmandade entre os povos, comunidade livre de nações, interculturalismo e escola da humanidade que se reflete na aula. Cooperação económica e cultural de todas as nações unidas entre si, formando uma verdadeira irmandade, que deve refletir-se em todo o momento nas aulas. Criação de uma comunidade de livres nacionalidades e consecução de uma “escola de humanidade”.

– Educação social, trabalho cooperativo e grupal, educação para a cidadania. O fim essencial é formar cidadãos que sintam e atuem socialmente. Importância do trabalho em grupos formando comunidades perfeitas de trabalho de forma livre.

– Atividades de lazer, culturais, lúdicas e circum-escolares: canto coral, concursos desportivos, festividades dedicadas a escritores e músicos, teatro, serões, audições musicais, concertos, recitais, jogos tradicionais, festas populares, excursões, obradoiros… Organização das grandes festas que se celebram no ano, como os aniversários dos nascimentos de Goethe, Herder, Schiller, Fichte e Humboldt. Reunião de toda a escola, visitas à montanha, palestras sobre a vida e obra dos autores, teatro e serões musicais noturnos.geheeb-paul-com-pedagogos-da-escola-nova

GEHEEB, AMIGO DE TAGORE:

Numa viagem que fez em 1930 Robindronath Tagore à Europa, e em concreto à Alemanha, visitou Paul Geheeb em Odenwald. A partir deste momento, em que ambos os pedagogos se conheceram pela primeira vez, nunca mais abandonaram a sua amizade e estiveram sempre em contacto. Em muitos aspetos, a Odenwald e a Santiniketon, têm muitos pontos em comum, ressalvando unicamente o facto de estarem inseridas em contextos culturais e ambientais diferentes. Foi o aluno de ambos, Aurobindo M. Bose, quem os pôs em contacto e promoveu a amizade. Aurobindo tinha sido aluno de Santiniketon já em 1901, quando se criou, e já em 1927 visitou pela primeira vez a escola de Odenwald. Do mesmo modo, posteriormente, a da Humanidade na Suíça. Quando Tagore viajava à Alemanha ao primeiro que visitava era Geheeb. Nas personalidades dos dous educadores existem muitas similitudes e semelhanças. A forma de ser e de pensar, a sensibilidade, o amor pela natureza, o apreço pelas crianças, a serenidade, a importância dada à educação, a defesa do pacifismo, a visão social da escola e o apreço pelas artes e a beleza, o teatro, a música, a poesia… O ideal de humanidade, a visão internacionalista, a consecução da paz perpétua, a procura do homem universal, o amor pela ecologia e os direitos humanos, a defesa da igualdade entre homem e mulher, são também ideias comuns de ambos. Por isto, as suas escolas têm muitos pontos de contacto e uma enorme coincidência nos métodos, as estratégias didáticas e as atividades pedagógicas levadas à prática por um e outro nas suas escolas respetivas.

TEMAS PARA REFLETIR E REALIZAR:

Vemos os documentários citados antes, e depois desenvolvemos um Cinema-fórum, para analisar a forma (linguagem fílmica) e o fundo (conteúdos e mensagem) dos mesmos, assim como os seus conteúdos.

Organizamos nos nossos estabelecimentos de ensino uma amostra-exposição monográfica dedicada a Paul Geheeb, a sua vida, a sua obra, as suas ações criando duas escolas novas e o seu pensamento pedagógico. Na mesma, ademais de trabalhos variados dos escolares, incluiremos desenhos, fotos, murais, frases, textos, lendas, livros e monografias. Com uma amostra especial dedicada às suas duas escolas, a de Odenwald e a da Humanidade.

Organizamos no nosso estabelecimento de ensino, com a participação dos escolares, os docentes e outras pessoas da comunidade e dos arredores, que podemos convidar a participar, um “Debate-papo” sobre a importância da coeducação no ensino, que para Geheeb foi sempre um tema fulcral e central. Tema ademais muito importante na nossa sociedade atual, com tantos problemas de violência de género, no nosso país e em outros do planeta.

 

Sónia Engroba: ‘Não somos conscientes nem conhecedores do poder da nossa própria língua’

Novidades Através: 50 anos de Abril na Galiza

Lançamento do livro González-Millán, a projeção de um pensamento crítico, em Braga

Valentim Fagim ministra o ateliê Estratégias alternativas para o galego na Corunha

Lasanha de abóbora e grelos

Estes são os projetos reconhecidos na quinta edição dos Prémios Mil Primaveras

Sónia Engroba: ‘Não somos conscientes nem conhecedores do poder da nossa própria língua’

Novidades Através: 50 anos de Abril na Galiza

Lançamento do livro González-Millán, a projeção de um pensamento crítico, em Braga

Valentim Fagim ministra o ateliê Estratégias alternativas para o galego na Corunha