Em 1936 Xosé Filgueira Valverde estava a preparar, para o Seminário de Estudos Galegos, uma antologia que representasse a poesia galega que se estava a fazer naquela altura. O Golpe de estado franquista deixou o projeto sem publicar mas, a partir dos materiais que já foram compilados, o Museu de Pontevedra deu ao prelo em […]
Encaminho uma traduçom minha (nom sei se será mui boa…) dum poema do Antonio Baños, para os leitores do PGL. Gosto muito, porque resume mui bem o “pós-autonomismo” ao que chegarom lá na Catalunha, tam semelhante do que – para mim – é o reintegracionismo a respeito do nacionalismo galego dominante. O Reintegracionismo, é a […]
Nos primeiros anos de andaina do Parlamento Galego uma estranha (e da qual desconheço os motivos) abstenção do BNG perante uma moção polo reconhecimento do direito da Galiza à autodeterminação, permitiu a Fraga fazer aquela piada fácil e paternalista de que, na nossa Terra, tal reivindicação “só a pedem Camilo Nogueira e o seu cunhado”. […]
Na última vez que me viu a dentista pudem cruzar toda a prisão: do módulo de isolamento (a “prisão de prisão” nesta matrioska penitenciária) à enfermaria. Como os presos isolados considerados especialmente perigosos, não podemos ir sem vigilância a lado nenhum, acompanhou-me um guarda. No caminho cruzamo-nos duas vezes, à ida e à volta, com […]
O “galeguismo” entendido como um orientalismo, e que provisionalmente se poderia definir como o conjunto de estratégias narrativas que umas elites letradas, foráneas ou galegas, mobilizam para representar “o povo galego” atendendo a diferentes intenções políticas, criando estereótipos que rematam (auto)identificando o país.
Se o escritor e estudoso que foi Guerra Da Cal nom som como para a Galiza poder prescindir deles olimpicamente, o homem Guerra Da Cal, a personagem Guerra Da Cal, nenhuma cultura digna a teria deixado perder-se graciosamente. João Guisan Seixas O neno que em Quiroga aprende de Maria “A Garabulha” as canções populares […]
Há já uma pequena literatura futurista espanhola sobre o peak oil… Porém, nos poemas do Meixide há uma volta à certeza da Terra, o regresso triunfal do mundo –duro mas honesto- das avôs, a salvação do que John Berger considera “a maior catástrofe cultural do século XX”: a perda da cultura camponesa.
José Hipólito Santos, veterano ativista do movimento cooperativista e já conhecido entre nós polo seu anterior livro sobre o LUAR, vem de pôr luz sobre a cara mais anónima do 25 de Abril, essa que nem reivindicam nem formalizam como História os partidos de esquerda. Sem mestres, nem chefes, o povo tomou a rua. Luta dos moradores no pós 25 de Abril…
Se investigássemos as pintadas do independentismo ‘espontâneo’ na Galiza, mui probavelmente concluiríamos que “Puta Espanha!” foi a legenda mais popular.
Nos domingos da década de 90 poucas cousas havia melhores, para um rapaz da comarca de Ordes, que ir com a família cear umas truitas à Berxa; o trator do tio Jesus, os contos divertidíssimos de Maria ou a foto de Bebeto no mostrador do bar, faziam dela um lugar mágico.