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Carlos Velo, o cineasta histórico da nossa Galiza

carlos-velo-num-documentario-sobre-eleEstou a fazer uma recuperação sobre os grandes vultos da Lusofonia que se dedicaram à sétima arte, que chegaram a ter uma destacada filmografia que ficou para a posteridade, para desfrutar das imagens dos seus filmes, tanto jovens como adultos. Quero dedicar o presente depoimento ao cineasta histórico Carlos Velo, nascido no município ourensano de Cartelhe em 1909. Como exilado, teve que desenvolver a maioria da sua obra cinematográfica no México. O presente artigo dedicado a ele faz o número 74 da série sobre os grandes vultos da Lusofonia, e o 186 da dos grandes vultos da humanidade iniciada no seu dia com Sócrates, o grande educador grego da antiguidade.

ALGUNS DADOS BIOGRÁFICOS

Em 15 de novembro de 1909, nascia em Pereiros-Cartelhe (Ourense) Carlos Velo Cobelas que, para além de grande artista galego, foi também um importante cineasta. Ele faleceu na Cidade do México no dia 1 de março de 1988, há quase 33 anos. Por sugestão de Luis Álvarez Pousa, veio participar do exílio mexicano na quinta edição das Jornadas do Cinema de Ourense, celebradas em abril de 1977, organizadas pelo Cinema Clube Padre Feijóo. Dentro do programa, Velo dera no salão nobre do Liceu Recreio da Cidade das Burgas uma conferência muito interessante sobre os novos avanços da sétima arte. Naquele momento tinha debaixo do braço, como se fosse um brinquedo de criança, um disco com imagens de filmes e não se cansava de repetir que aquele era o futuro do cinema. Velo tinha toda a razão, porque hoje o cinema está num meio semelhante com o nome de DVD. Além disso, ele demonstrou que sempre foi um avançado e um pioneiro nesta arte. Desde muito jovem o cinema foi a sua verdadeira paixão.
O seu pai era médico do município onde Velo nasceu. Em Ourense estudou o ensino secundário e magistério, e na nossa cidade conheceu Vicente Risco, que o iniciou no galeguismo. Mais tarde foi para Madrid para estudar Medicina, mas as suas verdadeiras paixões eram a biologia e o cinema. Em 1932 licenciou-se em Biologia pela Universidade Complutense, onde posteriormente se tornou professor das disciplinas de Ciências Naturais e Entomologia. Curiosamente, e um tanto acidentalmente, a biologia o conduziu ao mundo profissional do cinema. Com Luis Buñuel criou o primeiro clube de cinema espanhol da história na Residência de Estudantes da ILE de Madrid, dependente da FUE (Federação Universitária Espanhola).

Com Luis Buñuel criou o primeiro clube de cinema espanhol da história na Residência de Estudantes da ILE de Madrid, dependente da FUE (Federação Universitária Espanhola).

Quando o grande cineasta de Calanda filmou a famosa curta-metragem Um Cão Andaluz, Velo lhe deu as formigas vermelhas para as suas filmagens. Nas sessões do cinema-clube da Residência de Estudantes gostava de ver os clássicos do cinema, que o marcaram imensamente: S. M. Eisenstein, Dovchenko, Dziga Vertov, Pudovkin e, sobretudo, Robert Flaherty. Este último viria a ter grande influência na arte documental de Carlos Velo, ramo em que se destacou muito e não tanto no de longas-metragens. Ele conheceu Garcia Lorca e o filme O Acoraçado Potemkin sempre o entusiasmou. Foi Fernando G. Mantilla quem o iniciou na técnica cinematográfica, que jamais abandonaria, mesmo no seu longo exílio mexicano. Ainda estudante do último ano da sua licenciatura, em dezembro de 1931, participou da primeira Missão Pedagógica Republicana realizada na cidade segoviana de Ayllón, dirigida pelo grande pedagogo Manuel Bartolomé Cossío. Para o qual levou justamente vários documentários cinematográficos para exibição. Tanto na fase republicana, como depois na mexicana, fez documentários muito interessantes.

Carlos Velo com Buñuel e Bardem.
Carlos Velo com Buñuel e Bardem.

Entre eles é necessário destacar A Cidade e o Campo, Castelos de Castela, Almadrabas, Infinitos, Felipe II, O Escorial, Yerbala, México Eterno, História de México, Raíces (premiado em Cannes em 1953), Pintura Mexicana de Diego Rivera, Arte pública de David Siqueiros, Homenagem a León Felipe, Torero e Cartas do Japão. Um dos seus mais belos documentários é Universidade Comprometida, em que o chileno Salvador Allende aparece dando uma bela palestra para os alunos da Universidade Mexicana de Guadalajara. Ao discurso do presidente do Chile, Velo colocou-lhe algumas imagens de muito sucesso, belas e adequadas. Este documentário, a par de outros, tinha sido projetado na sua época nas Jornadas do Cinema de Ourense, tendo sido trazida a respetiva cópia em 16 mm. por Mª José Queizán de Vigo. A TVG da época, quando Velo regressou às suas terras galegas, tinha lançado a sua longa-metragem Pedro Páramo, baseado num célebre livro do seu amigo mexicano Juan Rulfo.

A TVG da época, quando Velo regressou às suas terras galegas, tinha lançado a sua longa-metragem Pedro Páramo, baseado num célebre livro do seu amigo mexicano Juan Rulfo.

Em México, Velo, como verdadeiro galego, exilado e emigrante, teve de enfrentar vários problemas e mal-entendidos. A sua vida no país americano esteve cheia de luzes e sombras. Ele foi até privado de liberdade por um tempo. Desde ali colaborou com o povo galego e foi um dos fundadores da excelente revista Vieiros, que, clandestinamente, foi distribuída em Ourense pelo advogado Amadeu Varela. carlos-velo-revista-vieiros-carpeta-colecaoTambém foi notável a sua participação na criação em 1953 do Padroado da Cultura Galega, ao lado de Luís Soto, Florêncio Delgado Gurriarám e Elígio Rodríguez. E, além de Vieiros, em 1942 também colaborou na fundação da revista Saudade, junto com Delgado Gurriarám, Ramiro Isla Couto e José Caridad Mateo. Já em 1936 tinha rodado um documentário sobre Compostela e a sua arquitectura e outro sobre folclore e etnografia em 1937 com o título de Galiza. E em 1983 recebeu o Prémio Mestre Mateo da Junta da Galiza, com o qual foi reconhecida toda a obra de um importante criador galego como ele. Posteriormente, em 1989, o mesmo Conselho instituiu o Prémio de Roteiros de Cinema “Carlos Velo”.

Foi notável a sua participação na criação em 1953 do Padroado da Cultura Galega, ao lado de Luís Soto, Florêncio Delgado Gurriarám e Elígio Rodríguez. E, além de Vieiros, em 1942 também colaborou na fundação da revista Saudade, junto com Delgado Gurriarám, Ramiro Isla Couto e José Caridad Mateo.

A SUA VIDA REPUBLICANA E MEXICANA EM DESTAQUE

carlos-velo-fotoVelo estava em Segóvia preparando um exame para a cadeira de Ciências Naturais, quando começou a Guerra Civil. Pensando em fugir com a sua esposa Marylin Santullano para Portugal, ele foi para a sua aldeia de Cartelhe. Mas desistiu desse plano e por acaso acabou filmando em Marrocos, por um período de seis meses, o documentário Yerbala. Então, em fevereiro de 1939, ele obteve um salvo-conduto do exército republicano e foi para a França como refugiado, sendo internado no campo de concentração de Saint Cyprien-Josapat. Daqui, junto com a sua esposa, graças à ajuda dos irmãos Fernando e Susana Gamboa, e à excelente receção do presidente mexicano Lázaro Cárdenas, embarcou para o México no vapor Flandre. Na capital mexicana conheceu, entre outros, o pintor Siqueiros, e na sua casa, outros intelectuais republicanos. Quando Lázaro Cárdenas inaugurou o Instituto Politécnico Nacional, Velo foi convidado para ser professor de Biologia Geral e decidiu se tornar um cidadão mexicano. Demonstrando seu amor pela sua terra e seu republicanismo, em julho de 1940, no número 6 da revista España Peregrina, publicou o artigo Galiza, paisagem de sangue. Paralelamente, colabora com artigos sobre cinema na revista Romance. Foi membro do Sindicato dos Professores Universitários Espanhóis, que desde 1943 o cientista Ignacio Bolívar dirigia no México.

Quando Lázaro Cárdenas inaugurou o Instituto Politécnico Nacional, Velo foi convidado para ser professor de Biologia Geral e decidiu se tornar um cidadão mexicano.

Carlos Velo com Garcia Márquez
Carlos Velo com Garcia Márquez

Durante o início da década de 1940, ele continuou a dar aulas em vários centros educacionais mexicanos, até que em 1944, com uma forte depressão devido à morte repentina da sua esposa, decidiu abandonar o emprego de professor. E para recuperar o ânimo, dedicou-se totalmente ao cinema a partir daquele momento. No mesmo ano, 1944, já ganhou o Prémio Ariel como co-roteirista do filme Entre Irmãos. Entre 1946 e 1953 dirigiu o noticieiro mexicano EMA (Espanha-México-Argentina), conhecendo em 1952 o produtor iucatano Manuel Barbachano Ponce, com quem realizou a curta-metragem Telerrevista, e em 1956 a sua primeira longa-metragem, Torero, em que conta a biografia de Luís Procuna, famoso toureiro mexicano. Com Barbachano como produtor, em 1960 decidiu realizar o filme Pedro Páramo, baseado no célebre livro de Juan Rulfo, para o qual teve o seu amigo Carlos Fuentes como roteirista e o próprio Rulfo decidiu que os cenários deveriam ser as paisagens dos estados de México e Hidalgo, sendo lançado o filme, não sem polêmica, em 1966. E quando os irmãos Barbachano criaram a Teleproducciones, Velo tornou-se o diretor técnico, desenvolvendo o projeto Cine Verdad, lançando também outro projeto chamado Raíces. Desde a sua importante posição, colaborou decisivamente para que Luis Buñuel pudesse filmar Nazarín em 1958, e em 1959 Juan Antonio Bardem o seu filme Sonatas. Para a produtora da sua segunda esposa, Angélica Ortiz, fez quatro longas-metragens de fição comercial, sob os títulos de Don Juan 67, Cinco de chocolate e um de morango, Alguém quer nos matar e El medio pelo, voltando depois ao documentário . Em 1971 assumiu a direção do Centro de Produção de Curtas Metragens dos Estudos Churubusco, promovendo uma profunda renovação do cinema mexicano, e em 1975 passou a ser diretor do Centro de Formação Cinematográfica (CCC), do qual o presidente honorário foi o cineasta Buñuel. A partir de 1976 dirigiu o Centro de Produção Audiovisual do Ministério da Educação Pública e foi fundador da Associação Mexicana de Recursos Audiovisuais Científicos (AMRAC), atuando como seu presidente de 1984 a 1988.

A partir de 1976 dirigiu o Centro de Produção Audiovisual do Ministério da Educação Pública e foi fundador da Associação Mexicana de Recursos Audiovisuais Científicos (AMRAC), atuando como seu presidente de 1984 a 1988.

No seu momento, o cubano Alfredo Guevara pediu a Velo a sua colaboração para criar o importantíssimo Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica (ICAIC). Colaborou muito com os exilados espanhóis e em 1949 foi criado o Ateneo Espanhol de México, do qual Velo foi sócio fundador. Este Ateneu justamente nesta altura está com problemas financeiros para poder sustentá-lo e mantê-lo aberto e funcionando.

PROJETO PARA CRIAR UM CENTRO CINEMATOGRÁFICO GALEGO

carlos-velo-foto1Em 1956, o Primeiro Congresso da Emigração foi realizado em Buenos Aires. Carlos Velo apresenta neste importante congresso o seu projeto de criação de um Centro de Cinema Galego, representando ao Padroado da Cultura Galega. Em seu discurso, declara solenemente a sua fé e amor totais pelo cinema como “o instrumento mais poderoso do nosso tempo para a intercomunicação entre os seres humanos e a propaganda do progresso”. A sua proposta articulava-se em torno dos quatro ramos da indústria cinematográfica: Produção, Aquisição e Intercâmbio, Distribuição e Exibição, para os três géneros (educativo, documental e informativo), para além de estudar as possibilidades de um Jornal Galego mensal, que estabelecesse a sua própria rede de exposições em Espanha e na América e os seus sistemas de intercâmbio com outros noticiários mundiais. O projeto almejava também a organização de “Grupos de Cineações Rurais”, para levar a mensagem cultural do cineasta às aldeias e povoações galegas. Na disposição nona e transitória, Velo solicita ao referido Congresso que ordene imediatamente as filmagens a preto e branco e formato 35 mm, dos eventos do mesmo. Numa ocasião, quando foi entrevistado, Velo comentou: “Ficarei feliz o dia em que puder ver um filme falado em galego e legendado em castelhano”. Palavras que mostram que, para além do amor pela sétima arte, à qual tanto se dedicou ao longo da vida, tinha também um profundo amor pela sua terra galega, pela sua língua e pela sua cultura.

Aconselha-se a leitura dos estudos e publicações dedicados a Carlos Velo, dos quais são autores Luís Álvarez Pousa, Miguel A. Fernández, Margarida Ledo e Román Gubern. E a visualização do documentário Galiza, que realizou em 1936, com a duração de 8 minutos, recuperado em 2010, e pode ser descarregado do YouTube.
Mais informação sobre a vida e obra de Carlos Velo pode encontrar-se nas seguintes ligações: fundacioncarlosvelo.com, wikipedia, ourensesiglo21.es, dbe.rah.es, vialethes.es, e artigos de imprensa: este e este de La Region, e este e este de La Voz.

FICHAS DOS DOCUMENTÁRIOS E FILMES

A.-Documentários
1.-Apresentação do livro Memória erôtica, de Carlos Velo.
Duração: 3 minutos. Ano 2019.

2.-Catálogo da Exposição Carlos Velo.
Duração: 2 minutos. Ano 2017.

3.-Expo Carlos Velo.
Duração: 2 minutos. Ano 2017.

4.-A volta de Velo a Cartelhe (1967).
Duração: 4 minutos. Ano 2017.

5.-Imagens de Bueu do documentário Galiza de Carlos Velo.
Duração: 5 minutos. Ano 2016 (filmado em 1936).

6.-Estudo sobre o filme Galiza de Carlos Velo.
Duração: 6 minutos. Ano 2012.

B.- Filmes
1.-Almadrabas.
Duração: 21 minutos. Ano 2013 (filmado em 1933).

2.-A cidade e o campo.
Duração: 10 minutos. Ano 2013 (filmado em 1934).

3.-Galiza.
Duração: 9 minutos. Ano 2013 (filmado em 1936).

4.-Toureiro (Torero).
Duração: 75 minutos. Ano 2016 (filmado em 1956).

5.-Pedro Páramo (Fragmento).
Duração: 2 minutos. Ano 2015 (filmado em 1967).

Para saber mais, tem sido publicado um depoimento específico, dentro da série As Aulas no Cinema neste mesmo portal, sobre o documentário de Velo Universidade comprometida, que pode ser consultado aqui.

FILMOGRAFIA BÁSICA

a.-Curtametragens e mediametragens

Almadrabas (cm).1934.
En un lugar de Castilla (cm).1934.
La ciudad y el campo (cm).1934.
Felipe II y El Escorial (cm). 1935.
Infinitos (cm). 1935.
Castillos en Castilla (cm). 1935.
Galiza e Compostela (cm).1935.
Tarraco Augusta (cm). 1935.
Saudade (cm). 1936.
Yerbala (cm). 1937.
Un día en la radio (cm). 1947.
El corazón de la ciudad (cm). 1953.
La tierra del chicle (cm). 1953.
Pintura mural mexicana (cm). 1954.
Retrato de un pintor (cm). 1954.
Arte público (cm). 1954.
J. C. Orozco (cm). 1954.
La Tierra era verde (cm). 1957.
Chistelandia. 1958, con M. Barbachano Ponce, J. García Ascot e F. Marcos.
Nueva Chistelandia. 1958, con M. Barbachano Ponce, J. García Ascot e F. Marcos.
¡Vuelve Chistelandia!. 1958, con M. Barbachano Ponce, J.García Ascot e F. Marcos.
Nuestro cine (mm). 1971.
Los que sí y los que no. 1972.
El rumbo que hemos elegido. 1972.
Cartas del Japón (mm). 1972.
Paralelo 27 (mm). 1973.
Universidad comprometida (mm). 1973.
Homenaje a León Felipe (cm). 1973-75.
A la mitad del camino. 1973.
Baja California: Último paraíso. 1973.
Baja California: Paralelo 28. 1973.
Una nación en marcha n.º 1. 1974.carlos-velo-cartaz-filme-pedro-paramo
Forum de Roma. 1974.
Laberinto. 1975.
El pueblo maya. 1983.

b.-Longametragens
Romancero marroquí. 1939.
Torero!. 1956.
Pedro Páramo. 1966.
Don Juan 67. 1967.
Cinco de chocolate y uno de fresa. 1968.
Alguien nos quiere matar. 1969.
El medio pelo. 1970.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA SOBRE CARLOS VELO

    1.-ÁLVAREZ POUSA, Luís:
«Carlos Velo, nacionalista galego».-Revista Teima nº 24, 1977.
«La necesidad de un cine gallego».-La Voz (LVG): 02-09-1979.
«Vª Xornadas do Cine en Ourense. Os cines nacionais, porta aberta».-Revª Teima nº 21,1977.carlos-velo-estudo-sobre-a-sua-figura-capa-livro
(Nota: Comunicado de Cineastas Galegos en torno às «V Xornadas do Cine»: Ourense, 1977).
2.-ARNEIROS TORCELA, J.:
«Carlos Velo, cineasta y galleguista».-Faro de Vigo (Ourense), 28-02-2016.
3.-CHAO, Ramón :
«Carlos Velo, el cine como grito».-Mémoire des luttes-20-01-2014 (www.medelu.org). Secção: Encuentros con genios de las Artes.
4.-FERNÁNDEZ, Miguel Anxo:
As imaxes de Carlos Velo. Vigo: A Nosa Terra, 2002.
Carlos Velo: Cine e exilio. Vigo: A Nosa Terra, 1996.
5.-GARCIA FERNÁNDEZ, Emilio (com M. A. Fernández):
Carlos Velo. Nº extra de Entregas de Comunicación Cultural. Imaxe-Agosto de 1985.
6.-GUBERN, Romà:
«Entrevista a Carlos Velo».-Revista Secuencias nº 4, 1996.
7.-HERNÁNDEZ LES, Juan:
«Vª Xornadas do Cine: Ourense».-Cinema 2002, nº 27, maio de 1977.
«Carlos Velo: un rezagado del exilio».-Cinema 2002, nº 32, 1977.
8.-LEDO ANDIÓN, Margarita:
«Un tal Carlos Velo».-www.globalcinema.eu
9.-MARTÍ ROM, Josep Miquel:
«IVª Xornadas do Cine. Ourense».-Cinema 2002, nº 14, abril-1976.
10.-NAVAZA, Xavier:
«Conversa con Carlos Velo: Que financien eles o cine».- Revª Teima nº 4, janeiro-1977.
11.-OUTEIRIÑO, Maribel:
«Carlos Velo: a defensa da língua e da nacionalidade a través do cine é importantísima».-La Región (Ourense): 17-10-1976.
12.-PAZ RODRIGUES, José :
a.-«Carlos Velo, grande galeguista».-La Región (Ourense): 15-11-2009.
b.-«Por uma Universitas transformadora da sociedade, no filme Universidade comprometida de Carlos Velo».-PGL (Portal Galego da Língua): 28-02-2013.
13.-REDONDO NEIRA, Fernando:
Carlos Velo. Itinerarios do documental nos anos trinta. Festival de Cine de Ourense, CGAI e Junta da Galiza, 2004.
14.-RÍOS CONDE, Alexander de los :
«Carlos Velo, el gran documentalista gallego».-vialethes.es :23-10-2016.
15.-SALGADO, Daniel:
«Galicia, la histórica película de Carlos Velo, hallada en Moscú tras 70 años perdida».-Compostela: El País (Galicia): 16-12-2010.
16.-VARA FERNÁNDEZ, Alfredo:
«Carlos Velo, cineasta ourensán que traballa en México».-La Voz (LVG): 16-10-1976.
17.-VELO COBELAS, Carlos:
Memoria erótica. Vigo: A Nosa Terra, 1998.

Notas:
a.-É muito interessante a entrevista que Juan Hernández Les fez a Velo durante as Jornadas do Cinema de Ourense do ano 1977, publicada na revista Cinema 2002 nº 32 de outubro de 1977, pp. 42 a 45.
b.-Maria Feijóo Orozco fez no seu dia uma entrevista a José Paz (autor dos depoimentos da série “As Aulas no Cinema” do PGL) para que lhe falasse de Carlos Velo, ao qual conheceu em 1977, deu boleia a Cartelhe e depois ao aeroporto de Compostela para a sua partida ao México.

TEMAS PARA REFLETIR E REALIZAR

Visualizamos os filmes e documentários referidos antes, e depois desenvolvemos um cinema fórum, para analisar o fundo (mensagem) deles, assim como os seus conteúdos.
Organizamos nos nossos estabelecimentos de ensino uma mostra-exposição monográfica dedicada a Carlos Velo, importante cineasta histórico da Galiza. Nela, além de trabalhos variados dos escolares, incluiremos desenhos, fotos, murais, frases, textos, lendas, livros, vídeos, DVDs e monografias.
Podemos organizar um Ciclo Cinematográfico, escolhendo para projetar (com apresentação inicial de cada um e colóquio posterior entre o alunado e docentes espectadores) aqueles filmes mai interessantes de Carlos Velo. Nele devem ser incluídos os sete seguintes: Almadrabas (1934), Galiza (1936), Saudade (1936), Universidade comprometida (1973), Homenagem a León Felipe (1973-75), O povo maia (1983) e Pedro Páramo (1966).

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