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Juventude Unida dos Países de Língua Portuguesa (JUPLP) difunde Carta Aberta às comissões de trabalho da Xunta para a renovação do Plano Geral de Normalização da Língua

A organizaçom juvenil internacional, na sua mensagem, exprime a sua preocupaçom e assinala que representam “uma geração que acredita na relevância da Galiza dentro do universo lusófono e nas oportunidades que esta conexão supõe para a prosperidade da língua galega.”

O coletivo destaca a sua insatisfação com a falta de representação da juventude nas escolhas das pessoas encarregadas da coordenação desta renovação, já que todas superam os 40 anos e mais da metade os 60. Com esta perspetiva, a JUPLP teme que as ações de normalização que forem tomadas não tenham em conta a visão das pessoas mais novas, para o que apresentam cinco pontos para contribuir ao desenho dum Plano que fortaleça o galego e explicitam a sua “disposição para colaborar” no trabalho para este fim. Eis os pontos apresentados:

  1. Consideramos fundamental que o galego seja visto como um idioma internacional, capaz de abrir portas em países lusófonos e em cenários globais. Ainda que esta ideia é às vezes transmitida às novas gerações, na realidade muitas de nós vemos como as nossas habilidades comunicativas com o exterior ao terminarmos os estudos são insuficientes. Consideramos chave a competência em português (escrita e oral) no ensino obrigatório. Gostaríamos de assinalar o enfoque usado com muito êxito nos tiktoks do dťgocho eu, no que com a aprendizagem e reforço do galego se aproveitava para potenciar a competência em português.
  2. Olhamos para trás com inveja ao conhecermos que na década de 1990, existia uma disponibilidade ampla de conteúdo audiovisual de altas audiências em galego. Para que a nossa língua continue viva entre as novas gerações, é imprescindível que os audiovisuais da moda estejam acessíveis em galego. Por exemplo, celebramos a recente dobragem de Kimetsu no yaiba, mas chega 4 anos tarde, e já não está disponível online. Foi o único anime dobrado ao galego nas últimas décadas, apesar de que nunca foi tão popular na Galiza. A mocidade de hoje pode escolher entre ver conteúdo digital (e físico) em várias línguas. O galego deve ser uma opção competitiva.
  3. Sem esquecermos o ponto anterior, somos conscientes que a indústria galega de tradução, dobragem, … nunca vai poder abranger a totalidade dos conteúdos de interesse ou necessidade para a juventude. Achamos que essas inevitáveis carências podem ser compensadas com produtos localizados a Portugal e Brasil. Testemunhamos como atualmente as bibliotecas universitárias estão repletas de manuais em espanhol e em menor medida inglês e inclusive francês, porém é raro vê-los em galego ou português. Entendemos que a recorrência à língua portuguesa em casos como este não é só factível, mas muito positiva. Propicia uma visão de utilidade para a nossa língua e reforça o conhecimento e expressão nela, que estão em grande ausência nas novas gerações. O português pode abrir a oferta de filmes, séries, programas, jornais, livros de ficção, livros de texto e muitos outros materiais nas nossas bibliotecas municipais e escolares, nas livrarias, nos cinemas, nas rádios, televisão e em serviços de streaming.
  4. Ajudaria grandemente a apreciação social da língua galega que esta permitisse abrir portas académicas e profissionais nas que atualmente existem barreiras que consideramos desnecessárias. Por exemplo, a necessidade de pedir traduções oficiais de expedientes académicos para que estudantes galegos possam estudar em países lusófonos (e vice-versa). A lei de normalização linguística poderia ser um ponto de partida para começar encontros com instituições lusófonas para minimizar estes obstáculos.
  5. Lamentamos a distância, por vezes artificial, entre os padrões galegos e lusófonos. Achamos que este afastamento provoca equívocos na comunicação da juventude galega em contextos lusófonos, que por sua vez desincentivam a apreciação da língua galega e contribuem para a sua desvalorização. Exigimos que se respeite o quarto princípio das Normas ortográficas e morfológicas do idioma galego e consideramos que a aproximação ao português internacional deve transcender o léxico culto e pode o fazer sem renunciar a um padrão plenamente galego.

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