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As inteligências múltiplas do ser humano, segundo Howard Gardner

Tive na Universidade Complutense um excelente professor de Psicologia Geral que se chamava Mariano Yela Granizo. Já naquela altura, e estou falando de finais da década de sessenta do passado século, falava-nos muito e bem dos fatores da inteligência humana. Especialmente do fator verbal, o numérico, o espacial, o técnico e o administrativo. Ademais, comentava-nos que havia um fator «g» ou fator geral da inteligência das pessoas, sempre integrado na personalidade das mesmas. Com acerto, assinalava que, além de destacar no fator geral, para ser muito competente em língua, literatura e idiomas, a pessoa tinha que destacar no fator verbal; para assuntos relacionados com a matemática, a física e as ciências, havia que destacar no numérico; para ser um bom arquiteto e/ou engenheiro, no espacial e no técnico; e, para assuntos de organização e comerciais, no administrativo. Mais tarde apareceram, com outros psicólogos, as importantes teorias da inteligência afetiva ou emocional, às quais estaria muito bem que no ensino se desse mais valor do que se dá. Com todos estes estudos anteriores sobre a inteligência, aparece mais recentemente a teoria das inteligências múltiplas dos seres humanos proposta pelo psicopedagogo americano Howard Gardner, felizmente ainda vivo. Uma teoria importantíssima para ser tratada no ensino e as aulas, levando os docentes à prática de estratégias didáticas adequadas e desenhos curriculares adaptados aos diferentes tipos de inteligências, e para desenvolver as mesmas nas crianças e estudantes dos diferentes níveis do nosso ensino.

Howard Gardner nasceu em Scranton, Pennsylvania, a 11 de julho de 1943. É um psicopedagogo cognitivo e educacional estado-unidense, ligado à Universidade de Harvard e conhecido em especial pela sua teoria das inteligências múltiplas. Em 1981 recebeu o prémio da MacArthur Foundation. Em 2011 foi galardoado com o Prémio Príncipe das Astúrias das Ciências Sociais. É professor de Cognição e Educação na Universidade de Harvard, e professor adjunto de neurologia na Universidade de Boston. Em 1938, seus pais fugiram da perseguição aos judeus na Alemanha nazista, com seu irmão mais velho Eric, falecido após o nascimento de Howard. Aos 13 anos de idade, ele tornou-se um excelente pianista. Howard Gardner entra na Universidade de Harvard em 1961 com a intenção de se formar em História, mas sob a influência de Erik Erikson, interessa-se nas relações sociais, uma combinação de Psicologia, Sociologia e Antropologia, com particular interesse na Psicologia clínica. Novamente, troca o seu campo de interesse após conhecer o psicólogo cognitivo Jerome Bruner e os escritos de Jean Piaget. Depois de terminar o seu doutoramento em Harvard em 1971, com uma dissertação em sensibilidade de estilo em crianças, continuou a trabalhar nesta universidade, estabelecendo com Nelson Goodman um grupo de pesquisa em educação pela arte conhecido como Project Zero. Fundado em 1967, este projeto concentra-se no estudo sistemático do pensamento artístico e da criatividade em arte, assim como em disciplinas da área humana e científica em nível individual e institucional.

Entre os seus muito interessantes trabalhos e pesquisas relacionados com a educação das crianças, destaca a sua Teoria das Inteligências Múltiplas dos seres humanos. O primeiro dos testes de sucesso escolar foi realizado e desenvolvido pelo psicólogo galo Alfred Binet em 1900. Este teste tinha por finalidade diagnosticar crianças retardadas e crianças normais. Com a propagação deste teste pensou-se que era possível medir quantitativamente a inteligência, mas de acordo com Gardner, autor da teoria das Inteligências Múltiplas: «a inteligência é (…) a capacidade de responder a itens em testes de inteligência». Os testes psicométricos consideram que existe uma inteligência geral, nos quais os seres humanos diferem uns dos outros, que é denominada «g». Este «g» pode ser medido através da análise estatística dos resultados dos testes. É importante acrescentar que tal maneira de encarar a inteligência ainda hoje está presente no senso comum e mesmo em muitas parcelas do meio científico.

O livro mais famoso de Gardner é provavelmente Estruturas da Mente, de 1983, do qual existe na nossa língua uma edição do ano 1994, onde ele descreve sete dimensões da inteligência: inteligência visual e espacial, inteligência musical, inteligência verbal ou linguística, inteligência lógica e matemática, inteligência interpessoal, inteligência intrapessoal e inteligência corporal ou cinestésica. Desde a publicação desta sua obra, Gardner propôs duas novas dimensões de inteligência: a inteligência naturalista e a inteligência existencialista. Os testes tradicionais de inteligência só levam em consideração as inteligências verbal e a lógica e matemática. Essa nova teoria tornou-se conhecida como teoria das inteligências múltiplas. Howard Gardner crê que todos temos tendências individuais (áreas de que gostamos e em que somos competentes) e que estas tendências podem ser englobadas numa das inteligências listadas acima. Outro dos temas do seu interesse relacionados com a educação foi a importância que deu ao desenvolvimento da criatividade nas crianças e à educação pela arte. São famosas frases suas como «a educação precisa justificar-se realçando o entendimento humano” e “todos os indivíduos têm potencial para ser criativos, mas só serão se quiserem”. No nosso idioma foram publicados nada menos que vinte livros da sua autoria, o que indica o interesse atual do se pensamento psico-educativo. Em 2006, a produtora brasileira Atta Mídia e Educação, em colaboração com a Paulus Editora, sob a direção de Kátia Cristina Stocco Smole, realizou um interessante documentário dedicado a Howard Gardner, que serve de apoio aos comentários meus do presente capítulo, o segundo da série dedicada a grandes educadores.

FICHA TÉCNICA DO FILME-DOCUMENTÁRIO:

  • Título original: Howard Gardner
  • Produtora: Atta Mídia e Educação (Brasil, 2006, 40 min., a cores, documentário)
  • Editora: Paulus Editora. Coleção: Grandes Educadores
  • Roteiro e Apresentação: Kátia Cristina Stocco Smole. Coordenadora do grupo Mathema de formação e pesquisa. Doutora em Educação, área de ensino de ciências e matemática pela FEUSP. Mestra em Educação, área de ensino de ciências e matemática, pela mesma universidade. Consultora na disciplina de matemática dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio do MEC de Brasil.
  • Argumento: Howard Gardner, psicólogo e Ph. D da Universidade de Harvard, tornou-se mundialmente conhecido ao publicar sua Teoria das Inteligências Múltiplas, mostrando que a inteligência é composta de pelo menos oito competências: lógico-matemática, linguística, interpessoal, corporal cinestésica, musical, espacial e naturalista. A Teoria das Inteligências Múltiplas teve enorme recetividade entre educadores do mundo todo, pois traz uma nova forma de enxergar o aluno e tem profundas implicações nas práticas pedagógicas. Passados cerca de 31 anos da publicação da Teoria, o que fica cada vez mais clara é a importância da contribuição de Gardner para o entendimento de como funciona nosso cérebro e de como aprendemos.
  • Conteúdos do documentário: Biografia de H. Gardner. Definição de inteligência. A Teoria das Inteligências Múltiplas. Os potenciais de cada um. Piaget, Vygotsky e a Inteligência Emocional. Críticas e autocrítica. Teoria e metodologia. Educação personalizada. Avaliação. Escolas de Inteligências Múltiplas? Múltiplas formas de aprender. Educar para a compreensão.

A TEORIA DE GARDNER DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS:

Gardner identificou nos seres humanos as inteligências linguística, lógico-matemática, espacial, musical, cinestésica, interpessoal, intrapessoal, naturalista e existencialista. Postula que essas competências intelectuais são relativamente independentes, têm sua origem e limites genéticos próprios e substratos neuroanatómicos específicos e dispõem de processos cognitivos próprios. Segundo ele, os seres humanos dispõem de graus variados de cada uma das inteligências e maneiras diferentes com que elas se combinam e organizam e se utilizam dessas capacidades intelectuais para resolver problemas e criar produtos. Gardner ressalta que, embora estas inteligências sejam, até certo ponto, independentes umas das outras, elas raramente funcionam isoladamente. Embora algumas ocupações exemplifiquem uma inteligência, na maioria dos casos as ocupações ilustram bem a necessidade de uma combinação de inteligências. Por exemplo, um cirurgião necessita da acuidade da inteligência espacial combinada com a destreza da cinestésica.

  1. Inteligência linguística e verbal: Os componentes centrais da inteligência linguística são uma sensibilidade para os sons, ritmos e significados das palavras, além de uma especial perceção das diferentes funções da linguagem. É a habilidade para usar a linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir ideias. Gardner indica que é a habilidade exibida na sua maior intensidade pelos poetas. Em crianças, esta habilidade manifesta-se através da capacidade para contar histórias originais ou para relatar com precisão experiências vividas. Como exemplos de pessoas que destacaram nesta inteligência temos Tagore, Pessoa, Jorge Amado, Neruda, Jiménez, Camões, etc.
  2. Inteligência musical: Esta inteligência manifesta-se através de uma habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma peça musical. Inclui discriminação de sons, habilidade para perceber temas musicais, sensibilidade para ritmos, texturas e timbre, e habilidade para produzir e/ou reproduzir música. A criança pequena com habilidade musical especial percebe desde cedo diferentes sons no seu ambiente e, frequentemente, canta para si mesma. Destacados músicos como Bach, Mozart, Tagore, Vivaldi ou Verdi tinham muito elevada esta inteligência.
  3. Inteligência lógico-matemática: Os componentes centrais desta inteligência são descritos por Gardner como uma sensibilidade para padrões, ordem e sistematização. É a habilidade para explorar relações, categorias e padrões através da manipulação de objetos ou símbolos, e para experimentar de forma controlada; é a habilidade para lidar com séries de raciocínios, para reconhecer problemas e resolvê-los. É a inteligência característica de matemáticos e cientistas, como Einstein, Newton, Bento de Jesus Caraça ou Madame Curie. Gardner, porém, explica que, embora o talento científico e o talento matemático possam estar presentes num mesmo indivíduo, os motivos que movem as ações dos cientistas e dos matemáticos não são os mesmos. Enquanto os matemáticos desejam criar um mundo abstrato consistente, os cientistas pretendem explicar a natureza. A criança com especial aptidão nesta inteligência demonstra facilidade para contar e fazer cálculos matemáticos e para criar notações práticas de seu raciocínio.
  4. Inteligência espacial: Gardner descreve a inteligência espacial como a capacidade para perceber o mundo visual e espacial de forma precisa. É a habilidade para manipular formas ou objetos mentalmente e, a partir das perceções iniciais, criar tensão, equilíbrio e composição, numa representação visual ou espacial. É a inteligência dos artistas plásticos, dos engenheiros e dos arquitetos. Em crianças pequenas, o potencial especial nessa inteligência é percebido através da habilidade para quebra-cabeças e outros jogos espaciais e a atenção a detalhes visuais. Destacaram nesta inteligência o arquiteto António Palácios, o pintor Picasso, Michelangelo, Niemeyer ou o nosso escultor Faílde.
  5. Inteligência cinestésica: Esta inteligência refere-se à habilidade para resolver problemas ou criar produtos através do uso de parte ou de todo o corpo. É a habilidade para usar a coordenação grossa ou fina em desportos, artes cénicas ou plásticas no controle dos movimentos do corpo e na manipulação de objetos com destreza. A criança especialmente dotada na inteligência cinestésica move-se com graça e expressão a partir de estímulos musicais ou verbais demonstra uma grande habilidade atlética ou uma coordenação fina apurada. Os grandes desportistas (Messi, Nadal, Pelé) destacam neste tipo de inteligência.
  6. Inteligência interpessoal: Esta inteligência pode ser descrita como uma habilidade pare entender e responder adequadamente a humores, temperamentos, motivações e desejos de outras pessoas. Ela é melhor apreciada na observação de psicoterapeutas, professores, políticos e vendedores bem sucedidos. Na sua forma mais primitiva, a inteligência interpessoal manifesta-se em crianças pequenas como a habilidade para distinguir pessoas, e na sua forma mais avançada, como a habilidade para perceber intenções e desejos de outras pessoas e para reagir apropriadamente a partir dessa perceção. Crianças especialmente dotadas demonstram muito cedo uma habilidade para liderar outras crianças, uma vez que são extremamente sensíveis às necessidades e sentimentos de outros. Gandhi, Tagore, Luther King e Mandela destacavam neste tipo de inteligência.
  7. Inteligência intrapessoal: Esta inteligência é o correlativo interno da inteligência interpessoal, isto é, a habilidade para ter acesso aos próprios sentimentos, sonhos e ideias, para discriminá-los e lançar mão deles na solução de problemas pessoais. É o reconhecimento de habilidades, necessidades, desejos e inteligências próprios, a capacidade para formular uma imagem precisa de si próprio e a habilidade para usar essa imagem para funcionar de forma efetiva. Como esta inteligência é a mais pessoal de todas, ela só é observável através dos sistemas simbólicos das outras inteligências, ou seja, através de manifestações linguísticas, musicais ou cinestésicas. Com este tipo de inteligência destacaram Confúcio, Buda, Jesus ou a Madre Teresa de Calcutá.
  8. Inteligência naturalista: Este e o seguinte modelos de inteligência foram incorporados posteriormente por Gardner. A naturalista tem muito a ver com o desfrute do ser humano de todo aquilo que envolve a Natureza: animais, plantas, flores, ecologia, relações entre os seres vivos, os rios, o mar, o céu, os astros, sol, lua, a beleza da paisagem, etc. Nas crianças há uma tendência inata para apreciar os animais e as plantas, por isto desfrutam nas escolas cuidando os jardins e cotos escolares. Entre os que destacaram neste tipo de inteligência temos Darwin, Mendel e mesmo Francisco de Assis.
  9. Inteligência existencialista: Podíamos relacioná-la mesmo com a afetiva e emocional. É própria de pessoas que desfrutam ajudando os demais. Amantes da paz e da não violência e de fomentar o respeito entre todos os seres, da irmandade humana, da solidariedade e da compreensão. Tagore, Gandhi, Dalai Lama, João XXIII e o Papa atual Francisco estariam dentro dos que destacam nesta inteligência muito relacionada com os sentimentos positivos e do amor ao próximo. Que também há que cultivar entre as crianças, fomentando as aprendizagens apreciativas e a educação para a paz.

IMPLICAÇÕES EDUCATIVO-DIDÁTICAS DE TEORIA DE GARDNER:

Concordo neste tema plenamente com a educadora brasileira M.ª Clara Salgado Gama. As implicações da teoria de Gardner para a educação são claras quando se analisa a importância dada às diversas formas de pensamento, aos estágios de desenvolvimento das várias inteligências e à relação existente entre estes estágios, a aquisição de conhecimento e a cultura. A teoria de Gardner apresenta alternativas para algumas práticas educacionais atuais, oferecendo uma base para o desenvolvimento de avaliações que sejam adequadas às diversas habilidades humanas; uma educação centrada na criança e com currículos específicos para cada área do saber e um ambiente educacional mais amplo e variado, que dependa menos do desenvolvimento exclusivo da linguagem e da lógica, que, sendo importantes, há também outros campos muito importantes que se devem incluir no currículo escolar.

Quanto à avaliação, Gardner faz uma distinção entre avaliação e testagem. A avaliação, segundo ele, favorece métodos de levantamento de informações durante atividades do dia-a-dia, enquanto testagens geralmente acontecem fora do ambiente conhecido do indivíduo testado. Segundo Gardner, é importante tirar o maior proveito das habilidades individuais, auxiliando os estudantes a desenvolver suas capacidades intelectuais, e, para tanto, ao invés de usar a avaliação apenas como uma maneira de classificar, aprovar ou reprovar os alunos, esta deve ser usada para informar o aluno sobre a sua capacidade e informar o professor sobre o quanto está sendo aprendido. Gardner sugere que a avaliação deve fazer jus à inteligência, isto é, deve dar crédito ao conteúdo da inteligência em teste. Se cada inteligência tem um certo número de processos específicos, esses processos têm que ser medidos com instrumentos que permitam ver a inteligência em questão em funcionamento. Para Gardner, a avaliação deve ser ainda ecologicamente válida, isto é, ela deve ser feita em ambientes conhecidos e deve utilizar materiais conhecidos das crianças sendo avaliadas.

Também enfatiza a necessidade de avaliar as diferentes inteligências em termos das suas manifestações culturais e ocupações adultas específicas. Assim, a habilidade verbal, mesmo na escola infantil, ao invés de ser medida através de testes de vocabulário, definições ou semelhanças, deve ser avaliada em manifestações tais como a habilidade para contar histórias ou relatar acontecimentos. Ao invés de tentar avaliar a habilidade espacial isoladamente, deve-se observar as crianças durante uma atividade de desenho ou enquanto montam ou desmontam objetos.

Finalmente, ele propõe a avaliação, ao invés de ser um produto do processo educativo, seja parte do processo educativo, e do currículo, informando a todo momento de que maneira o currículo se deve desenvolver. No que se refere à educação centrada na criança, Gardner levanta dois pontos importantes que sugerem a necessidade da individualização. O primeiro diz respeito ao fato de que, se os indivíduos têm perfis cognitivos tão diferentes uns dos outros, as escolas deveriam, ao invés de oferecer uma educação padronizada, tentar garantir que cada um recebesse a educação que favorecesse o seu potencial individual. O segundo ponto levantado por Gardner é igualmente importante: enquanto na Idade Média um indivíduo podia pretender tomar posse de todo o saber universal, hoje em dia essa tarefa é totalmente impossível, sendo mesmo bastante difícil o domínio de um só campo do saber.

Assim, se houver necessidade de se limitar a ênfase e a variedade de conteúdos, que essa limitação seja da escolha de cada um, favorecendo o perfil intelectual individual. Quanto ao ambiente educacional, Gardner chama a atenção sobre o fato de que, embora as escolas declarem que preparam seus alunos para a vida, a vida certamente não se limita apenas a raciocínios verbais e lógicos. Ele propõe que as escolas favoreçam o conhecimento de diversas disciplinas básicas; que encorajem os seus alunos a utilizar esse conhecimento para resolver problemas e efetuar tarefas que estejam relacionadas com a vida na comunidade a que pertencem; e que favoreçam o desenvolvimento de combinações intelectuais individuais, a partir da avaliação regular do potencial de cada um. Os modelos das Escolas Novas (Santiniketon de Tagore, Odenwald de Paul Geheeb, ILE de Giner e Cossío, entre outras) foram e, no seu caso são, as escolas que mais se acercam o modelo educativo-didático ideal para respeitar e pôr em prática a proposta de Gardner.

TEMAS PARA REFLETIR E REALIZAR:

Depois de olhar o documentário, organizar um debate-papo ou tertúlia, sobre os diferentes aspetos que sobre a figura de Howard Gardner aparecem no mesmo. Refletir sobre o seu pensamento educativo e comentar, dando alternativas concretas, sobre como se poderia pôr em prática hoje nas nossas escolas uma didática prática para desenvolver entre os estudantes um modelo didático que tenha em conta os nove tipos de inteligência que contempla o psico-pedagogo americano.
Elaborar uma monografia, procurando informações em livros e na internet, sobre Howard Gardner e o seu pensamento educativo, incluindo na mesma as experiências práticas de escolas que hoje funcionam em diferentes países que desenvolvem modelos didáticos que, em grande parte, tratam de pôr em prática as propostas do pensador americano. Com fotos, textos, cartazes, retalhos de imprensa e materiais elaborados, poderia organizar-se nas escolas um magna exposição sobre a sua figura e o seu pensamento pedagógico, incluindo as suas obras mais importantes.

Tomando como base o livro de Gardner Inteligências Múltiplas: A Teoria na Prática, organizar um “Livroforum” para comenta-lo e debater sobre as palavras, ideias educativas e propostas práticas que o pedagogo e pensador americano faz no mesmo.

Esboçar um projeto de atividades didáticas a desenvolver nas aulas e estabelecimentos de ensino dos diferentes níveis educativos, que tenha presente a proposta de Gardner dos 9 tipos de inteligência dos nossos estudantes. Teria que recolher um currículo aberto, global e integral, no qual tenham cabida áreas hoje marginadas, e não só as áreas já clássicas desde a criação das escolas na Idade Média: língua e matemática. Também as áreas artísticas e lúdicas, a educação para a paz, a educação ecológica e ambiental, educação para os Direitos Humanos, educação sexual, educação para a democracia, etc. Sem esquecer-se de desenvolver a criatividade dos estudantes nos diferentes campos da expressão verbal, numérica, plástica, musical, dinâmica, icónica, teatral e lúdica, dando a importância que têm às aprendizagens apreciativas, relacionadas com a afetividade e os sentimentos.

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