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Um importante ofício, o de docente, segundo o filme ‘O Clube do Imperador’

O Clube do Imperador Foto9O mais importante na escola e no ensino, já o tenho dito muitas vezes, são os seres humanos. Os professores e alunos, quase sempre esquecidos. Os professores, em palavras de Giner e Cossío, são a alma da escola. Os alunos, digo-o eu, são a vida autêntica das aulas. Todo o demais é complementar e secundário. Por isso, a atuação acertada de todos nós é dar prioridade a professores e discentes. A formação inicial e permanente dos professores é algo fundamental. E também o apoio aos mesmos e a valorização do seu labor. Muitas das vezes injustamente minorado. Existe um formoso decálogo do bom docente. Que, embora fosse publicado em 1922 na Revista de Pedagogia, dirigida por Lorenzo Luzuriaga (recolhendo outro similar do mesmo ano da homónima francesa), tem uma profunda atualidade e, com pequenas variantes e adaptações aos nossos tempos, pode servir de guia. Para aqueles que são docentes ou se iniciam na docência. Sem perder de vista que um docente, um mestre, um professor, um ensinante, antes do mais, deve ser uma pessoa com valores positivos, com bondade, com alegria, com dinamismo, com princípios éticos e que gosta do que faz, ajudando os estudantes. Que ama a vida, a natureza e a beleza. Eis o decálogo do bom mestre, que na Índia mereceria ser chamado “guru”:

1. Atrair a criança à escola: A criança deve ir com prazer às aulas e sentir-se à vontade nas mesmas. A escola tem que ser atrativa. E se a criança não vai à escola, a escola deve ir à criança.

2. Velar pela sua saúde: Fazer com cuidado cada dia a revista de limpeza. Cortar as aulas com exercícios respiratórios e multiplicar os jogos.

3. Antes do mais, ensinar-lhe a ler: Atender as sessões de leitura. Sem esta não há ensino. Que a criança leia com facilidade e amiúde, para que leia com gosto e comodidade.

4. Deixar-lhe o máximo de espontaneidade: Nada de disciplina autoritária, que paralisa as vontades. Associar as crianças ao governo da escola. Habituá-las a proceder e a pensar por si mesmas.

5. Procurar o máximo de singeleza: Afastar os manuais pesados, rebaixar num grau aquele a que estavam destinados os livros.

6. Aligeirar o programa: Na gramática suprimir as regras, formas e exceções, que não correspondem à nossa linguagem. Na história escolher dez, vinte ou trinta factos que fazem época e sobre esta trama tecer relatos vivos.

7. Abrir os olhos da criança para a natureza: Organizar aulas-passeios. Escolher ao redor de si os objetos e seres que sirvam de temas às lições. Enriquecer os museus escolares.

8. Adaptar o ensino ao meio ou ambiente: No campo, cultivar com as crianças o jardim escolar. Insistir sobre as ideias aplicáveis à agricultura. Na cidade sobre as que sirvam à indústria e ao comércio.

9. Pôr toda a alma no ensino da moral: Nada de lições nem de resumos. Relatos curtos, tomados da vida real. Máximas concisas e vigorosas.

10. Praticar um/a mesmo/a esta moral : Organizar obras de ensino e de solidariedade que completem e prolonguem a ação da escola. Por exemplo, de amor ao trabalho e respeito às leis. O/a mestre/a não é só instrutor das crianças, mas o/a educador/a do povo.

E quero acrescentar ao decálogo que os mestres têm muitos modelos de educadores exemplares, dos que tirar ideias para o seu labor didático na aula. Entre eles: Giner, Manjón, Geheeb, Pestalozzi, Freinet, , Montessori, Rosa e Carolina Agazzi, Lodi, Rodari, Cossío, Wyneken, Ferrer, Gandhi, Tagore, Gabriela Mistral, Neill, Rosa Sensat, Tolstoi, Decroly, Cousinet, Parkhurst, Dewey, Kerschensteiner, Flanagan, Jesus, Makarenko, Milani, Don Bosco, Reddie, Demolins, Padre Américo, La Salle, Calasanz, Döttrens, Ferrière, Bremer. Entre os galegos, Biqueira, Risco, Otero Pedraio, Castelão, Carvalho Calero, Ben-Cho-Shei, Pousa Antelo e Antia Cal.

Em 2002, o diretor americano Michael Hoffman, realizou um muito interessante filme sob o título de The Emperor´s Club (O Clube do Imperador), que me serve de modelo para comentar este tema da importância do labor e ofício dos docentes de todos os níveis do ensino.

FICHA TÉCNICA DO FILME:

  • Título original: The Emperor´s Club (O Clube do Imperador).
  • Diretor: Michael Hoffman (EUA, 2002, 107 min., a cores).
  • Roteiro: Neil Tolkin, segundo uma história de Ethan Canin.
  • Fotografia: Lajos Koltai. Música: James Newton Howard. Produtora: Universal Pictures.
  • Nota: Pode ver-se completo e dobrado em Youtube
  • Atores: Kevin Kline (William Hundert), Emile Hirsch (Sedgewick Bell), Embeth Davidtz (Elizabeth), Rob Morrow (James Ellerby), Edward Herrmann (Diretor Woodbridge), Harris Yulin (Senador Bell), Paul Dano (Martin Blythe), Rishi Mehta (Deepak Mehta), Jesse Eisenberg (Louis Masoudi), Gabriel Millman (Robert Brewster), Chris Morales (Eugene Field), Luca Bigini (Copeland Gray), Michael Coppola (Russell Hall), Sean Fredricks (Sr. Harris), Katherine O´Sullivan (O Nun), Melissa Brown (Menina loura), Sophie Wise (Brunette), Emily Doubilet (O ruivo), Michelle Foody (O ruivo real), Caitlin O´Heaney (Sra. Woodbridge), Charu R. Mehta (Mamãe de Deepak), Pamela Wehner (Esposa do Senador Bell), Molly Regan (Miss Peters), Roger Rees (Sr. Castle), Helen Carey (Miss Johnston), Matthew Douglas (Well Wisher /Rapaz da boa sorte), Charles McConnell (O terceiro rapaz), Allan M. Care (Outro estudante) e Joel Gretsch (Sedgewick Bell, de maior).
  • Argumento: William Hundert é um professor completamente apaixonado pelo seu trabalho e pela sua profissão, e cheio de princípios clássicos, que tem uma vida pacata e totalmente controlada por ele próprio. Até que entra em sua vida um novo estudante, que chega à escola onde Hundert leciona logo iniciando uma verdadeira guerra de egos com o professor. Porém, com o passar do tempo, ambos passam a se conhecer melhor, iniciando uma amizade que terá reflexo na vida de ambos nos anos seguintes. Hundert é docente na St. Benedict’s, uma escola preparatória para rapazes muito exclusiva que recebe como alunos a nata da sociedade americana. Lá Hundert dá lições de moral para serem aprendidas, através do estudo de filósofos gregos e romanos. Hundert está apaixonado por falar para os seus alunos que “o caráter de um homem é o seu destino” e se esforça para impressioná-los sobre a importância de uma atitude correta. Repentinamente algo perturba esta rotina com a chegada de Sedgewick Bell, o filho de um influente senador de Virgínia. Seu mundo conservador é chacoalhado por este estudante recém-chegado à escola. O que começa como um choque de gerações dá lugar a uma surpreendente relação professor-aluno. O resultado desta experiência é uma lição de vida para ambos, principalmente quando, durante uma competição que dá nome ao filme, o docente se vê numa saia-justa que coloca em xeque seus princípios. O novo estudante entra em choque com as posições de Hundert, que questiona a importância daquilo que é ensinado. Mas, apesar desta rebeldia, Hundert considera Sedgewick bem inteligente e acha que pode colocá-lo no caminho certo, chegando mesmo a colocá-lo na final do Concurso Imperador Julio Cesar, sobre Roma Antiga. Mas Sedgewick trai esta confiança arrumando um jeito de trapacear.

 

A INFLUÊNCIA POSITIVA DUM BOM DOCENTE:

O Clube do Imperador Foto8O filme narra a historia de um professor e um aluno displicente e mal educado que é obrigado pelo pai, um rico senador e um dos principais mantenedores da escola, a estudar. Desde o primeiro dia de aula, ele fica tentando chamar a atenção de todos com suas gracinhas de mau gosto. O professor Hundert o aconselha a deixar a estupidez de lado e estudar, empresta-lhe um livro dizendo que todas as matérias e assuntos estão nele e que irão ajudá-lo no Concurso Júlio Cesar e o vencedor ganhará uma coroa de louros como na Roma Imperial. O aluno Bell se dedica aos estudos. O drama tem inicio quando Hundert está avaliando o ensaio dos alunos e fazendo a lista dos classificados, ao perceber que Bell foi bem nas provas mas não ficou entre os três finalistas, Hundert entra em conflito. Ele acredita que Bell merece uma chance, mesmo sabendo que outro aluno tinha se saído melhor nas provas, deixa seus princípios éticos de lado e levado pela emoção, coloca Bell entre os três finalistas. Durante a final do concurso, Hundert percebe que Bell está copiando e tentando corrigir uma injustiça, pois para o professor, a vida de um cidadão deveria ser regida por princípios de integridade e honestidade, comunica o diretor o que estava ocorrendo. E então percebe que os valores que ele pregava e acreditava não eram compartilhados pelo diretor, que ao saber do fato simplesmente diz a Hundert para ignorar o ocorrido, pois o pai de Bell estava presente. Desacreditado na capacidade de a escola mudar o caráter do ser humano, Hundert dececiona-se, numa tentativa de aplacar sua consciência moral e ser justo, faz então uma pergunta que não estava no contexto e Bell responde dizendo que não sabe. Na decisão de Hunter, os princípios morais envolvidos foram a ética, integridade, justiça e caráter. Quanto à decisão de Hundert em relação à manipulação dos resultados das provas para a classificação final e do resultado final do concurso, não foi uma decisão correta, pois nas duas situações ele se deixou levar primeiramente pela emoção e não pela razão. Na tentativa de recuperar Bell e acreditar ser capaz de mudar o seu caráter e sua conduta, esqueceu de todos os princípios que acreditava e pregava, a ética e a retidão de conduta, o que o levou a um grande conflito moral e a culpa por ter prejudicado o aluno desclassificado. Quando 25 anos depois Bell o convida para mediar uma revanche, ele aceita imaginando que a vida havia ensinado caráter e integralidade ao aluno, mas novamente ele se dececiona ao perceber que Bell está novamente copiando e lhe mentiu e enganou.

O filme mostra-nos que o ser humano é imperfeito. A falta de caráter e a desonestidade existem em todos os lugares e até mesmo pessoas que sempre seguem esses princípios, podem uma hora ou outra, ter algum deslize. Como quando o professor apostou na mudança do Sedgewick, passou por cima dos seus princípios para classificar o aluno e acabou descobrindo que ele estava colando na final do concurso. É que os princípios morais como a ética, respeito, justiça, caráter, transparência, com foco maior no caráter, não se molda e não se transmite, mas que vamos construindo desde a infância ao longo do que vamos vivenciando. Porém esse conjunto de regras de conduta, às vezes são deixados de lado pelo ser humano como aconteceu com o professor, causando marcas na sua trajetória da vida. Podemos apontar as cenas onde o professor Hundert fica impressionado ao perceber o esforço do aluno e começa a lhe estimular, emprestando livros, e na sala de aula, com tudo isso ele ficou classificado em quarto lugar e o professor desviando-se de seu caráter, acaba alterando o conceito e deixando o aluno em terceiro. Para sua deceção, na final do grande concurso, ele se depara que seu aluno não mudou em nada, estava copiando para responder as perguntas e o professor para não continuar prejudicando os outros, resolveu fazer justiça e mudou imediatamente a pergunta, gerando em si um conflito moral. Quando retornam para um reedição do concurso ele percebe que o aluno estava copiando novamente e que não havia aprendido nada com a vida.

O professor, antes de qualquer cousa, é um ser humano, e está, portanto, sujeito a erros e acertos na sua caminhada profissional. A imagem do professor como dono da razão e da moral é um paradigma que só deve existir no campo da imaginação. No filme o professor, docente de uma escola tradicional, destinada a jovens da classe alta americana, vê-se desafiado por um jovem indisciplinado e desinteressado pelos estudos, com o agravante de ser filho de um senador. Coincidências à parte, este tipo de aluno é cada vez mais comum nas nossas salas de aula pois, infelizmente, a entidade basilar da sociedade, a família, encontra-se em contínuo processo de degradação. Mas o que fazer com um aluno desses? Os outros alunos da classe seguiam ao padrão desejado pela instituição, haviam algumas brincadeiras típicas de adolescentes mas nada que beirasse a “marginalidade” do aluno novato. As aulas, por outro lado, seguiam um padrão de instrução tradicional, no qual o professor se colocava como detentor do conhecimento e explorava, sobretudo, a memória dos seus alunos, que tinham que decorar nomes, datas e fatos históricos, sem reflexões críticas, sem o real sentido da educação. Apenas em um momento do filme surgiu uma discussão sobre o conteúdo trabalhado, exatamente no instante em que o tal aluno indisciplinado emitiu sua opinião sobre os fatos ali tratados. Naquele instante o aluno teve a coragem de dizer que discordava do professor. O transtorno estava estabelecido. O professor  fora desafiado em um dos pontos que ele mais prezava : o domínio do conteúdo. Para piorar as cousas o pai do aluno “problemático” questiona ao professor qual a real importância dos conhecimentos transmitidos por ele para a vida dos alunos. Uma crise estava formada na cabeça do professor. E refletir deve ser também uma importante tarefa de qualquer docente.

O BOM PROFESSOR DEVE SER EXPERTO EM DIDÁTICA:

O professor brasileiro Paulo Martins faz uma acertada análise do filme. O docente que vemos no filme é um professor de Cultura Latina de uma escola americana de tradição inglesa, em regime de internato, com uniformes e sessões solenes dignas desse nome, tem a missão de lecionar uma das matérias mais aborrecidas do curso. Como motivar os alunos e captar-lhes a atenção? Em princípio parece simples, pois os alunos querem obter uma excelente classificação e triunfar também nessa disciplina. Os objetivos de todos convergem. Tudo corre bem. Surge então o drama. Um estudante é obrigado pelo pai a ir estudar para lá. Não está interessado em nada. É contra tudo. O seu poder de sedução perante os colegas é enorme. A rebeldia cativa. Usa o uniforme com desleixo. Quebra regras. Provoca. O professor enfrenta-o. Como docente experimentado, fala com ele e com o pai, um velho senador que defende que para subir na vida não se deve olhar a meios. É o vale tudo. Não quer que o professor se empenhe em tornar o filho um “bom rapaz”. Mas o professor não desiste e tenta motivá-lo extrinsecamente: empresta-lhe livros pessoais, estabelece metas acessíveis e premeia-o pelas vitórias obtidas. O rapaz vai mudando. Para um concurso em que o vencedor recebia uma coroa de louros como na Roma Imperial, eram selecionados os três melhores alunos. O rapaz em questão fica em quarto. Mas o professor resolve alterar a classificação e coloca-o na final. No grande dia, em pleno concurso, o aluno cópia, mas o professor não o denúncia. Coloca-lhe uma questão impossível de acertar e ele perde. Depois confronta-o com a realidade. Espera que tenha aprendido a lição e não torne a tentar vencer à base de atitudes desonestas. O rapaz que fora preterido, desanimado, segue a sua vida, tal como todos. O filme dá então um salto de vários anos. O professor fora obrigado a deixar de ser diretor, cargo que alcançara por mérito, para ser substituído por um jovem com novas técnicas de gestão. Mas um dia, quem consegue uma grande soma monetária para a escola é ele próprio. O seu antigo aluno, já casado e pai de filhos, desejava repetir o concurso. Pagava tudo, desde as deslocações aos alojamentos de todos na sua mansão, para além de uma oferta substancial à escola por tudo o que aprendera. Os velhos amigos reúnem-se novamente. É uma festa, mas durante o concurso, o professor repara que o antigo aluno mais uma vez não estava a ser leal. Não o desmascara, mas fá-lo perder. Depois enfrenta-o. É a desilusão. Percebe que tudo aquilo fora para anunciar aos colegas que se candidatava ao lugar de senador do pai e queria assim contar com o apoio deles. Esclarece-lhe que tinha de triunfar à custa de tudo e de todos. No entanto, esta discussão é ouvida pelo seu filho pequeno, que ostensivamente lhe volta as costas. Compreendera tudo apesar da pouca idade. O professor vai então falar com o rapaz que desclassificara anos atrás. Conta-lhe a verdade e reconhece o erro. O antigo aluno perdoa-lhe. A vida continua. No início de mais um ano letivo, entra um aluno novo na sala. O professor pergunta-lhe o nome. Era filho do rapaz que fora preterido, mas que apesar de tudo, via naquele mestre uma honradez e um apreço pela verdade que valia a pena tentar transmitir ao filho, precisamente neste mundo em que se quer vencer a qualquer preço. Desde o ponto de vista didático encontramos no filme que a motivação extrínseca é mais fraca que a intrínseca; que os fins não justificam os meios, como comprovou o próprio professor; que reconhecer os erros é de sábios e que o exemplo dos superiores, neste caso os docentes e os pais, influencia a personalidade de quem deles depende.

Na última parte do filme, vinte e cinco anos depois, o ex-aluno Sedgewick, já diretor de uma grande empresa e querendo mostrar todo o seu poder e glória, talvez para uma desforra, convida o, já aposentado Professor Hundert, para ser moderador de um concurso nos mesmos moldes do Imperador Júlio César. Para tanto oferece uma rica contribuição para o Colégio St. Benedict e garante a todos estar preparadíssimo para ganhar. O concurso acontece com os mesmos protagonistas anteriores e no dia determinado tudo é feito conforme as regras. Mas novamente o Prof. Hundert descobre que Sedgewick esta copiando e que, através de um minúsculo aparelho transmissor alguém estava lhe soprando as respostas das perguntas que lhe eram feitas. Mesmo assim, as perguntas e respostas se alastram até que o professor cansado da trapaça de seu antigo aluno, faz outra pergunta que não estava no currículo mas já sabia de antemão que só outro participante sabia a resposta. Desclassificado pela segunda vez, Sedgewick encontra o professor no banheiro e escarnece de sua virtude e de sua moral, quando diz que o caráter e a virtude não levam a nada. Ele chegou onde quis, tinha poder e glória e ia se candidatar a senador, não se importando com a mediocridade do professor, que ele achava que não passava de um “João Ninguém”. Tão embevecido estava em contar vantagens e desvirtuar o professor que só percebeu a presença de seu filho quando este já havia escutado tudo e olhava seu pai de modo critico e inquisidor, não concordando em nada com as bravatas do pai.
O professor Hundert é homenageado por seus ex-alunos que entre vivas e aplausos recebe deles uma placa exaltando o seu papel de professor e onde se lia: “Um grande professor tem pouca história para registrar, sua vida se prolonga em outras vidas. Homens assim, são pilares nas estruturas de nossas escolas, mais essenciais que seus tijolos e suas vigas”. E sendo assim, o professor que já aposentado havia abandonado o ensino, voltou a dar aulas no St Benedict´s, ciente de que ainda poderia contribuir para a formação do caráter de outros alunos, pois um só que se desvirtuou, não teve o poder de contaminar o resto do rebanho, pois para o restante dos rapazes, “ o importante não era só viver, mas viver com retidão”.

TEMAS PARA REFLETIR E REALIZAR:

Utilizando a técnica do Cinema-fórum, podemos analisar o filme de Hoffman, do ponto de vista formal (linguagem fílmica, planos, planos-contra plano, movimentos de câmara, etc.) e de fundo (mensagem que intenta transmitir e atitudes que manifestam as diferentes personagens do mesmo, especialmente o docente, o diretor do centro e o aluno e seu pai protagonistas).

Elaborar uma monografia, seguindo a técnica das BT de Freinet, sobre diferentes modelos de educadores que houve ao longo da história. Podem consultar-se livros, revistas, nalgumas das que existem secções sobre grandes educadores, e a internet. Na monografia devem incluir-se fotos, frases, pequenos textos, escolas que criaram e aspetos didáticos básicos do seu modelo de ensino. O material recolhido pode servir também para organizar amostras nos estabelecimentos escolares dos diferentes níveis educativos.

Organizar um debate-papo de alunos o professores para analisar a metodologia, as estratégias didáticas e os recursos pedagógicos que utiliza com os seus alunos o professor que aparece no filme. Dando opiniões e fazendo propostas práticas para as nossas escolas na atualidade. Entre elas, um Plano de Formação Inicial e Permanente dos Docentes.

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