Por Adela Figueroa Panisse
Segunda feira,de passeio
através da Avenida Paulista:
Orgulhosa e ignorante
da sua modernidade espetacular.
Criação que constrói prédios
Em que a selva e capaz de imaginar- se
No reflexo das suas vidraças.
Placas pulídas em espelhos
que podiam ter chegado ate o céu.
E,ainda no céu acabarão,
antes da bagunça numa Babel do castigo.
Vejo por toda a parte
Gente, muita gente, a mexer por qualquer lado
Humanidade expansiva invasora, contagiosa,
Chegada cá desde uma parte qualquer do mundo
África permeando a sua cultura
Em capilaridade da soberbia européia.
Não!, não! a privatização, gritam os policias com raiva
Contra a FIFA , que governa o mundial do Futebol,
grande máfia a controlar os mecanismos da riqueza
que é vedada para os muitos
e guardada em massa por uns poucos.
O mundial está no Brasil, a plantar
Pernas para o ar
tudo vai ficar
Assim nas maus da avareza.
Só na Livraria Cultura
Tão Paulista como os vidros luminosos dos edifícios,
Floresce um oásis de verdor nunca visto
Crescendo palavras e músicas
Nas cabeças de espíritos adubados
De paz e de sabedoria
No trabalho, pouco rendável
Da poesia.
Adela Figueroa. Em São Paulo, 24 fevereiro 2014.