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VILAR PONTE, JORNALISTA E CRIADOR DAS IRMANDADES DA FALA

vilar ponte

Tradicionalmente, desde há décadas, o mês de maio está muito vinculado à cultura galega, e muito especialmente à nossa literatura. É, por isto, que consideramos que temos que lembrar as bastante esquecidas Irmandades da Fala, que foram criadas no ano 1916, faz agora 103 anos. A 5 de janeiro de 1916 Antão Vilar Ponte começou nas páginas de La Voz de Galiza uma campanha para a criação duma Liga de Amigos do Idioma Galego, e em março publicou o folheto Nacionalismo galego (Apuntes para um livro). A nossa afirmação regional, virado para a defesa, dignificação e cultivo da língua. A proposta foi bem acolhida por diferentes sectores ideológicos, embora houvesse duas tendências principais, a de origem tradicionalista de Antão Lousada Diéguez e a liberal democrata.

A 18 de maio de 1916, numa juntança nos locais da RAG de então, na Corunha, acordou-se a criação de uma Irmandade dos Amigos da Fala, e foi nomeado Antão Vilar Ponte como seu Primeiro Conselheiro. De seguida, constituem-se os agrupamentos locais de Compostela, Monforte de Lemos, Ponte Vedra, Ourense e Vilalva. A 14 de novembro de 1916 apareceu o seu órgão oficial A Nosa Terra, inteiramente em galego (que conta desde o começo com 2000 assinantes). O presente depoimento dedicado a Vilar Ponte (1881-1936) faz o número 101 da série que estou a dedicar a grandes vultos da humanidade, que iniciei com Sócrates, e que os escolares dos diferentes níveis do ensino devem conhecer. Convém assinalar já que Vilar Ponte foi um autêntico reintegracionista e lusófono, que em muitos dos seus artigos e escritos defendeu a unidade linguística do galego e do português.

PEQUENA BIOGRAFIA

Antão Vilar Ponte nasceu em Viveiro a 2 de outubro de 1881 e faleceu na Corunha a 4 de março de 1936, com 54 anos de idade. Era filho de Ponciano Vilar e Melchora Ponte, e irmão de Ramom, que também o ajudou na criação das Irmandades. Os seus restos estão soterrados no cemitério de São Amaro da cidade herculina. No período prévio à guerra civil foi um dos máximos alentadores do galeguismo. Ademais de escritor, desenvolveu de forma brilhante o labor de jornalista (chegou a ser por um tempo diretor do jornal A Voz da Galiza). Colaborou com muitos depoimentos enormemente interessantes em A Nosa Terra, A Voz, El Pueblo Gallego, El Noroeste, Nós, Germinal, Galicia, Diário de Vigo, Alborada de Ponte Vedra e de Monforte de Lemos, Claridad, O Irmandinho, Mi Tierra, El Agrario Barcalés, Faro Villalbés, Ser, El Momento, El Heraldo Gallego, Tierra Gallega, Alma Gallega, Follas Novas, Céltiga e mesmo na revista Seara Nova de Lisboa.

Estudou o ensino secundário no Instituto de Lugo e fez o curso de farmácia na universidade de Compostela. Exerceu por breve tempo na localidade de Foz, onde iniciaria as suas colaborações jornalísticas antes de ir para Madrid para trabalhar de forma exclusiva como jornalista. Depois partiu para Cuba, onde permaneceria vários anos dedicado ao jornalismo em Havana e Camaguei, voltando para Galiza em 1916, onde começou a trabalhar como redator da Voz da Galiza. Esse mesmo ano lidera a criação das Irmandades da Fala, com a fundação da primeira irmandade da Corunha, encarregando-se do seu órgão de expressão, o jornal A Nosa Terra. Em 1929 participa, com Santiago Casares Quiroga, na Organização Republicana Galega Autónoma (ORGA), sendo o representante mais destacado do setor galeguista do partido.

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Depois de proclamada a Segunda República, foi eleito em 1931 deputado das Cortes Constituintes pela ORGA. Porém, em 1934, abandona esta formação (na altura, Partido Republicano Galego, que mais tarde se integraria na Esquerda Republicana) e integra-se no Partido Galeguista, pelo qual vai sair eleito deputado de novo em 1936, nas listas da Frente Popular. Não chegou a tomar posse da ata de deputado, já que faleceu em Março desse mesmo ano por uma doença gástrica e perfuração estomacal.

Por proposta de Eládio Rodríguez, Félix Estrada Catoira e Francisco Ponte Blanco, Vilar Ponte ingressou na RAG em 24 de julho de 1934. O seu discurso de entrada versou sobre “O sentimento liberal na Galiza”. A resposta ao mesmo correu a cargo de Otero Pedraio.

Muitas das suas propostas chegaram a ser assumidas pelos símbolos do galeguismo e especialmente por Castelão. O seu trabalho e reflexões contextualizam-se num momento do desenvolvimento intelectual e estético em toda a Europa, e que na nossa Galiza coincidiu com a aparição de duas posturas contrapostas no seio do galeguismo. Por um lado, a chamada corrente culturalista, personificada em Risco, Otero e Cuevilhas e, por outra, a mais ativista politicamente e mais à esquerda, com Lugris Freire, Ugio Carré Aldão ou Vítor Casas. Vilar Ponte integrou-se nesta segunda corrente, junto com Vicente Biqueira. A sua própria visão do nacionalismo galego determina-o a pertencer a este grupo, pois defendia construir os sistemas políticos desde a racionalidade e desde o serviço às pessoas, já que as considerava de forma individual e não como entes abstratas, ao contrário da opinião dos denominados “culturalistas”. Da mesma forma, prescindia das paixões e apelava à racionalidade. E mesmo os seus razoamentos, a priori críticos com o nacionalismo galego, também os utilizou contra o nacionalismo espanhol.

Segundo Vilar Ponte, os sistemas sociais constroem-se historicamente pela Humanidade, com o qual aconteceria o mesmo com os conceitos de nação e estado: se os constroem os seres humanos, não são realidades eternas nem factos que determinem ou devam determinar, em princípio, uma imposição moral para as pessoas. Um ponto de vista que bate frontalmente com o tipo de discurso historicista que predominava nos nacionalismos do século XIX e de começos do século XX.

a patrea do labrego vilar ponte

Entre as suas obras podemos destacar as seguintes: A pátria do labrego (Luarca,1905), Entre dous abismos (1920), Almas mortas: novela dialogada cómico-trágica em três estâncias (Ferrol: Céltiga,1922), O mariscal, em colaboração com Ramom Cabanilhas (1926), Teatro galego: tríptico (Corunha: Nós, 1928), Os evangeos da risa absoluta (Compostela: Nós, 1934), Nouturnio de medo e morte (Compostela: Nós, 1935) e Escolma de artigos nazonalistas (1936). Também são significativas as intituladas O sentimento liberal na Galiza (1934, publicado pela RAG em 1977), Os nosos valores, Do cosmopolitismo e Do universalismo e da mansedume galega. Em 1971 a editorial Galicia do Centro Galego de Buenos Aires publicou, com o título de Pensamento e sementeira (Leiciós de Patriotismo Galego) uma monografia de mais de 400 páginas, em que se recolhem 175 artigos de temática variada realmente interessantes escritos por Vilar Ponte ao longo da sua frutífera vida. Consideramos que este livro, depois do Sempre em Galiza de Castelão, é a obra mais importante que devem ler galegos e galegas que amem a sua terra.

Sobre a sua vida e obra temos que resenhar as seguintes publicações e monografias: A escolma de seus trabalhos, publicada pela universidade compostelana em 1977, com motivo das Letras Galegas; a Obra política de R. Vilar Ponte, da autoria de Justo Beramendi e José Mª Monterroso Devesa, publicada em 1991 por Ediciós do Castro-Sada; O primeiro A. Vilar Ponte: achegamento ao período de formaçom do fundador das Irmandades da Fala (1881-1908), editada em Lugo por Caixa-Galiza em 2003 e da autoria de Emílio J. Ínsua López; e A. Vilar Ponte e a Academia Galega: contributos para a história crítica de uma instituiçom centenária, escrita pelo mesmo autor anterior, e publicada em 2006 por edições do Cúmio.

FICHAS TÉCNICAS DOS DOCUMENTÁRIOS

  1. Porta para o exterior (documentário).

     Realizam: Sabela Fernández e J. Ramom Pichel. Duração: 55 minutos.

     Ver em: http://agal-gz.org/mais/porta/

  1. O Mariscal (cinema com fantoches).

     Baseado na obra de Vilar Ponte e Cabanilhas. Duração: 4 minutos.

     Ver em: http://www.blogoteca.com/literalingua/index.php?cod=81783

  1. O Mariscal.

     Fala José R. Barreiro (um minuto).

     

  1. As Irmandades da Fala.

     Realiza: TVG. Ano 2016. Duração: 48 minutos.

     Ver em:  http://www.crtvg.es/tvg/a-carta/as-irmandades-da-fala

O CAMINHO DO NACIONALISMO GALEGO, SEGUNDO VILAR PONTE

Em 1935, na revista Seara Nova de Lisboa, sob o título de Ideia transcendente: O caminho do nacionalismo galego, Vilar Ponte publicou um lindo artigo, encabeçado com a formosa frase de Lopes Vieira “Deixa Castela e vem a nós”. Pelo seu grande interesse, e mesmo pela sua surpreendente atualidade, tenho por bem reproduzi-lo na sua íntegra.

Fui eu quem primeiro que ninguém falou de “nacionalismo galego”. Até mim, nunca, em nenhures, essa frase se tinha dito. O nacionalismo galego com nome próprio, que agora já tem corpo próprio, de mim nasceu. De mim nasceu também o primeiro sondar de uma possibilidade separatista razoada.

E o livro em que isto disse fechava-se com as seguintes palavras de Teophilo Braga: “A Galiza é a província mais duramente submetida à unidade política, e mais sacrificada pelo centralismo administrativo; ela resiste pela sua tradição lyrica, em que conserva a sua feição ethnica… A Galiza perde a sua existência política e, por tal acto, apaga-se a sua cultura”.

Para evitar isto, embora criei as Irmandades da Fala. E o seu fruto, desde o ano 16 até hoje, foi a aliança política com a Lliga Regionalista de Catalunha do ano 17, as assembleias nacionalistas galegas, o Seminário de Estudos Galegos, a ORGA republicana, o Partido Galeguista, os grupos enxebres das Américas e essa esplêndida colheita de livros escritos em galego, que passam de dous centos, e que abrangem todas as disciplinas intelectuais: teatro, poesia, romance, crítica, filosofia, ciências e política.

Hoje o galeguismo político militante já pôde ter um posto na seção das minorias nacionais de Genebra e entrar num pacto com Catalunha e Euzkadi, que se chama “Galeuzka”. É que a consciência da galeguidade acha-se, por fim, desperta.

Ora pensemos. O signo maior da nacionalidade é a língua. Nós temos uma língua pátria natural. Pela perda desta língua nas esferas da cultura, quando os Reis Católicos nos submeteram à unidade centralista, depois de lhe roubarem o trono a Dona Joana, a princesa de Portugal, com a qual muitos nobres galegos fizeram causa, cousa que nunca nos perdoou Castela, como não nos perdoara tampouco o levantamento do nosso povo contra a teocracia e a aristocracia, que foi o primeiro da Europa de pré-sentimento democrático, a Galiza sofreu a terrível escravatura de cinco séculos, sendo branco de quase que todos os escritores e poetas castelhanos em ponto a aldragens e calúnias.

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Agora, pois é lógico, voltamos ao emprego da nossa língua nos atos da política e da cultura. Sabemos que a autonomia dos povos, mais forte que a das armas, afinca-se na própria língua. E por isso, escapando das façanhas estéreis do Quixote, que tiveram por cenário o mar morto das ermas terras de Castela, olhamos aos irmãos Lusíadas, que batizaram as ilhas atlânticas com palavras suas que também são nossas, a pensar que o idioma de Camões, falado nas cinco partes do mundo, pode ser o idioma de uma grande cultura atlântica e superocidentalista.

Para que assim seja precisa-se de uma só cousa: que o Portugal novo olhe à Galiza agarimosamente, o mesmo que a grande república brasileira de além-mar. Como se tem feito a Gal-euz-ca, triada de nações da Hespanha com o anseio de se regerem por si mesmas, cumpre na seara nova chegarmos à aliança galaico-portuguesa e brasileira. Uma assembleia linguística internacional dos três países para porem-se de acordo na proteção, perfeição e unificação da língua comum a todos, perfilando uma maneira de entente cultural entre eles, traria ao longo do tempo, sem dúvida, um senso de fecunda futuridade, tentador para um estadista de génio.

Esta prova de amor é a que vos oferece um humildoso apóstolo do galeguismo. Ó políticos novos da nobre Lusitânia! Prova de amor que compartem com nós todos os galegos que se não acham influídos pelos maragatos, gente de sangue berbere, como afirma Oliveira Martins no seu livro História da civilização ibérica, que pretende, ademais de nos levar o dinheiro, assassinar-nos o espírito. Sanchos-panças inimigos do Amadis!”.

TAMBÉM FOI UM ADMIRADOR DE TAGORE

    Vilar Ponte foi também um grande admirador de Tagore. No seu dia publicou na primeira página de La Voz um depoimento a ele dedicado, que a seguir reproduzimos.

    O POETA INDIANO (Com Letra do Sete). (La Voz de Galicia: 19-12-1913, p. 1):

O poeta indiano Rabindranath Tagore foi laureado com o prémio Nobel de Literatura. Eis um discípulo de Buda, embora com espírito cristão.

Apareceu diante dos nossos olhos uma pequena composição de Rabindranath Tagore. Substituíde o “discípulo de Buda” pelo discípulo de Cristo, e a poesia do poeta budista da Índia a houvesse podido assinar Maragall ou mosem Jacinto Verdaguer.

Lede, para convencer-vos, “A baiadeira”, de Rabindranath Tagore:

“Ugoponta, discípulo de Buda, dormia deitado no pó, ao pé das muralhas de Matura.

    Extintas achavam-se as luzes e fechadas todas as portas da cidade. No turvo céu do estio, as nuvens velavam as estrelas.

    De súpeto, um pé abalou sonoramente as suas argolas de prata e roçou o peito de Ugoponta.

    O jovem acordou com sobressalto e a claridade vacilante de uma lâmpada feriu seus olhos ateigados de bondade.

    Reparou numa baiadeira, ébria com o vinho da sua juventude, coberta de pedrarias de todas as cores e envolta num manto azul pálido.

    A baiadeira aproximou a lâmpada para esclarecer o rosto formoso, embora severo, do jovem asceta.

   -Perdoa, jovem anacoreta, que te despertas, -diz a baiadeira. Digna-te vir comigo. O caminho polvorento não é leito ajeitado para ti.

   -Segue o teu caminho, formosa entre as formosas!- repôs o eremita-. Irei buscar-te quando seja chegado o momento.

    De súpeto, a noite moura amostrou os seus dentes com um lôstrego deslumbrante, e a baiadeira tremeu de medo.

    A hora do ano novo soou. O vento zoa. As ramas das árvores choram, deixando cair uma chuva de pétalas. Primaveral brisa mole traz muito longe os sons da sanfona. Os homens correm pelo bosque, celebrando a festa das flores.

    Sobre os teitos da cidade dormida cai do céu a claridade da lua cheia.

    O jovem anacoreta avança pelo caminho deserto, escutando as queixas amorosas de um pássaro pousado nas ramas dum magnólio.

    Ugoponta acerca-se às portas da cidade e detém os seus passos.

    Quem é a aquela mulher, deitada no pó, perto das muralhas?

    É a baiadeira, coberta de chagas, atacada pela peste negra; deitada fora da cidade.

    O jovem eremita senta-se à beira da baiadeira, pousa por cimo dos seus joelhos a testa da doente, molha com água fresca os seus lábios ardentes e unta de óleo o seu corpo.

  -Quem és, doce anjo de misericórdia?- murmulha laiando-se a baiadeira.

  -Chegou o momento de que eu venha ao teu lado, e aqui me tens como te prometi”.

(Nota: Tradução e adaptação do texto de Tagore realizada por José Paz).

TREITOS SIGNIFICATIVOS DO SEU PENSAMENTO

Recolhidos da sua antologia de artigos publicados no estupendo livro Pensamento e sementeira, resenhamos a seguir aqueles treitos que consideramos mais significativos, muitos deles de grande atualidade, embora fossem escritos várias décadas antes.

  1. ”Deixar de usar a nossa língua materna ou vernácula privaria-nos dum grande instrumento de cultura, já que sabendo galego, o português, irmão, amostra-se-nos como próprio. E o português falam-no hoje no mundo mais de sessenta milhões de pessoas. (…) Que fique isto bem claro”.
  2. ”Temo-lo dito muitas vezes e não nos cansaremos de repeti-lo: Pobre país aquele onde a maioria das crianças que o habitam ao tropeçar com a escola se veem repreendidos pelos mestres quando falam na sua língua materna, que é a que priva no lar e no trabalho! Esta terrível castração do orgulho da sua oriundez que se vem praticando desde faz cinco séculos diariamente, ao fazer-lhes perder o impulso da originalidade racial, do espontaneismo etnográfico que alenta o seu próprio estilo, força-os a serem escravos morais”.
  3. ”Não há palavra nitidamente portuguesa que não seja nitidamente galega e vice-versa, e que quanto no português soa a estranho para nós resulta estrangeirismo ou exotismo colonial. Fica “ipso facto” traçado o caminho que conduz à desejada unificação dos dous ramos de idêntico idioma. E fica também, portanto, condenado para sempre o dito ignaro dos que aos que depuram a sua língua os qualificam, como se este fosse um defeito, de “aportuguesados”.
  4. ”Galiza considera o português como o galego nacionalizado e modernizado, e assim pensa de fundo e transcendente interesse familiarizar entre os galegos a gloriosa literatura portuguesa, prova suprema e fecunda de que no nosso idioma pode e deve fazer-se a nossa cultura quase inexistente, efeito de cinco séculos de centralismo desgaleguizador que não foram capazes de matar a fala de Rosália, ainda hoje empregada pelas cinco sextas partes do povo, e compreendida por todos os galegos”. (Tirado do projeto proposto à Academia das Ciências de Lisboa).
  5. ”Se queremos uma Galiza nossa, e se queremos ser nós mesmos, temos que cultivar-nos em galego, emborcado o espírito da infância e da mocidade no molde redentor do nosso idioma. Do nosso idioma que nos abre magnânimo e fecundo as portas dos corações de muitos milhões de almas que se expressam no português irmão… Formosa e prática cultura a dos nossos senhoritos e a dos tristes governos centralistas que nos arredou e segue a arredar-nos de Portugal e do mundo português cada vez mais!”.
  6. ”Na “Atlântida” de Verdaguer, o gigante luso salva a Galiza. Pois o mito primitivista do poeta catalão, tem na realidade, desde os séculos antigos até hoje, um eco de certo. Mentres viva Portugal, há viver a Galiza. Mentres Portugal seja forte, haverá a possibilidade de que a Galiza chegue a sê-lo. Os galegos que não amem Portugal não hão de amar tampouco a Galiza”.
  7. ”E é hora de dizê-lo. Galiza, pela sua personalidade, pelo seu “ser” de não ter entrado na para nós triste unidade espanhola, só ou jungida com a irmã Portugal, hoje seria sem dúvida uma potência tão forte como a Inglaterra. Ainda hoje, independente ou unida com a Lusitânia, num regime de estatismo dual, pesaria na balança europeia mais, sem dúvida, que o resto de Espanha. Desenvolvede mentalmente estas asseverações, e vos convenceredes aginha”.

TEMAS PARA REFLETIR E REALIZAR

Vemos os documentários citados antes, e depois desenvolvemos um Cinema-fórum, para analisar a forma (linguagem fílmica) e o fundo (conteúdos e mensagem) dos mesmos.

Organizamos nos nossos estabelecimentos de ensino uma amostra-exposição monográfica dedicada a Antão Vilar Ponte, a sua obra literária, as suas ideias, a sua promoção da educação e da cultura galega e a defesa da unidade linguística galego-portuguesa. Na mesma, ademais de trabalhos variados dos escolares, incluiremos desenhos, fotos, murais, frases, textos, lendas, livros e monografias.

Podemos realizar no nosso estabelecimento de ensino um Livro-Fórum, em que participem estudantes e professores. Entre os livros a ler que podemos escolher temos o intitulado Pensamento e sementeira, publicado na Argentina em 1971 pelo Centro Galego da capital do país sul-americano. Também poderíamos organizar a representação teatral de O Mariscal na nossa escola ou liceu.

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