O futuro é para sempre. Experiência, expectativa e práticas possíveis tem por objetivo principal partir em busca de práticas possíveis, a partir das quais os seres humanos delineiam futuros, em situações de mudança.
O livro articula três investigações realizadas em Portugal e na Galiza, em conjunturas diversas. Através delas, procura-se analisar certas “práticas possíveis” entre agentes sociais concretos: as mulheres e os homens do Couço, no sul de Portugal, envolvidos no processo de Reforma Agrária, na sequência do 25 de Abril de 1974; as trabalhadoras têxteis de Verim, no sul da Galiza, na atualidade; os habitantes do Couto Misto, durante o processo de delimitação da fronteira entre os estados espanhol e português, no século XIX. As “práticas possíveis” remetem para instantes empolgantes, rotinas necessárias, ou fugas imperativas. Esses momentos da vida individual e colectiva estão dependentes do momento, da correlação de forças em campos sociais elásticos, de encadeamentos de escalas diversas e da relação entre a experiência e a expectativa dos agentes sociais.
Num processo paralelo, pretende reabilitar-se a dimensão do político na prática e na análise das sociedades, no sentido de uma nova esperança para as pessoas e para as próprias ciências sociais.
Título: O futuro é para sempre
Subtítulo: Experiência, espectativa e práticas possíveis
Autora: Paula Godinho
Data de impressão: abril 2017, 1ª edição
Editam: Através Editora e Letra Livre
Descrição: 392 páginas, 14 x 21 cm
Encadernação: brochado
Coleção: Através de Nós, 15
Diagramação: Ricardo Cabanelas
Capa: Pedro Serpa
ISBN: 978-989-8268-37-2
Depósito legal: 424578/17
Preço: 16 €
Paula Godinho nasceu em Lisboa, a 25 de Junho de 1960.
É antropóloga, investigadora no Instituto de História Contemporânea e professora associada com agregação no Departamento de Antropologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Leciona como docente convidada e conferencista em várias universidades.
Realizou trabalho de campo ao longo de vários anos em Portugal, na fronteira entre Portugal e o Estado espanhol, e na Galiza, sobre reprodução social, festas e rituais, resistência e movimentos sociais, usos políticos da memória e práticas do património, processos de emblematização, turistificação e mercantilização da cultura, topografias do poder, culturas de fronteira e nacionalismos de diáspora.
Memórias da Resistência Rural no Sul (Couço, 1958-1962), Celta, 2001; O Leito e as Margens, Colibri, 2006; Festas de Inverno no Nordeste de Portugal, 100 Luz, 2010; «Oír o galo cantar dúas veces.» Identificacións locais, culturas das marxes e construción de nacións na fronteira entre Portugal e Galicia, Ourense, Imprenta da Deputación, 2011, são alguns dos livros que publicou.
Organizou ainda, entre outras obras, Antropologia e Performance. Agir, Atuar, Exibir, 100 Luz, 2014; Usos da Memória e Práticas do Património, Colibri, 2012; Máscaras, Mistérios e Segredos, Colibri, 2012.