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Mudança política e sistemas culturais em transiçom

Editora Laiovento publica neste mês de maio de 2017 Mudança política e sistemas culturais em transiçom, volume assinado polo professor da Universidade da Corunha, codiretor da Agália e membro do Grupo Galabra, Roberto Samartim.

 

Edicións Laiovento. Ensaio 344capa-livro-roberto

I.S.B.N.: 978-84-8487-359-4

nº de páginas: 530

Ano de ediçom: 2017

Livro disponível em formatos impresso e eletrónico

 

Do Prólogo do professor Elias J. Torres Feijó (p.9-10):

O trabalho de Roberto Samartim enfrenta, com constatável sucesso, a análise da estrutura e funcionamento do Sistema Literário Galego e, alargadamente, de parcelas determinantes do sistema cultural e de produçom ideológica. […] a análise de Samartim foca a totalidade de entidades e pessoas relevantes na esfera galega e galeguista daqueles anos [1974-1978] no que atinge à cultura e no que diz respeito à galeguidade, entendida a cultura como os repertórios com que pessoas e comunidades vem e atuam no mundo. E, desse modo, [o livro permite] poder responder a qual o papel que se esperava da literatura, como devia comportar-se o campo cultural em relaçom ao político ou económico, que devia significar a língua em termos identitários e como devia ser, ou que e como, em geral, definia a identidade e os elementos diferenciadores do povo galego; naquele presente, e neste, e no próximo futuro. E, igualmente, [permite] poder sistematizar e explicar, consequentemente, a atividade cultural e de promoçom ideológica, enfim, dos grupos políticos, sociais, culturais, clandestinos, institucionalizados legais, semi-legais, etc, agrupados nos respetivos pólos de Oficialidade, Resiliência e Resistência, segundo o bom uso conceitual do autor. E pode ainda quem ler encontrar-se com o valioso acréscimo (a que, entendemos, deve obedecer umha boa prática investigadora sobre sistemas, mas certamente infrequente), da análise do relacionamento intersistémico do galego com aqueles outros sistemas a ele mais próximos por analogia, emulaçom, reintegraçom ou oposiçom.

 

Da Síntese Conclusiva do autor (p. 456):

Em síntese, este trabalho parece evidenciar que nom existe aceitaçom unânime das normas delimitadoras ou hierarquizadoras do SLG na passagem do franquismo para o regime autonómico mas que, muito polo contrário, som evidentes neste período pontos de fricçom entre grupos que sustentam posiçons, projetos, estratégias e doxas diferentes e em ocasions antagónicas, quer relativas ao dever ser da literatura quer à configuraçom legítima da própria comunidade galega. Para além de apontar para os materiais, as estratégias e os responsáveis da configuraçom da identidade galega neste momento de transiçom política e sistémica, umha leitura destas páginas desde o presente quiçá deite também alguma luz sobre as posiçons ocupadas na Galiza autonómica polos grupos aqui apresentados (ou polos seus herdeiros diretos) e sobre o relativo sucesso ou fracasso das suas ideias e estratégias político-culturais em relaçom com o grau de naturalizaçom delas na comunidade a que vam dirigidas; quiçá, até, essa leitura seja oportuna para nos perguntarmos se estas ideias e estratégias, em boa medida ainda vigorantes, garantem ou nom a soberania e a viabilidade da Galiza como comunidade político-cultural diferenciada e de que maneria contribuem, ou nom, para o bem comum

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O autor

roberto-samartimRoberto Samartim López-Iglesias (Redondela, Galiza, 1971). Licenciado em Filologia Galega (1998, prémio extraordinário), Filologia Portuguesa (1998), DEA [Mestrado] em Estudos Clássicos e Medievais (2000) e Doutor em Filologia Galega (2010, prémio extraordinário) pola Universidade de Santiago de Compostela (USC). Bolseiro de investigação do Instituto Camões (1999-2001) e da USC (2003-2005). Foi professor visitante na Universidade de Vigo (2003) e, desde 2006, é professor no Departamento de Galego-Português, Francês e Linguística da Universidade da Corunha.

 

Para saber mais:

Do livro

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