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Carlos Durão: “A língua é também nossa, mas não é só nossa”

AGLP – Carlos Durão é o novo coordenador da Comissão de Lexicologia e Lexicografia da Academia Galega da Língua Portuguesa. Em reunião do Pleno que teve lugar em Santiago de Compostela o passado 22 de junho, assumiu a responsabilidade deste grupo de trabalho da Academia em substituição de António Gil Hernández, que continua como diretor do Boletim da AGLP.

Os académicos agradeceram o esforço e a eficácia dos integrantes da Comissão nestes primeiros 5 anos, em especial do professor António Gil, tendo conseguido vários sucessos, em especial a publicação do Léxico da Galiza, incorporado a várias publicações de ampla difusão internacional desde 2009. No mesmo dia realizou-se a reunião do patronato da Fundação AGLP, aprovando as contas anuais e os projetos para o ano 2013, já em execução.

Por ocasião desta nova etapa a Academia publica uma longa entrevista, realizada por Ângelo Cristóvão ao académico Carlos Durão o dia 1 de julho em Vigo, em que o linguista explica os novos projetos da Comissão de Lexicologia e Lexicografia, a sua faceta como escritor e poeta, a sua avaliação da situação da língua, o Acordo Ortográfico, o Dicionário Galego da Língua Portuguesa e outros temas históricos e de atualidade.

Em relação à sua produção literária, Carlos Durão desvendou a recente publicação de parte da sua obra na internet, principalmente poemas http://carlosduraopoetagalego.blogspot.com.es/ e o Prontuário Prático do Português da Galiza: http://lusografiacarlosdurao.blogspot.com.es/

No tocante aos projetos da CLL salientou a próxima publicação do Estraviz Dicionário Galego da Língua Portuguesa, descendo ao detalhe das dificuldades que acarreta uma obra desta envergadura em especial os critérios de escolha na aplicação do Acordo Ortográfico. Anunciou também a elaboração do Vocabulário Ortográfico Galego, opção que a CLL decide assumir em função das circunstâncias e colaborações disponíveis atualmente. A respeito do Acordo Ortográfico, o entrevistado valorizou muito positivamente o valor histórico da “Comissão de Observadores da Galiza” que participou em 1986 e 1990 nas reuniões que conduziram a esse Acordo internacional.

Quanto à Norma Galega do Português, em relação às suas características diferenciais, fez referência ao paradigma verbal, em que formas galegas podem coexistir com outras mais comuns no espaço da língua portuguesa, não significando uma rutura com o código comum. É o caso de fez / fixo ou comeram / comerom.

O académico estendeu-se também sobre as origens da exclusão do reintegracionismo linguístico nos âmbitos oficiais, sobre o papel da editora Galáxia e de Constantino Garcia, Carvalho Calero e Rodrigues Lapa. Em relação a este, Carlos Durão afirma que os galegos temos uma grande dívida.

“A língua é também nossa, mas não é só nossa”, indicou Carlos Durão na entrevista, abonando a ideia de longo tempo sustentada por ele, da necessidade de favorecer a unidade da língua e a reintegração da Galiza no espaço da Lusofonia.

 

Vídeo-resumo da entrevista ao académico Carlos Durão:

 

Assistir entrevista na íntegra:

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