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O elefante e a esfinge

Quem é essa moça? Quem é Ana Brower? Quem é Ana Silva ou Ana da Silva? Diversas personagens narradoras vão-nos contando, cada uma com o seu registo, o seu relato comum com ela. E apesar de que provêm de estratos socioculturais relativamente similares, com o conseguinte risco de homogeneização na linguagem, isso não sucede, e cada voz nos oferece a sua singularidade expressiva mas algo mais: não só vamos conhecendo a Ana, se é que isso sucede, é que também os vamos conhecendo a eles, o seu ambiente. E isto através de pontos de vista cruzados e de diferentes formas de escrita: poemas, chats, correios eletrónicos.

O livro de Teresa, Um elefante no armário, gira arredor da identidade de Ana, uma filósofa ligada à  universidade, interessada pela epistemologia e a fenomenologia, interessada pelo problema da verdade. Como lemos, adiantado em entrevistas com Teresa, a verdade é um tema que se escapa, que não se apreende. É a verdade a sima de todas as perspectivas? A verdade é uma verdade por aproximação? Como se constrói a verdade sobre uma identidade, a partir do que a identidade diz sobre ela mesma ou são mais fiáveis as impressões que os demais têm sobre um ser alheio? Não apenas com o que as personagens que conheceram Ana é possível construir o que Ana é, e também não com o que ela escreve de si e da sua interioridade, pois a verdade tende a ser inclassificável. Como o sujeito se cria em relação com o outro, é Ana, são eles, aquilo que aparece nas suas conversas de chat ou correios eletrónicos? Somos realmente o que dialeticamente, ou seja, reativamente se manifesta de nós com um outro concreto? Seríamos a soma dessas manifestações concretas?

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T. Moure: ‘Um elefante no Armário’, Através editora 2017

Diz Aristóteles que a verdade é o ser, enquanto que o ser que existe é uma verdade, pois existe. A verdade em Aristóteles, já do período helénico mas grego, ainda ressoa a Grécia arcaica, ainda ressoa como aletheia, desvelamento: a verdade é o ser no que diz respeito a ser, isso que existe aí no fundo. E diz no livro de Teresa: a verdade é única, essencial, ingovernável. Portanto: inapreensível, escorregadia, inesgotável, nas suas definições, que se irão afortalezando, nem no seu conteúdo. Ainda neste ponto: é verdade a construção poliédrica de algo a partir de pontos de vista quando a recordação é obviamente uma construção (Aristóteles distingue a memória da lembrança, e a lembrança aparece como aquilo que atualiza o guardado, recria, portanto? Mas já o presente o é, uma construção, porque, mesmo antes de selecionar inconscientemente a percepção (que se dá a partir das micropercepções), estamos situadas num ponto, num ponto que nos permite uma determinada visão. E estabilizamos essa percepção, esse enquadre, fundamentando-nos e refundamentando-nos em “opiniões baseadas naquilo que vimos outras vezes”, insistem no livro. Isto é, a doxa ampara na sensação, e mesmo pode arroupar o senso comum, que carece das mesmas raízes que devera ter a verdade enquanto episteme (pois a verdade é ser e o que conhece o ser é a episteme e não a doxa). O intelecto, então, poderia achegar-nos a alguma verdade?

Mas bem, no livro não só aparece o tema da verdade, aparece o sexo, o desejo, o poder, a relação das três cousas anteriores com o género. E por outro lado, a escrita, a criação, a docência, a filosofia, a arte. Ou seja, a existência. A existência como verdade ou meta-existência, e vemos que é múltipla.

Começa um voyeur introduzindo-nos às bases que nos alicerçam e nos movimentam, também: natureza e civilização. “Na selva, um mínimo movimento pode delatar-te”, diz, como se a selva ainda latejasse em nós, porém, ainda que a sua lei é a do poder, não se situa nela, na selva, no selvagem, mas na civilização, no conhecimento, que é a sua reminiscência, portanto. A civilização é a selva requintada. De facto, distingue-se entre um poder mais tosco, mas não não faz pendular o poder mais tosco e um poder mais sedutor. O primeiro, tememo-lo, e o segundo, quer-se, deseja-se a sua sedução, que possua o sujeito e o converta em objeto, porque desse modo, como na dialética do amo e do escravo, esse objeto tem volcada a atenção, o intuito do sujeito que seduz, convertendo-se assim no foco de atenção e na sua posse. Disso vão os jogos de poder. Requintado. O voyeur, Mauricio, falam-nos disso, pois é precisamente com o seu olhar como controla as que observa, domina-as radicalmente, evitando essa dialética que lhe traria o poder de volta, noutra organização, mas o sujeito que é observado desconhece, ignora esta situação, pelo que não pode mais que converter-se e permanecer sendo o objeto, não há possibilidade de resistência e recuperação do status ontológico. O voyeur é um cobarde. Mas talvez a represa tenha mais inteligência da que lhe concedem? As gazelas, diz no livro, com tudo o espertas  que possam ser, às vezes escangalham-se pelo desejo, perdem pelo desejo. Mas esse é o ponto de vista deste voyeur. Perdem pelo desejo porque talvez esteja codificado segundo as pautas de género? ou? Pois não é só o ponto de vista do voyeur, é também uma questão que se aborda: com que se excitam as mulheres? Por que há mulheres que buscam papéis paternais, literalmente ou ainda que seja intelectualmente falando, nos homens? Mesmo os homens da obra têm claro que a pulsão intelectual nelas faz com que se dê uma projeção entre a mente masculina e o seu falo. São certas mulheres, ou é Ana, sapiosexuais ou buscam as mulheres ser ensinadas, buscam mentores, pais, reafirmar a posição de subordinação, buscam uma metonímia do falo “submeter-se a ele sem submeter-se a ele” É sapiosexualidade ou poder e patriarcado, pois nunca ninguém fará uma relação diretamente proporcional entre a mente e a vulva, talvez inversamente proporcional, isso sim. É uma manifestação da interiorização das diferentes possibilidades de acesso, por género, ao mercado laboral e concretamente qualificado? É compatível, nesse patriarcado, a ambição profissional de uma mulher com a satisfação do seu desejo sexual? Que sucede quando diverge a pulsão e a mente?? Queremos o que queremos ou o que estamos programados socialmente para querer, e por isso o sujeito, oh, está cindido? Podemos escolher para onde dirigimos o desejo? E, qual é a possibilidade de sexo, o mercado, para quem não segue as normas, para que não está dentro da pauta, para cujo ser não recai dentro dela?

O sexo é um tema recorrente, como se através dele pudéssemos aceder à protagonista: o sexo é o que nos conecta com a natureza, com essa selva que ainda levamos, com um estado precivilizatório. Mas, por um lado, a imagem sexual que os demais têm de Ana, em que projetam o seu desejo e configuração moral pessoal, e a que ela mesma tem de si não coincide. Por outro, o voyeur está farto de ver-se enchoupado nos suores, físicos e mentais, que implicam as relações sexuais com outras primatas humanas. Prefere excitar-se com a virtualidade, mas real, mas matemática. Despreza o corpo. Essa combinação quase impossível que fascina o espectador contemporâneo.

Onde está o limite entre a ficção e o real, se existe tal, e lembramos o apontamento áo síndrome de Münchhausen, em que os pacientes representam sintomas de doenças que não têm. Quem se é? A fissura do outro? A fissura própria? O que queremos? O que tememos? Somos o que projetamos no espaço que rebate a cisão moderna do público? privado, nesse novo lar virtual que é o muro dos facebooks? Somos o que queremos exibir ou a causa pela qual queremos exibir algo de nós? Exibimo-nos para sermos percebidos de uma determinada maneira, reflete-se. É realmente íntimo, isso que exibimos? Podemos realmente fazer funcionar o facebook ou as redes sociais como máquinas de guerra, como contrapoder “mesmo agora que anunciam que primarão os conteúdos pessoais sobre as notícias”.

Pois o sapiens se algo faz, nesse pendular do poder do seu rosto mais tosco e duro a um mais suave e codificado, em forma de conhecimento, é criar sentido, aura, presença. É criar já mundos virtuais antes do digital com as palavras, com a linguagem, com a arte, com a criação de sentidos. Mas insiste-se em que a realidade é mais exagerada que a ficção, que o escritor mente para criar sentidos menos arrepiantes, às vezes. Emprega também silêncios; são necessários, precisos para dar sentido aos nossos ruídos.

A escrita, a relação com a criação, a necessidade de fazer algo novo, de não repetir-se, de escrever fora das categorias são reflexões ou questões que salpicam o livro entre as vidas vazias dos professores, filósofos e escritores que o povoam e que devem fazer o que possam pela sua mente e corpos nos congressos, nos ambientes tóxicos do trabalho universitário. É a escrita, perguntam  nalgum momento, a atividade inexorável de um ego enorme? (Pessoalmente diria que não, que a expressão provém de outro lugar, ou para não repetir-se, precisamente, deve provir doutro lugar, pré-individual.)

A criação deve ter que ver com a autenticidade, com a honradez, diz  nalgum momento. Precisamente uma das noções de verdade, a hebraica, é a confiança, essa vontade, esse compromisso com o que pode ser, e será. A rejeição da mentira é essa autenticidade, diz com todas as minhas objeções a respeito doutras coisas que conta no seu último livro Da leveza – Lipovetsy, diz a rejeição do fake. Não a rejeição da interpretação, pois tudo é interpretação, senão que não interpretes de verdade, com autenticidade, com entrega, com honestidade, coma o Coma se, de Jean Rouch. Por isso, não se pode, como diz Mauricio pretender, ser sincero com todas? como?, perguntam-se várias vezes. Como é isso? Se a verdade é por compromisso, isso parece impossível.

Portanto, a verdade é não jogar à sedução, pois as pessoas deixam-se seduzir pela mentira, dizem no livro. Os docentes devem seduzir, mas as filósofas, que buscam a verdade, podem fazer discursos incómodos. A verdade não é cómoda nem singela. A filosofia transforma a vida porque é uma atitude, apontam. Em tanto que transforma a vida é “verdade”. Por isso a filosofia não é feita para os espíritos que temem dar no verdadeiro. A filosofia, prosseguem, é para perceber, mais escreve-se, dizem, para conter a hemorragia. De algum modo é liberar-se de uma mesma, poder sangrar sem dessangrar-se, desfazer o ego sem desfazer-se inteira, expressar-se sem perder a materialidade da vida trazer um fragmento de caos sem desfazê-lo e sem desfazer-se nele-: por isso, insisto eu, a expressão artística não é a expressão do ego. O ego que se projeta faz uma coisa, a pré-individualidade que se expressa, faz outra. Assim que, como se diz no livro, um ego pode escrever muitas páginas, pode encher-se coma um falo e deitar, mas perde o poder e não deita tanto, que não é a fonte. Mas quando se escreve, ou quando se acredite, também se diz no livro várias vezes, guia-te o inconsciente, nessas viagens conduz o inconsciente, que por certo é a sutura, a porta de saída para esses espaços pré-individuais.

Mas criação é um modo de verdade, e não tem que adequar-se positivamente a nenhuma realidade, nem sequer desvelar, entre os eflúvios gregos, nenhuma origem, fonte, sendo todo um jogo de representações. Mas tem que representar honestamente, como quer precisamente o voyeur: quer simplesmente ser uma personagem, quer simplesmente sentir, ver. Ver e fazer sentir é o que faz o autor: infiltra-se no mundo do outro. Mauricio quer ser personagem através das imagens, que é o que são os narradores da história, mas também as escritoras, pois sente as outras vidas, vive-as, interpreta-as, abre-as, que é o que faz a arte, que é o que o livro lhe faz a Ana, que é o que o que Ana queria: o seu livro, a abertura de sim, tanto na vida coma na morte. Diz: faz-me o que queiras, farei o que queiras.

Mas a mirada do voyeur é perversa, porque domina, porque subsome a expressão do outro ao seu desejo: mas é mentira, não vive as vidas dos outros, vive a sua através dos outros, coma um vampiro. Quando chegam Ana e Natalia à casa de Maurício vindo com as roupas desportivas, vêm de correr, elas são culpadas de excitar o seu desejo. Como se lhes ocorre vestir assim. O voyeur não se identifica com o que vê, coma dizem no livro, senão que existe dominando ao outro, que não o vê a ele, assim que não pode reptá-lo recuperando o seu status de sujeito, mirando-o e convertendo-se assim de novo num sujeito. Por isso é-lhes preciso aos agressores o silêncio, pois evitam, através da dialética, permitir-lhe ao outro ser um interlocutor, um igual, um sujeito. Também a passividade que mostram, no livro a respeito de um caso compostelão, como manifestação de uma evidente posição de poder, “coma se nada passasse”, ou como diz Barthes nas Mitologias: os deuses e os gansters não têm que falar, movem a cabeça e tudo se cumpre. Voltei ver, por décima ou vigésima vez O padrinho: com que serenidade, com que poder diz: ainda não percebo por que me faltas assim ao respeito? O poder mostra-se incólume, não titubeia, não tem nem por que exercer-se (porque no exercício igual se constata que não é tanto o que se tem?).

Assim o voyeur, que não só é Maurício, nem os narradores, nem a escritora, senão também as leitoras, não só mantém o poder porque é o único sujeito desse despregamento ontológico, senão que mantém o poder porque o desejo nunca se esgota ao nunca ser colmado, pois existe, apontam, essa melancolia pelo desaparecimento da erecção que se tenta evitar ou gerir: perder o poder provoca tristeza, nos que dominam. Esses que dominam podem dizer que o satisfaziam melhor as mulheres que compreenderam a sua mente, porque eles precisam refletir-se noutro para ser, mas num outro que não o repte, num outro que o acouge, que lhe faça ficar seguro do seu poder, que reafirme o seu status de sujeito, digo. Enquanto, elas, enigmáticas, elas, objetos de fascinar, simplesmente estão satisfeitas deitando-se com esse falo, com essa mente, com esse homem, com esse sujeito, sendo o seu objeto favorito, oh, são sinceros com todas. Eles têm mente e têm alma, são sensíveis às coisas, são sensíveis às que se param a conhecer as suas interioridades.

A Maurício fascina-o o mistério de Ana, que não desentranha. Pois se elas são objetos, são misteriosas, são inexpugnáveis, inacessíveis, isso é o que mantém o desejo excitado sem colmar-se, digo, jamais. Para a personagem de Simón, Ana também é um objeto: para o mundo dedica-lhe um blogue no que mostra um erotismo tosco, ganhão, desde o meu ponto de vista, mas à galeria, ao mundo, gosta, porque gosta da manifestação/expressão grotesca das emoções enjoativas. Mas o único que enjoa aí são os fluxos: não há nada que lhe interesse a Simón de Ana mais que o sexo, como metonímia da adoração que ela lhe professa. Não lhe interessa a sua mente: se a tivesse em conta já não seria um objeto, é dizer, perderia o enigma e, assim, ele perderia o seu desejo e já não seria um objeto e deixaria de ser, ele, assim, o único sujeito. Teria que partilhar o poder com uma igual, mesmo prescindir do poder. Isso não lhe interessa. Aos depredadores. Que pareça sem ser? Pois o eu só existe na conversa, não?, aponta a terapeuta Ingrid em algum momento.

Por isso o que dizemos também está perto do amor e da morte, sendo a morte a morte do eu, pois quando aparecem os divórcios, aparecem as regenerações ou a sua necessidade: a morte, não como fim, mas como transformação, psicológica, neste caso. Nos divórcios, diz-se, há que reinventar o relato da própria vida, daí a dificuldade dessas separações. Se manter uma relação é desenvolver a capacidade de adaptar-se a um outro, esboça alguma personagem, está claro que se fala de um que se adapta ao ritmo alheio, de um que se subordina, de um que se dilui no outro: um que se submete ao outro não é a dissolução em nenhum oceano divino, não é a desfeita metafísica, não é amor, é subordinação ao poder, a quem pode mais. Exigimos ao outro que seja o nosso espelho, aponta-se. Que seja uma prolongação de nós, que alargue o nosso ego, não o nosso ser (potência, energia desterritorializada).

Em qualquer caso, se se dá um arranjo, um acople horizontal e igualitário (isonómico, democrático;), quando partes do arranjo decidem seguir devindo por outro lado, o resto das partes devem refazer-se no seu próprio devir, pelo caminho que seja, ou fora do caminho. Obviamente, de um modo ou outro, há mutação.

Então, quem é Ana, que muda através das palavras que, como diz ela, exigem e tomam o seu tempo? Tomam a realidade, sem esgotá-la, isso sim. Quem é Ana e a sua verdade? Como sabê-lo, se não sabemos ainda o que é a verdade? “É divertido resolver a verdade como encruzilhada, diz-se, mas a verdade é mais que uma solução válida e única, é inclassificável”. Para Ana a verdade é o contrário do mal, uma sorte de honestidade com a vida que faz coincidir o bem com o ser, como na antiga Grécia, mas também a verdade com o caminho e com a vida, coma no cristianismo. A verdade é logo o contrário da dúvida, Schuld, termo alemão, holandês no livro, que se repete no texto para indicar a sua dupla face semântica: dívida e culpa.

Para evitar a dívida com a vida, logo com a verdade, para evitar essa culpa, há que ser quem se decide ser. Essa é Ana: Ana é quem decidiu ser, explicita-se no livro, não, ao contrário, por exemplo, de Simón, que é o que a vida com os seus tempos fez dele. Ana é o enigma  mas não por ser objeto, mas sim por ser atividade: não é reação passiva, não se esgota no que aparece nos seus correios, não é o que os demais projetam sobre ela, não se esgota na dialética nem na falta dela. Ana é o que quer ser?

Devoramos histórias porque queremos saber como acabarão, dizem no texto: lemos, no mercado, histórias de prazer para saber como acabam, mas os textos de fruição de que fala Barthes, simplesmente são o desejo alimentando-se de si mesmo, mas sem voyeur, sem sujeito nem objeto. Sem trama. Lemos histórias para saber como acabam mas o livro fica como enigma.

Ana fica sendo um enigma, inapreensível através da representação, que sempre deixa buracos, pois o tecido está bem amanhado mas é um tecido sobre real. Quem é o outro, que somos nós, de que vai o fundamento da existência, ou a existência sem fundamento? O enigma que é Ana é o enigma do ser humano: a esfinge é o nosso enigma.

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