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O Brexit, uma ameaça para as línguas minoritárias do Reino Unido

brexitUma aliança de organizações em favor das línguas minoritárias do Reino Unido e uma das principais redes em defesa da igualdade linguística alertam de que o Brexit, que resultou ganhador com 51,9 % dos votos o passado 23 de junho, pode ser uma ameaça para o córnico, o manx, galês, o gaélico escocês, o scots ou o irlandês.

Entidades a liderarem a defesa dos direitos linguísticos no Reino Unido, como a Cymdeithas (Gales), Kowethas An Yeth Kernewek (Cornualha), Mudiad Meithrin (Gales), o Centre for the Scots Leid (Escócia), Comhairle na Gaelscolaíochta (Irlanda do Norte) ou o Eisteddfod Genedlaethol Cymru (Gales) defenderam a permanência na União Europeia. Também a Rede Europeia pela Igualdade Linguística (ELEN), muito ativa na denuncia das desigualdades e a discriminação linguística nos países da União Europeia, tem-se posicionado a favor do remain.

Num comunicado, estas organizações reivindicam que a saída da União Europeia deixará estas comunidades linguísticas «ao arbítrio de governos que não mostraram interesse de proteger os direitos dos falantes das línguas regionais, sendo responsáveis por promoverem políticas linguísticas agressivas com o objeto de erradicar estas línguas». Acrescentam que «fazer parte duma comunidade robusta de culturas heterogéneas —como é a União Europeia— garante um maior conhecimento e proteção das línguas periféricas. É por isso que o efeito do Brexit seria potencialmente desastroso», asseguram.

Os partidos das nações sem Estado, contra o Brexit

ballsA posição contraria a saída da União Europeia é partilhada pelos partidos nacionalistas em cada um destes territórios. É destacável o caso do Partido Nacional Escocês (SNP), mas também do Sinn Féin e o SDPL na Irlanda do Norte. De fato, o triunfo do Brexit no conjunto do Reino Unido contrastou com o sucesso do Bremain nestes dois territórios.

No caso da Escócia, a primeira-ministra, Nicola Sturgeon (SNP), disse que as instituições escocesas já começaram a trabalhar para a celebração dum segundo referendo de independência. A este respeito, um recente inquérito publicado no Sunday Post afirma que de ser celebrado hoje esse referendo, a opção a favor da independência ganharia com os 59% dos votos. O cenário é semelhante na Irlanda, onde o Sinn Féin (segundo partido político na Assembleia da Irlanda do Norte) propôs a celebração dum referendo para a reunificação da ilha. Os efeitos do Brexit ainda não são certos, mas parece que envolve mais dos que os seus partidários calcularam quando foi convocado.

 

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