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Iphan reconhece três línguas nativas como Referência Cultural Brasileira

Três línguas nativas brasileiras e os representantes de suas comunidades serão homenageados durante o Seminário Ibero-americano de Diversidade Linguística que vai ocorrer em Foz do Iguaçu, Paraná, entre os dias 17 e 20 de novembro.

São elas: Guarani Mbya, Talian e Asurini do Trocará que serão as primeiras línguas reconhecidas como Referência Cultural Brasileira pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Estas línguas também passam a fazer parte do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), conforme dispõe o Decreto 7387/2010.

Guarani Mbya é uma das três variedades modernas da Língua Guarani, juntamente com o Nhandeva ou Ava Guarani e o Kaiowa. A língua Guarani Mbya é uma das línguas indígenas faladas no Brasil, ocupando uma grande faixa do litoral que vai do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul, além da fronteira entre Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina. Os Guarani representam uma das maiores populações indígenas do Brasil. Estão distribuídos por diversas comunidades.

O Talian é utilizada por uma parte da comunidade de imigração italiana, na Região Sul do Brasil, sobretudo nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A língua é falada desde que os italianos começaram a chegar ao país, no final do século XIX. Há municípios desses estados nos quais o Talian é língua co-oficial. Ou seja, detém relevância tanto quanto a língua portuguesa.

Asurini do Trocará ou Asurini do Tocantins é a língua falada pelo povo indígena Asurini, que vivem as margens do Rio Tocantins, no município de Tucuruí (PA). A língua pertence à família linguística Tupi-Guarani.

O Seminário Ibero-americano de Diversidade Linguística

O evento tem como objetivo discutir políticas públicas para a preservação e promoção da diversidade linguística dos países Ibero-americanos, possibilitando a a reflexão sobre as experiências e iniciativas desenvolvidas pelos países, como a política brasileira para a diversidade linguística.

Busca ainda abrir espaço para o levantamento, sistematização e análise de experiências e iniciativas voltadas à promoção do espanhol e do português como segundas línguas dos países Ibero-americanos, assim como nos Estados Unidos, Canadá, Caribe e África Lusófona.

Durante o Seminário vão ocorrer ainda os seguintes eventos:  Encontro de Autoridades Ibero-Americanas sobre Políticas Públicas para a Diversidade Linguística, reunindo representantes de todos os países que integram a comunidade ibero-americana, e o Fórum Línguas, Culturas e Sociedades, organizado pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).

INDL – Inventário Nacional da Diversidade Linguística

Para que uma língua seja reconhecida e passe a fazer parte do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL) ela precisa ser falada em território nacional há, pelo menos, três gerações, o marco temporal é em torno de 75 anos. O objetivo do Inventário é associar a expressão linguística à sua comunidade de referência e valorizar a expressão enquanto aspecto relevante do patrimônio cultural brasileiro.

Para fazer é solicitação, é necessário que a comunidade encaminhe o pedido de inclusão no INDL para o Iphan. O pedido é analisado por uma comissão técnica formada por representantes dos seguintes ministérios: Ministério da Cultura, Educação, Ciência Tecnologia e Inovação, Justiça e Planejamento. Se esses representantes decidirem pelo reconhecimento, o processo segue para a sanção da Ministra da Cultura.

informações sobre o Seminário: http://diversidadelinguistica.cultura.gov.br/ 

Serviço:

  • Seminário de diversidade linguística – Ibero-americana
  • Data: 17 a 20 de novembro de 2014
  • Local: Foz do Iguaçu Paraná – Brasil

 

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